E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Livro sobre a Mossad revela recente operação israelita em Teerão

Um livro sobre os serviços de informações israelitas do investigador e jornalista Eric Frattini revela os detalhes de uma das últimas operações da Mossad em solo iraniano, em novembro do ano passado.

<p>A opera&ccedil;&atilde;o &quot;&Aacute;gua Pesada&quot;, a 26 de novembro de 2020,&nbsp;teve como alvo Moshen Fakhrizadeh, f&iacute;sico, cientista e oficial da Guarda Revolucion&aacute;ria iraniana cuja identidade foi revelada pela primeira vez pelo chefe do executivo de Israel, Benjamin Netanyahu em 2018, no Knesset, o parlamento israelita.</p> <p>&nbsp;&quot;Eu&nbsp;fui reunindo mais informa&ccedil;&atilde;o sobre a opera&ccedil;&atilde;o contra o&nbsp;l&iacute;der do programa nuclear iraniano. A relev&acirc;ncia desta a&ccedil;&atilde;o&nbsp;foi a colabora&ccedil;&atilde;o aberta entre os Estados Unidos e a Mossad. Foi uma decis&atilde;o de Donald Trump, ap&oacute;s&nbsp;numa reuni&atilde;o com o conselheiro para a Seguran&ccedil;a Nacional e com a diretora da CIA, Gina Haspel&quot;, disse &agrave; Lusa Eric Frattini, autor do livro &quot;Mossad - Os Carrascco do Kidon&quot;, publicado recentemente em Portugal.</p> <p>Frattini frisa que os servi&ccedil;os de informa&ccedil;&otilde;es dos Estados Unidos &quot;n&atilde;o podiam&nbsp;matar&quot; Moshen Fakhrizadeh&nbsp;porque - durante o mandato dos presidentes&nbsp;norte-americanos George W. Bush, Barack Obama e Donald Trump - mudou a estrutura e a doutrina do&nbsp;&quot;sistema de espionagem&quot; com o incremento das informa&ccedil;&otilde;es via sat&eacute;lite em detrimento do trabalha no terreno.</p> <p>&quot;Deste modo, a&nbsp;CIA forneceu informa&ccedil;&otilde;es e a Mossad&nbsp;ocupou-se de levar a cabo a opera&ccedil;&atilde;o contra o l&iacute;der do programa nuclear iraniano&quot;, refere Frattini.</p> <p>O ve&iacute;culo em que seguia Moshsen Fakhrizadeh nos arredores de Teer&atilde;o foi alvo de um ataque com dois carros armadilhados tendo o cientista iraniano sido transportado para um hospital onde acabou por morrer devido aos ferimentos.&nbsp;</p> <p>No livro, Frattini relata os detalhes sobre a obten&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&otilde;es e a prepara&ccedil;&atilde;o do ataque em territ&oacute;rio iraniano contra o c&eacute;rebro do AMAD (&quot;esperan&ccedil;a em farsi), o nome de c&oacute;digo do programa de armas nucleares do Ir&atilde;o.</p> <p>&quot;Supostamente, a identidade do verdadeiro l&iacute;der do AMAD foi confirmada &agrave; CIA por Masoud Molavi Vardanjani, que tinha trabalhado durante v&aacute;rios anos como agente de ciberseguran&ccedil;a no Minist&eacute;rio da Defesa do Ir&atilde;o&quot;, escreve Frattini no &uacute;ltimo cap&iacute;tulo do livro.</p> <p>Para o investigador espanhol de origem peruana, o programa nuclear iraniano continua a preocupar os Estados Unidos e Israel e &quot;enquanto assim for&quot;, a CIA e a Mossad v&atilde;o continuar a ter as instala&ccedil;&otilde;es e os cientistas iranianos no &quot;ponto de mira&quot;.</p> <p>Ao longo de mais de 500 p&aacute;ginas o autor, antigo correspondente de v&aacute;rios jornais no M&eacute;dio Oriente, recorda a doutrina &quot;dos assassinatos seletivos&quot; contra os &quot;inimigos&quot; de Israel recordando as opera&ccedil;&otilde;es contra o criminoso de guerra nazi Adolf Eichman, em 1960, a Opera&ccedil;&atilde;o &quot;Ira de Deus&quot; contra o Setembro Negro, sobretudo entre 1972 e 1973, na sequ&ecirc;ncia dos ataques contra a equipa israelita nos Jogos Ol&iacute;mpicos de Munique.</p> <p>O livro detalha igualmente opera&ccedil;&otilde;es mais recentes dos servi&ccedil;os de informa&ccedil;&otilde;es de Israel contra alvos no L&iacute;bano, S&iacute;ria e no Ir&atilde;o expondo as rela&ccedil;&otilde;es entre israelitas e norte-americanos que, de acordo com o investigador, n&atilde;o v&atilde;o alterar-se, apesar das mudan&ccedil;as pol&iacute;ticas em Washington com a elei&ccedil;&atilde;o de Joe Biden como chefe de Estado.</p> <p>&quot;N&atilde;o vai mudar nada. Vai continuar tudo na mesma. A administra&ccedil;&atilde;o norte-americana que mais opera&ccedil;&otilde;es executou no M&eacute;dio Oriente foi&nbsp;a administra&ccedil;&atilde;o (democrata) de Barack Obama e Joe Biden era vice-presidente. Usaram san&ccedil;&otilde;es na regi&atilde;o: contra o programa qu&iacute;mico s&iacute;rio, contra a tentativa de constru&ccedil;&atilde;o de um reator nuclear na S&iacute;ria, por exemplo&quot;, disse Eric Frattini.</p> <p>&quot;Para Biden quem pode executar opera&ccedil;&otilde;es no M&eacute;dio Oriente de forma eficaz&nbsp;&eacute; a Mossad. O diretor dos servi&ccedil;os israelitas j&aacute; manteve v&aacute;rias reuni&otilde;es em Washington recentemente. Por isso, creio que vai manter-se uma estreita comunica&ccedil;&atilde;o entre Israel e os Estados Unidos, neste contexto&quot;, sublinha o investigador.</p> <p>O livro &quot;Mossad - Os Carrascos do Kidon&quot; (Bertrand Editora, 526 p&aacute;ginas) incluiu na edi&ccedil;&atilde;o portuguesa um pref&aacute;cio de Filipe Path&eacute; Duarte, professor de Geopol&iacute;tica e Seguran&ccedil;a Internacional.</p>

Tags:
Partilhar: