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Sociedade Portuguesa de Autores vai encerrar sete delegações

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) anunciou hoje "medidas de gestão" para "adaptar" a cooperativa "às novas realidades culturais, sociais e económicas", encerrando sete das 12 delegações, num processo que abrange 20 trabalhadores.

<p>Em declara&ccedil;&otilde;es &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa, o presidente da dire&ccedil;&atilde;o da SPA, Jos&eacute; Jorge Letria, reconheceu que a pandemia reduziu a cobran&ccedil;a de direitos de autor, a principal fonte de receita da SPA, mas afirmou que &quot;a ideia &eacute; refor&ccedil;ar as fun&ccedil;&otilde;es e as compet&ecirc;ncias&quot; da cooperativa de autores.</p> <p>As atuais 12 delega&ccedil;&otilde;es v&atilde;o ser concentradas em cinco: Lisboa, Porto, Braga, Faro e Funchal, encerrando as de Coimbra, Leiria, Viseu, Set&uacute;bal, bem como as tr&ecirc;s localizadas nos A&ccedil;ores (Horta, Angra do Hero&iacute;smo e Ponta Delgada).</p> <p>Esta reestrutura&ccedil;&atilde;o vai afetar cerca de 20 trabalhadores, disse Letria, referindo que a ideia &eacute; integr&aacute;-los nas novas delega&ccedil;&otilde;es, mas est&atilde;o abertas propostas de rescis&atilde;o amig&aacute;veis e, neste campo, j&aacute; se chegaram a alguns acordos &quot;que beneficiam ambas as partes&quot;, n&atilde;o tendo especificado o n&uacute;mero.</p> <p>&quot;Nenhuma fun&ccedil;&atilde;o ou compet&ecirc;ncia ficar&aacute; exclu&iacute;da&quot;, garantiu o presidente da SPA, referindo que &quot;o objetivo &eacute; a redu&ccedil;&atilde;o de despesas e o refor&ccedil;o da operacionalidade de um setor decisivo para as boas contas da cooperativa&quot;.</p> <p>Letria referiu que &quot;a vida cultural e art&iacute;stica est&aacute; praticamente parada&quot; e citou os festivais de ver&atilde;o que n&atilde;o se realizaram e as incertezas quanto ao futuro.</p> <p>Em Lisboa, v&atilde;o ser mantidos os dois edif&iacute;cios, o da sede na avenida Duque de Loul&eacute;, e o n&uacute;mero dois, na Rua Gon&ccedil;alves Crespo, mas os funcion&aacute;rios do edif&iacute;cio dois v&atilde;o trabalhar para a sede.</p> <p>A SPA manter&aacute; o edif&iacute;cio dois, onde funciona a galeria Carlos Paredes e a sala de reuni&otilde;es, onde vai realizar-se a pr&oacute;xima assembleia-geral, para aprecia&ccedil;&atilde;o do relat&oacute;rio e contas da sua atividade, relativo a 2020, no pr&oacute;ximo dia 30 de mar&ccedil;o.</p> <p>&quot;Decidiu-se centralizar todo o efetivo de recursos humanos no edif&iacute;cio-sede, onde ser&atilde;o asseguradas todas as fun&ccedil;&otilde;es e compet&ecirc;ncias que j&aacute; integravam a empresa&quot;, disse Letria &agrave; Lusa.</p> <p>O dirigente garantiu que a SPA continuar&aacute;, &quot;com mais afinco e empenho&quot;, a sua atividade de controlo e cobran&ccedil;a dos diversos direitos.</p> <p>O presidente da cooperativa de autores adiantou que a SPA ir&aacute;, por ocasi&atilde;o da celebra&ccedil;&atilde;o do Dia do Autor, a 22 de maio, realizar a habitual cerim&oacute;nia de entrega de medalhas da SPA, que inclui a de honra da cooperativa, e tamb&eacute;m dos diferentes pr&eacute;mios &agrave; cria&ccedil;&atilde;o, cujos distinguidos ser&atilde;o divulgados at&eacute; ao final de mar&ccedil;o.</p> <p>Segundo o Plano e Or&ccedil;amento da SPA para 2021, datado de novembro do ano passado, a cooperativa previa cobrar 42,6 milh&otilde;es de euros este ano, uma subida de 6,27% face a 2020, mas que, a confirmar-se, representar&aacute; uma quebra de 22,3% em rela&ccedil;&atilde;o a 2019.</p> <p>O documento estimava em 1,07% a redu&ccedil;&atilde;o de gastos com pessoal, &quot;essencialmente justificada pela redu&ccedil;&atilde;o de pessoal j&aacute; ocorrida em 2020&quot;.</p> <p>Desde 2014 que as cobran&ccedil;as da SPA estavam a crescer anualmente, at&eacute; um valor de 54,8 milh&otilde;es de euros em 2019, segundo o relat&oacute;rio e contas mais recente dispon&iacute;vel.</p> <p>Nesse ano, pr&eacute;-pandemia, a SPA alcan&ccedil;ou um lucro de 1,5 milh&otilde;es de euros, sendo a perspetiva para 2021 a de um preju&iacute;zo de tr&ecirc;s mil euros.</p> <p>A cria&ccedil;&atilde;o de uma sociedade de defesa dos direitos dos autores remonta a finais do s&eacute;culo XIX, mas s&oacute; em 1925 M&aacute;rio Duarte, autor e tradutor teatral, com o dramaturgo J&uacute;lio Dantas, o compositor Henrique Lopes de Mendon&ccedil;a, autor do Hino Nacional, os autores F&eacute;lix Bermudes, Andr&eacute; Brun, Jo&atilde;o Bastos, Ernesto Rodrigues e os compositores Alves Coelho, Carlos Calder&oacute;n e Luz J&uacute;nior fundaram a Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, g&eacute;nese da atual SPA, que conta 177 trabalhadores.</p>

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