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Galerias Municipais de Lisboa mostram quatro novas exposições até junho

Quatro novas exposições, que incluem trabalhos de Mónica de Miranda, Ilídio Candja Candja, Veronika Spierenburg, Nuno Barroso e João Vasco Paiva, num total de mais de 30 artistas, vão estar patentes até junho nas Galerias Municipais de Lisboa.

<p>Um bairro de Lisboa com liga&ccedil;&otilde;es hist&oacute;ricas ao mar, a est&eacute;tica e a pol&iacute;tica do t&ecirc;xtil vista por 26 artistas, a constru&ccedil;&atilde;o de uma realidade pessoal para fazer face ao mundo ca&oacute;tico no exterior na vis&atilde;o do artista mo&ccedil;ambicano Id&iacute;lio Candja Candja, e as infraestruturas rodovi&aacute;rias em Hong Kong s&atilde;o mundos criados por mais de tr&ecirc;s dezenas de artistas a que os visitantes poder&atilde;o aceder.</p> <p>Depois de terem estado encerradas ao p&uacute;blico desde 15 de janeiro devido ao confinamento para conter a pandemia de covid-19, tal como todos os espa&ccedil;os culturais do pa&iacute;s, as Galerias Municipais de Lisboa est&atilde;o a reabrir ao longo do m&ecirc;s de abril com novas exposi&ccedil;&otilde;es.</p> <p>Na Galeria da Boavista, estar&aacute; patente, at&eacute; 20 de junho, a exposi&ccedil;&atilde;o &quot;Cemit&eacute;rio das &Acirc;ncoras&quot;, de Veronika Spierenburg &amp; Nuno Barroso, com um novo filme e projeto de exposi&ccedil;&atilde;o colaborativa dedicado ao bairro lisboeta do Cais do Sodr&eacute;, junto ao rio Tejo, com liga&ccedil;&otilde;es hist&oacute;ricas com o mar e a ind&uacute;stria mar&iacute;tima, refletidas nas v&aacute;rias lojas de artigos n&aacute;uticos ainda existentes na zona.</p> <p>Spierenburg e Barroso t&ecirc;m vindo a recolher apontamentos f&iacute;lmicos que testemunham o desaparecimento da ind&uacute;stria da pesca artesanal em Portugal, uma atividade profundamente ligada &agrave; identidade do pa&iacute;s e que representa mais do que uma atividade econ&oacute;mica, tamb&eacute;m social e um estilo de vida para a popula&ccedil;&atilde;o local.</p> <p>A longa investiga&ccedil;&atilde;o levada a cabo pelos dois artistas permitiu-lhes construir rela&ccedil;&otilde;es com os homens e mulheres ligados &agrave; pesca, que partilham as suas hist&oacute;rias e os seus conhecimentos com a c&acirc;mara.</p> <p>O ponto de partida para a investiga&ccedil;&atilde;o da dupla de artistas foi o &quot;Cemit&eacute;rio das &Acirc;ncoras&quot; na praia do Barril, no Algarve, com v&aacute;rias centenas de pesadas &acirc;ncoras que ali foram plantadas na areia e depois abandonadas, testemunho da ind&uacute;stria pesqueira do atum, em tempos pr&oacute;spera, mas que durante o &uacute;ltimo s&eacute;culo entrou em decad&ecirc;ncia devido &agrave; pesca excessiva.</p> <p>A abordagem experimental e documental dos artistas em cinema espelha o legado do Centro de Estudos de Etnologia de Lisboa nas d&eacute;cadas de 1950, 1960 e 1970, cujo trabalho visava preservar e documentar t&eacute;cnicas e conhecimentos que se encontravam em extin&ccedil;&atilde;o iminente.</p> <p>Para al&eacute;m do novo filme, a exposi&ccedil;&atilde;o &quot;Cemit&eacute;rio das &Acirc;ncoras&quot; reflete sobre o imagin&aacute;rio da pesca e do mar, apresentando artefactos e documentos visuais hist&oacute;ricos no piso t&eacute;rreo da galeria, com uma sele&ccedil;&atilde;o de obras emprestadas de museus de todo o pa&iacute;s, incluindo fotografias do antrop&oacute;logo Benjamim Pereira e do fot&oacute;grafo Artur Pastor, bem como reprodu&ccedil;&otilde;es escult&oacute;ricas produzidas pelos artistas em colabora&ccedil;&atilde;o com artes&atilde;os locais.</p> <p>No Pavilh&atilde;o Branco, em Lisboa, &eacute; apresentada a exposi&ccedil;&atilde;o coletiva &quot;Entretecido&quot;, com obras de Ana Silva, Andr&eacute; Sousa, Ani Schulze, Axel Stockburger, Ben van Meter /Alexandra Hart, Cecilia Vicu&ntilde;a, Clemente Pad&iacute;n, Coletivo Siroco, Constan&ccedil;a Entrudo, E.M. de Melo e Castro, Fernando Aguiar, Fernando Marques Penteado, Jos&eacute; de Almada Negreiros, Karl Kempton, Leda Catunda, Maria Altina Martins, Melissa Stabile, M&oacute;nica de Miranda, Namsa Leuba, Nenad Bogdanovic, Paula Baeza Pailamilla, Paula Claire, Paula Rego, Sofia Montanha e Sonia Delaunay.