A longa-metragem de Sol de Carvalho, Mabata Bata, foi laureada Melhor Filme Dramático no International Black & Diversity Film Festival, no Canadá. A realização moçambicana deixou para trás seis filmes.
<p>A notícia do 16º prémio atribuído à longa-metragem <em>Mabata Bata </em>chegou, na verdade, há uma semana. Depois de se ter destacado um pouco por todo mundo, a ficção de Sol de Carvalho, adaptada de uma história de Mia Couto, foi laureada Melhor Filme Dramático no International Black & Diversity Film Festival (IBDFF), realizado na Cidade de Toronto, no Canadá.</p> <p>A longa-metragem de Sol de Carvalho superou seis nomeações, designadamente, <em>Freed</em>, de Josza Anjembe (França); <em>Nzela Nzela</em>, de Badi Kuba (República Democrática do Congo); <em>The road to truth</em>, de Karen Walter-Martin; <em>The process</em>, de Jake Fay (Estados Unidos de América); <em>Kapana</em>, de Philippe Talaver (Namíbia) e <em>Strain</em>, de Uduak Obong Patrick (Nigéria). Considerando a abrangência do festival, Sol de Carvalho considera que o prémio é bom e que não é apenas seu. Partilha-o com toda a equipa que fez o <em>Mabata Bata</em>.</p> <p>O International Black & Diversity Film Festival (IBDFF) é um evento cinematográfico independente, segundo a organização, criado para dar uma plataforma aos cineastas negros ou que produzem filmes sobre sociedades ou comunidades negras. O propósito é celebrar a diversidade cultural através da inclusão. Com efeito, a iniciativa esmera-se em incluir cineastas independentes de todo o mundo para mostrar seu trabalho na Cidade de Toronto. “Enquanto o foco principal do IBDFF está em filmes feitos por negros, ou por outras raças com actores negros em papéis-chave, ou filmes que mostram realidades negras de todo o mundo, o IBDFF também está aberto à inclusão de filmes independentes que podem ser vistos e apreciados por aqueles interessados em aprender sobre outras culturas, promovendo assim uma mistura de diversidade cultural através do cinema”.</p> <p>O International Black & Diversity Film Festival é um festival multimédia. Em cada categoria havia cerca de seis nomeações e um vencedor.</p> <p>Até aqui, <em>Mabata Bata </em>já esteve em 87 festivais, e Sol de Carvalho tem uma explicação para o sucesso do filme no continente americano: “A partir do momento que <em>Mabata Bata </em>entrou no circuito americano, depois de ter ganho prémios no festival africano, o filme começou a correr no Norte de América”.</p> <p>Nos Estados Unidos, concretamente, <em>Mabata Bata </em>esteve em Dallas, Nova Iorque e Los Angeles. Agora, chegou a vez do Canadá, mas Sol de Carvalho não está de todo realizado. “Falta o filme chegar a um festival de categoria A em competição – num dos festivais de categoria A, em Roterdão, Países Baixos, esteve em uma mostra. Portanto, ainda não esteve em nenhum festival de categoria A em competição dos 10 que há no mundo”. Além disso, para Sol de Carvalho, falta o filme chegar a uma região: o Oriente. “Tive uma proposta para a Coreia, mas não chegou a passar”. Não passou a da Coreia, mas em Canadá.</p>