O gestor David Azevedo Lopes reúne no livro "Uma Varanda sobre Tóquio" as suas impressões sobre o Japão, onde viveu a "experiência pessoal e profissional mais intensa", como afirma na obra.
<p>Ogestor chegou ao Japão em 2019 para assumir o cargo de 'sénior adviser' de um grupo retalhista, depois passou a residir na capital do país do sol nascente, período em que iniciou a escrita do que vivia e observava.</p> <p>Entre um primeiro período de viagens mensais ao Japão e a residência fixa em Tóquio, David Azevedo Lopes conviveu quatro anos com a realidade nipónica. Recentemente, foi chefe de missão da Câmara de Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude, que se realizou na primeira semana do passado mês de agosto na capital portuguesa.</p> <p>A obra "Uma Varanda sobre Tóquio", com ilustrações de Yutaka Suzuki, é publicada quando se celebram os 480 anos da chegada dos primeiros portugueses ao Japão, e vai ser apresentada na próxima quarta-feira, às 18:30, no El Corte Inglés, em Lisboa.</p> <p>PUBLICIDADE</p> <p> </p> <p>Na obra, o gestor garante que apreciará "sempre a experiência única de ter servido uma das empresas japonesas mais honradas e de [de ter conhecido] a cultura japonesa que ficará" consigo para o resto da vida.</p> <p>A obra, em três línguas -- português, inglês e japonês -, é estruturada como um conjunto de cerca de cem crónicas sobre diferentes aspetos da sociedade e cultura japonesas, e as suas impressões, acentuando a ideia de que os japoneses são impenetráveis para os estrangeiros, como afirma no prefácio o escritor Valter Hugo Mãe, citando o antropólogo Junzo Kawada.</p> <p>Para o escritor, este livro representa "um dos serviços mais cordiais prestados à amizade entre o Japão e Portugal".</p> <p>"Um serviço sempre marcado pelo convite a uma aproximação entre dois lados do mundo que, por se imaginarem inevitavelmente, também se podem irmanar", afirma Valter Hugo Mãe referindo que "o que David Lopes diz é sempre construtivo, sereno [e] sincero", pretendendo que "a História comum entre Japão e Portugal dê certo".</p> <p>PUBLICIDADE</p> <p> </p> <p>Por seu turno, o embaixador de Portugal no Japão, Vítor Sereno, escreve na introdução que a obra de David Lopes é "uma longa carta" em que "elogia as diversas facetas da sociedade e cultura nipónicas".</p> <p>"Este livro representa, assim, uma paleta de impressões que traz algo de novo, quer ao observador mais conhecedor do Japão, como ao leitor que alimenta uma simples curiosidade sobre o País do Sol Nascente".</p> <p>Para o diplomata, as crónicas de David Lopes "são esboços a traço grosso que apontam para os elementos centrais da personalidade do japonês e para as expressões singulares do seu modo de ser coletivo".</p> <p>O embaixador considera que este livro "simboliza na perfeição a importância de celebrarmos o 480.º aniversário da chegada dos primeiros portugueses ao Japão" e evidencia "o caráter profundamente humanista deste encontro".</p> <p>"Uma Varanda sobre Tóquio", na opinião de Vítor Sereno, dá continuidade às obras dos missionários Luís Fróis, apontado como o primeiro cronista europeu do Japão, e Luís de Almeida, e à obra do escritor Wenceslau de Moraes.</p> <p>O escritor Valter Hugo Mãe considera o contributo de David Azevedo Lopes "inteligente, honestíssimo [e] útil".</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/cultura/2425723/livro-uma-varanda-sobre-toquio-reune-impressoes-do-autor-sobre-japao</p>