</p> <p>Com curadoria de Tobi Maier, nesta exposi&ccedil;&atilde;o o p&uacute;blico poder&aacute; ver at&eacute; 06 de junho a est&eacute;tica e a pol&iacute;tica do t&ecirc;xtil na vis&atilde;o destes 26 artistas de v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es, &agrave; luz do impacto dos confinamentos causados pela situa&ccedil;&atilde;o pand&eacute;mica, e do crescente tempo passado &acute;online&acute; e em isolamento.</p> <p>A exposi&ccedil;&atilde;o &quot;Entretecido&quot; apresenta e analisa as propriedades materiais t&ecirc;xteis numa tentativa de criar um salto para al&eacute;m da vida imaterial &acute;online&acute;, ao mesmo tempo que demonstra algumas das liga&ccedil;&otilde;es que existem entre o reino digital e a vida real.</p> <p>Embora o foco principal seja nos artistas que trabalham com diferentes formas de t&ecirc;xteis, a exposi&ccedil;&atilde;o apresenta v&aacute;rios formatos, incluindo suportes baseados em performance, fotografia e filme.</p> <p>Na Galeria Avenida da &Iacute;ndia estar&aacute; ainda &quot;Cut Down The Middle&quot; at&eacute; 13 de junho, com obras de Jo&atilde;o Vasco Paiva, Heman Chong, Ramiro Guerreiro, Ko Sin Tung, e Magdalen Wong, numa curadoria de Claudia Pestana em di&aacute;logo com Jo&atilde;o Vasco Paiva.</p> <p>Nesta mostra, com obras de artistas com quem Paiva tem exposto, trabalhado, partilhado espa&ccedil;os ou ideias na &uacute;ltima d&eacute;cada, h&aacute; uma centralidade a partir da pe&ccedil;a &quot;The Highways Department Colouring Book&quot; (2016), que re&uacute;ne interven&ccedil;&otilde;es desenhadas numa s&eacute;rie de tra&ccedil;ados apropriados de um manual do departamento de autoestradas de Hong Kong.</p> <p>Apesar de este tipo de manual estipular minuciosamente as infraestruturas que definem concretamente a cidade, desde o mobili&aacute;rio urbano, como barreiras protetoras, at&eacute; aos materiais a serem utilizados para pavimentos e ciclovias, &quot;as pessoas que vivem a cidade diariamente, raramente t&ecirc;m consci&ecirc;ncia da constante presen&ccedil;a destas especifica&ccedil;&otilde;es exceto em momentos de crise&quot;, refere a descri&ccedil;&atilde;o da curadoria.</p> <p>Na Galeria Quadrum, dever&aacute; ainda inaugurar &quot;Octopus e Miopia&quot;, a 24 de abril, do artista mo&ccedil;ambicano Il&iacute;dio Candja Candja, com curadoria de Rafael Bordalo Mouzinho, ficando patente at&eacute; 27 de junho de 2021.</p> <p>Trata-se de uma exposi&ccedil;&atilde;o que comp&otilde;e uma sele&ccedil;&atilde;o de processos e percurso do artista mo&ccedil;ambicano Il&iacute;dio Candja Candja desde 2014 a 2020, que se estabeleceu no Porto, em 2005.</p> <p>Candja Candja &quot;parte de uma gera&ccedil;&atilde;o de artistas que nasce num momento euf&oacute;rico de Mo&ccedil;ambique que culminou com a independ&ecirc;ncia e um processo complexo de descoloniza&ccedil;&atilde;o que ainda reclama um espa&ccedil;o de di&aacute;logo&quot;.</p> <p>No seu processo, &quot;retra&ccedil;a o seu embate na tentativa do dom&iacute;nio ou inser&ccedil;&atilde;o no espa&ccedil;o, imprimindo a sua preocupa&ccedil;&atilde;o com responsabilidade da sua sobreviv&ecirc;ncia&quot;, indica a curadoria.</p> <p>&quot;Com uma urg&ecirc;ncia e necessidade, desenvolve gestos e formas de organizar o sentido de um mundo exterior &acute;ca&oacute;tico&acute; que possamos apreender pelos sentidos, criando uma linguagem e um espa&ccedil;o imagin&aacute;rio atrav&eacute;s de uma capacidade de racioc&iacute;nio abstrato, impregnado a partir de tintas, cores, formas, signos, s&iacute;mbolos, marcas sobre telas, servindo de &acute;mediuniac&ccedil;&atilde;o&acute; na elabora&ccedil;&atilde;o consciente para apreens&atilde;o e constru&ccedil;&atilde;o da realidade em que ele est&aacute; inserido&quot;, descreve ainda.</p> <p>As Galerias Municipais de Lisboa est&atilde;o abertas de ter&ccedil;a a sexta-feira, das 10:00 &agrave;s 13:00 e das 14:00 &agrave;s 18:00, e ao s&aacute;bado e domingo, das 10:00 &agrave;s 13:00.</p>

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