E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Trienal do Báltico com curadoria de João Laia aborda história da Europa

A 14.ª exposição internacional de arte Trienal do Báltico, comissariada pelo português João Laia e o lituano Valentinas Klimasauskas, aborda a história do centro-leste europeu, as suas tensões e "fronteiras porosas", e abre hoje ao público, em Vilnius.

<p>Sob o tema &quot;The Endless Frontier&quot; (&quot;A Fronteira sem Fim&quot;, em tradu&ccedil;&atilde;o literal), a Trienal do B&aacute;ltico (BT14) re&uacute;ne cerca de 70 artistas, em mostras espalhadas por cinco espa&ccedil;os de arte da capital da Litu&acirc;nia, com a exposi&ccedil;&atilde;o principal localizada no Centro de Arte Contempor&acirc;nea, que promove a iniciativa.</p> <p>&quot;A BT14 analisa a constitui&ccedil;&atilde;o comp&oacute;sita do territ&oacute;rio do Centro e Leste Europeu, destacando conex&otilde;es transnacionais. A inclus&atilde;o de artistas de regi&otilde;es como os Balc&atilde;s, o C&aacute;ucaso ou a Finl&acirc;ndia, sublinha as fronteiras porosas da Europa Central e de Leste, bem como a sua perten&ccedil;a a uma complexa rede global de sistemas&quot;, l&ecirc;-se no texto de apresenta&ccedil;&atilde;o da mostra.</p> <p>A curadoria teve em conta a regi&atilde;o, como palco regular de &quot;mudan&ccedil;as abruptas&quot;, e recorda que &quot;a Europa Central e Oriental &eacute; uma encruzilhada importante para quest&otilde;es relacionadas com ideologia, ecologia e economia&quot;, um territ&oacute;rio cuja &quot;atra&ccedil;&atilde;o gravitacional&quot; abre caminho &quot;a diversas tens&otilde;es, que, mais tarde, tamb&eacute;m surgem em outros lugares, como, por exemplo, din&acirc;micas de desinforma&ccedil;&atilde;o, desastres industriais e ecol&oacute;gicos, posi&ccedil;&otilde;es nacionalistas ou a opress&atilde;o de identidades n&atilde;o-normativas&quot;.</p> <p>Criada em 1979 como evento dedicado &agrave; arte contempor&acirc;nea, a Trienal do B&aacute;ltico tem vindo a consolidar-se como exposi&ccedil;&atilde;o peri&oacute;dica de obras de jovens artistas da regi&atilde;o do B&aacute;ltico, constituindo &quot;a mais importante exposi&ccedil;&atilde;o internacional no norte da Europa e um dos mais relevantes eventos de arte contempor&acirc;nea do mundo&quot;, como assume na sua apresenta&ccedil;&atilde;o.</p> <p>A BT14 tamb&eacute;m se tem destacado por expressar atitudes n&atilde;o conformistas em mat&eacute;rias pol&iacute;ticas e sociais, nas suas exposi&ccedil;&otilde;es.</p> <p>Em julho do ano passado, quando foi anunciado o nome de ambos os curadores, a dire&ccedil;&atilde;o do Centro de Arte Contempor&acirc;nea de Vilnius, que promove a trienal, lan&ccedil;ou igualmente os desafios para esta edi&ccedil;&atilde;o: &quot;Tendo em mente algumas das tend&ecirc;ncias autocr&aacute;ticas, nacionalistas, homof&oacute;bicas e neoliberais da regi&atilde;o, pode come&ccedil;ar a pensar-se em como os ventos pol&iacute;ticos em mudan&ccedil;a podem afetar as cenas art&iacute;sticas locais e, do mesmo modo, como a produ&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica pode participar na urgente mudan&ccedil;a&quot;.</p> <p>&quot;Ao longo das d&eacute;cadas, a Trienal estabeleceu-se como uma plataforma poderosa para explorar a arte como uma ferramenta social e po&eacute;tica para abordar o mundo&quot;, disse Jo&atilde;o Laia, quando assumiu o projeto, declarando-se &quot;honrado por fazer parte da sua hist&oacute;ria&quot;.</p> <p>A BT14 re&uacute;ne artistas de pa&iacute;ses como Alemanha, Bielorr&uacute;ssia, B&oacute;snia Herzegovina, Cro&aacute;cia, Eslov&aacute;quia, Est&oacute;nia, Finl&acirc;ndia, Ge&oacute;rgia, Hungria, Kosovo, Let&oacute;nia, Litu&acirc;nia, Maced&oacute;nia do Norte, Pol&oacute;nia, Rep&uacute;blica Checa, R&uacute;ssia, Rom&eacute;nia, S&eacute;rvia, Ucr&acirc;nia.</p> <p>J&uuml;ri Arrak, da Est&oacute;nia, Tekla Aslanishvili, da Georgia, Zuzanna Czebatul, da Pol&oacute;nia, Juta Ceicyte, da Litu&acirc;nia, Aleksandra Domanovic, da S&eacute;rvia, Kl&aacute;ra Hosnedlov&aacute;, da Rep&uacute;blica Checa, D&oacute;ra Maurer, da Hungria, Dasha Kuznetsova, da R&uacute;ssia, Yarema Malashchuk d Roman Himey, da Ucr&acirc;nia, Jaakko Pallasvuo, da Finl&acirc;ndia, Sergey Shabohin, da Bielorr&uacute;ssia, d Andrei Ujica, da Rom&eacute;nia, s&atilde;o alguns dos artistas representados.</p> <p>Em colabora&ccedil;&atilde;o com parceiros internacionais, como o Centro de Arte Contempor&acirc;nea, de Riga, na Let&oacute;nia, o Centro Est&oacute;nio de Arte Contempor&acirc;nea, de Tallin (EKKM), e a editora Mousse, a BT14 conta lan&ccedil;ar, no outono, uma publica&ccedil;&atilde;o espec&iacute;fica sobre esta edi&ccedil;&atilde;o, com a&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas em cidades como Berlim, Riga, Timisoara e Vars&oacute;via.</p> <p>A BT14 fica aberta ao p&uacute;blico at&eacute; 05 de setembro.</p> <p>Jo&atilde;o Laia e Valentinas Klimasauskas j&aacute; tinham trabalhado juntos na exposi&ccedil;&atilde;o &quot;M&aacute;scaras&quot;, que esteve patente no ano passado na Galeria Municipal do Porto.</p> <p>Laia &eacute; curador-chefe de exposi&ccedil;&otilde;es no Kiasma - Museu Nacional de Arte Contempor&acirc;nea, de Hels&iacute;nquia, desde junho de 2019.</p> <p>Em Portugal, Laia, de 38 anos, com forma&ccedil;&atilde;o em ci&ecirc;ncias sociais e estudos cinematogr&aacute;ficos, colaborou com institui&ccedil;&otilde;es como o Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia, o Museu Nacional de Arte Contempor&acirc;nea - Museu do Chiado, o Torre&atilde;o Nascente da Cordoaria Nacional - Galerias Municipais de Lisboa, a Galeria Z&eacute; dos Bois, a Galeria Francisco Fino, a Galeria Municipal do Porto e a Cole&ccedil;&atilde;o Ant&oacute;nio Cachola.</p> <p>Valentinas Klimasauskas foi, com Inga Lace, curador do Pavilh&atilde;o da Let&oacute;nia na Bienal de Veneza (2019), trabalhou como diretor de programa no Centro de Arte Contempor&acirc;nea, em Riga (2017/18), e curador do Centro de Arte Contempor&acirc;nea, em Vilnius (2003/13).</p>

Tags:
Partilhar: