E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Instalação imersiva em Moçambique preserva cultura do mar

A instalação imersiva 'Nakhoda e a Sereia', da realizadora moçambicana Yara Costa, exibe o património cultural marítimo da Ilha de Moçambique

<p>&quot;&quot;Nakhoda e a Sereia&quot; &eacute; uma instala&ccedil;&atilde;o de imers&atilde;o, uma experi&ecirc;ncia imersiva sensorial que usa v&aacute;rios meios como som, proje&ccedil;&otilde;es 360 graus e a realidade virtual para falar do patrim&oacute;nio cultural mar&iacute;timo, a cultura do mar, que &eacute; muito antiga aqui da Ilha de Mo&ccedil;ambique e da regi&atilde;o&quot;, conta &agrave; Lusa Yara Costa, realizadora de cinema mo&ccedil;ambicana.</p> <p>A personagem principal da instala&ccedil;&atilde;o, que j&aacute; foi visitada desde julho de 2023 por 1.250 pessoas, situada &agrave; beira-mar e pr&oacute;xima do museu da ilha, &eacute; o &#39;dhow&#39;, veleiro tradicional de madeira, comandado pelo &#39;nakhoda&#39;, capit&atilde;o experiente, conhecedor do mar, seus segredos e hist&oacute;rias, que &quot;consegue ver o que ningu&eacute;m mais v&ecirc; e ouvir o que mais ningu&eacute;m ouve&quot;.</p> <p>&quot;N&atilde;o se nasce &#39;nakhoda&#39;, n&atilde;o se &eacute; porque o pai foi, mas aprende-se a ser &#39;nakhoda&#39;, &eacute; o &uacute;ltimo alerta de Yara, antes de abrir a porta para a imers&atilde;o, numa instala&ccedil;&atilde;o em que se tem contacto f&iacute;sico com canoas, remos, o &#39;dhow&#39;, cordas e redes de pesca.</p> <p>Munido de auscultadores, o visitante ouve hist&oacute;rias sobre o passado, presente e futuro, cantadas na l&iacute;ngua local por homens e mulheres que v&atilde;o ao mar todos os dias, enquanto passa de canoa em canoa dentro da instala&ccedil;&atilde;o at&eacute; chegar ao &#39;dhow&#39;, o barco principal.</p> <p>A&iacute;, al&eacute;m de ouvir, o visitante pode ver &agrave; sua volta, projetado em 360 graus, o percurso feito at&eacute; chegar &agrave; posi&ccedil;&atilde;o do &#39;nakhoda&#39; e assistir tamb&eacute;m &agrave; apanha de moluscos por mulheres, enquanto entoam hinos tradicionais e cantam entre si os conflitos e os problemas da comunidade.</p> <p>&quot;O visitante &eacute; convidado a usar um par de &oacute;culos de realidade virtual onde ele est&aacute; completamente imerso e consegue viajar no tempo at&eacute; 1749, quando sa&iacute;am barcos daqui levando pessoas para serem vendidas para a escravatura, at&eacute; 2030, no futuro, quando a &aacute;gua come&ccedil;a a subir e toma conta de tudo isto&quot;, explica a realizadora.</p> <p>Yara registou e exibe a hist&oacute;ria, os h&aacute;bitos, a tradi&ccedil;&atilde;o para que n&atilde;o seja esquecida, mas tamb&eacute;m alerta e mostra as consequ&ecirc;ncias das mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas sobre a vida dos pescadores e das comunidades que vivem nas zonas costeiras.</p> <p>&quot;Tudo isso est&aacute; a ser gravemente impactado e vai ser mais ainda amea&ccedil;ado por conta dos efeitos da crise clim&aacute;tica que estamos a viver&quot;, refere, fazendo men&ccedil;&atilde;o &agrave; import&acirc;ncia do conhecimento tradicional ecol&oacute;gico na preserva&ccedil;&atilde;o do ecossistema.</p> <p>&quot;Todas estas pr&aacute;ticas s&atilde;o integradas com a natureza, s&atilde;o altamente ecol&oacute;gicas, n&atilde;o poluem, s&atilde;o regenerativas&quot;, frisa a realizadora de cinema mo&ccedil;ambicana, apelando para a consulta e preserva&ccedil;&atilde;o da tradi&ccedil;&atilde;o.</p> <p>A instala&ccedil;&atilde;o &quot;Nakhoda e a Sereia&quot; est&aacute; na Ilha de Mo&ccedil;ambique, em Nampula, no norte do pa&iacute;s, e desde a sua abertura no ano passado recebe visitas todos os dias, em sess&otilde;es que participam no m&aacute;ximo duas pessoas, conta Yara Costa.</p> <p>A instala&ccedil;&atilde;o &eacute; assim uma viagem sobre a tradi&ccedil;&atilde;o do mar da Ilha de Mo&ccedil;ambique, que dura pelo menos uma hora e acaba quando o visitante finalmente ocupa a posi&ccedil;&atilde;o do &#39;nakhoda&#39;: senta-se atr&aacute;s do &#39;dhow&#39; e controla o leme.</p> <p>&quot;Sem d&uacute;vida o que a gente observa &eacute; que as pessoas saem daqui mexidas, alguma coisa mexe com elas, seja pelas can&ccedil;&otilde;es, seja um sentimento de lamenta&ccedil;&atilde;o, de descoberta ou um despertar da curiosidade&quot;, conclui Yara.</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/economia/2548755/rubis-de-cabo-delgado-renderam-quase-mil-milhoes-de-euros-desde-2012" target="_blank">Rubis de Cabo Delgado renderam quase mil milh&otilde;es de euros desde 2012</a></p>

Tags:
Partilhar: