E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Uma ideia, vários autores: o meio ano de um portal (Catalogus) que promove literatura moçambicana

O portal de literatura moçambicana, Catalogus, iniciativa dos escritores Eduardo Quive e Mélio Tinga, foi criado há seis meses e já conta com conteúdos relacionados a 24 autores.

<p>O portal Catalogus foi criado em Julho de 2021, com a pretens&atilde;o de mapear, registar e promover autores mo&ccedil;ambicanos e as suas obras, dentro e fora do pa&iacute;s. Seis meses depois, 24 autores nacionais integram a plataforma que est&aacute; a contribuir para reduzir a limita&ccedil;&atilde;o no acesso &agrave; informa&ccedil;&atilde;o textual e visual sobre literatura mo&ccedil;ambicana nas plataformas online. Deste modo, a iniciativa dos escritores Eduardo Quive e M&eacute;lio Tinga encontra-se a ampliar um espa&ccedil;o de mem&oacute;ria, capaz de favorecer poetas, ensa&iacute;stas, pesquisadores, acad&eacute;micos, jornalistas ou leitores que se interessam pelas letras nacionais.</p> <p>Segundo lembrou Eduardo Quive, na manh&atilde; deste s&aacute;bado, na Cidade de Maputo, a ideia do portal &eacute; que seja um lugar onde se concentram as mais relevantes informa&ccedil;&otilde;es sobre autores mo&ccedil;ambicanos de todos os g&eacute;neros. Tamb&eacute;m por isso, est&aacute; a ser, para o poeta e jornalista, um projecto ambicioso por estar a aglutinar todos aqueles que escrevem. &ldquo;&Eacute; uma coisa que n&oacute;s n&atilde;o t&iacute;nhamos aqui e a ideia surge da constata&ccedil;&atilde;o da falta de informa&ccedil;&atilde;o actualizada e sistematizada, onde o cidad&atilde;o pode aceder para encontrar n&atilde;o s&oacute; nomes, mas biografias, resumos de obras e informa&ccedil;&atilde;o sobre aquilo que &eacute; a actividade actual desse autor&rdquo;.</p> <p>Nesse meio ano de exist&ecirc;ncia, a Catalogus tem garantindo resultados que Quive considera interessantes, pois a ideia est&aacute; lan&ccedil;ada e consolidada. Agora, acrescentou, um dos desafios &eacute; aprofundar a qualidade e quantidade de informa&ccedil;&atilde;o que se possui. Quanto &agrave; recep&ccedil;&atilde;o? &ldquo;Tem sido h&iacute;brida, no sentido de que a iniciativa &eacute; elogiada por todos, mas as pessoas ainda precisam de perceber de que se trata realmente. N&oacute;s n&atilde;o temos cultura de organiza&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o. Isso n&atilde;o &eacute; com os autores, de forma individual s&oacute;, mas com as editoras tamb&eacute;m, que, muitas, n&atilde;o t&ecirc;m informa&ccedil;&atilde;o sobre os autores e resenhas feitas aos livros que editam. N&atilde;o que n&atilde;o tenham, mas essa informa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o est&aacute; sistematizada. Portanto, este tamb&eacute;m &eacute; um trabalho de arquivo hist&oacute;rico&rdquo;.</p> <p>Resumindo, segundo Eduardo Quive, os autores est&atilde;o a receber muito bem a Catalogus. Agora, o desafio &eacute; fazer compreender &agrave;s pessoas que o portal precisa de trabalhar com todos na reuni&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o necess&aacute;ria para que enrique&ccedil;a.</p> <p>At&eacute; aqui, a Catalogus disponibiliza informa&ccedil;&atilde;o relativa a 24 autores, entre eles Ungulani ba ka Khosa, Suleiman Cassamo, Paulina Chiziane, Mia Couto, Jo&atilde;o Paulo Borges Coelho, Armando Artur, Bento Baloi, Albino Magaia, S&oacute;nia Sultuane e Mbate Pedro. Destes autores, destacam-se Ungulani e Suleiman. &ldquo;Estes s&atilde;o os autores com os quais estamos a trabalhar na cria&ccedil;&atilde;o de outros produtos que permitem levar a literatura al&eacute;m dos livros, atrav&eacute;s de frases e pensamentos desses mesmos autores&rdquo;. O que o escritor M&eacute;lio Tinga refere &eacute; a produ&ccedil;&atilde;o de camisetas, sacolas e ch&aacute;venas com excertos dos textos dos escritores. O objectivo &eacute; claro: &ldquo;influenciar no estilo de vida e fazer com a literatura possa caminhar com as pessoas e que esteja onde nos encontramos&rdquo;.</p> <p>Conforme a constata&ccedil;&atilde;o de M&eacute;lio Tinga, h&aacute; uma ideia antiga de que a literatura &eacute; um espa&ccedil;o sagrado, que se promove por si. Mas isso &ldquo;n&atilde;o &eacute; verdade. O facto &eacute; que em outros espa&ccedil;os j&aacute; existe esta percep&ccedil;&atilde;o de que &eacute; preciso promover a literatura, de modo que as pessoas que n&atilde;o conhecem um determinado autor ou que nunca leram um determinado livro possam ter acesso &agrave; possibilidade de o ler. As frases que n&oacute;s levamos a esses produtos &eacute; nesse sentido: gerar curiosidade. A partir da&iacute;, h&aacute; um longo caminho que pode ser feito&rdquo;.</p> <p>Outro desafio identificado pela Catalogus, finalmente, tem a ver com abrang&ecirc;ncia, o que significa incluir o maior n&uacute;mero de autores poss&iacute;veis e tornar a plataforma mais flex&iacute;vel, amig&aacute;vel ao consumidor e com actualiza&ccedil;&otilde;es mais regulares. Esse trabalho est&aacute; a ser realizado.</p>

Tags:
Partilhar: