E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Exposições de AddFuel e Halfstudio na reabertura da galeria Underdogs

A galeria Underdogs, em Lisboa, reabre na sexta-feira com duas exposições - "Chronos Redux", uma espécie de retrospetiva do trabalho de AddFuel, e "We still have a dream", da dupla Halfstudio -, que ficam patentes até ao final de maio.

<p>Em &quot;Chronos&nbsp;Redux&quot;, que ocupa o espa&ccedil;o principal da galeria da Rua Fernando Palha, Diogo Machado (Add Fuel) refez,&nbsp;retrabalhou&nbsp;e repensou o trabalho desenvolvido nos &uacute;ltimos anos e que se caracteriza sobretudo pela&nbsp;reinven&ccedil;&atilde;o&nbsp;do azulejo tradicional portugu&ecirc;s.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;O meu pensamento, ao encarar este desafio, foi fazer um pouco uma&nbsp;retrospetiva, sem ser uma&nbsp;retrospetiva&nbsp;ao meu trabalho. Quando 2020 nos for&ccedil;ou a parar, muitos de n&oacute;s fizemos um bocado uma&nbsp;introspe&ccedil;&atilde;o, e pens&aacute;mos sobre a nossa vida, o nosso caminho, onde &eacute; que estamos, onde &eacute; que queremos ir, o que me levou a olhar um pouco para tr&aacute;s, para o meu trabalho j&aacute; feito&quot;, contou&nbsp;AddFuel&nbsp;&agrave; Lusa, numa visita &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o.</p> <p>O artista partilhou que, nesta altura, achou que fazia sentido &quot;retrabalhar&nbsp;um pouco sobre o tempo&quot;, at&eacute; porque o seu trabalho &quot;anda muito &agrave; volta do conceito do tempo e do repensar do azulejo&quot;.</p> <p>AddFuel&nbsp;salienta que o que est&aacute; exposto na Underdogs &quot;n&atilde;o &eacute; reaproveitamento do que j&aacute; existe, mas sim um repensar e um&nbsp;retrabalhar&quot; do que fez ao longo da carreira.</p> <p>O artista lembra que, desde que come&ccedil;ou a &#39;reinventar&#39; o azulejo, j&aacute; criou &quot;378 padr&otilde;es diferentes&quot;, que tem numerados. E &quot;Chronos&nbsp;Redux&quot; come&ccedil;a com seis pe&ccedil;as de pequenas dimens&otilde;es, em azulejo, onde refez e&nbsp;retrabalhou&nbsp;os primeiros seis padr&otilde;es que criou. &quot;Todas as pe&ccedil;as t&ecirc;m a numera&ccedil;&atilde;o do padr&atilde;o, o nome da pe&ccedil;a e n&uacute;mero do ano do padr&atilde;o original&quot;, revelou.</p> <p>Das seis pequenas pe&ccedil;as, passa-se para cinco &quot;um pouco maiores, que representam o crescimento&quot; e a altura em que Diogo Machado come&ccedil;ou a pintar em paredes. A s&eacute;rie de cinco trabalhos, tamb&eacute;m em azulejo, representa paredes que o artista pintou em cidades como Lisboa, Paris ou Figueira da Foz.</p> <p>A dada altura da carreira, Add Fuel come&ccedil;ou de facto a recortar azulejos, em vez de neles desenhar os recortes, criando pe&ccedil;as com v&aacute;rias camadas, e isso tamb&eacute;m est&aacute; numa das paredes da Underdogs, com uma s&eacute;rie de trabalhos cujos nomes &quot;t&ecirc;m que ver com falhas geol&oacute;gicas&quot;.</p> <p>Em &quot;Chronos&nbsp;Redux&quot; est&aacute; tamb&eacute;m presente o corpo de trabalho mais recente de Diogo Machado, em tons de branco e cinzento, e no qual se destacam as esculturas em metal.</p> <p>Nestas pe&ccedil;as, Diogo faz uma &quot;desconstru&ccedil;&atilde;o&nbsp;e reconstru&ccedil;&atilde;o do &#39;stencil&#39; [t&eacute;cnica que utiliza para pintar os azulejos], em metal branco&nbsp;lacado&quot;.</p> <p>&quot;&Eacute; um material que estou a ter muito prazer em explorar, e que tem muito potencial, semelhante ao azulejo em termos de durabilidade, porque &eacute; metal&nbsp;lacado&nbsp;com pintura&nbsp;eletroest&aacute;tica, n&atilde;o enferruja, n&atilde;o envelhece&quot;, contou.</p> <p>Embora o branco e azul continuem a ser &quot;a imagem de marca&quot; do seu trabalho, Add Fuel partilha que est&aacute; a &quot;gostar de explorar a&nbsp;tridimensionalidade&nbsp;e jogar com sombras&quot;.</p> <p>A exposi&ccedil;&atilde;o inclui duas pe&ccedil;as grandes, nas quais n&atilde;o &eacute; utilizado metal ou azulejo, e que representam o trabalho mural de Add Fuel. &quot;Para galeria gosto de trabalhar o material em si, o pintado deixo para a rua. Mas fiz quest&atilde;o de ter aqui uma representa&ccedil;&atilde;o do meu trabalho de mural, embora numa escala mais pequena&quot;, contou.</p> <p>&quot;Chronos&nbsp;Redux&quot; termina com uma s&eacute;rie de sete pe&ccedil;as, que &quot;representa um pouco o futuro&quot;, em que o trabalho de Add Fuel &quot;pode vir a ser de v&aacute;rias cores&quot;.</p> <p>Para a mostra, o artista criou tamb&eacute;m uma instala&ccedil;&atilde;o, suspensa no teto, com ilumina&ccedil;&atilde;o, &quot;para criar ambiente&quot;, e que &quot;refor&ccedil;a a ideia de passagem do tempo, porque mexe, roda, chega a um ponto para e roda no sentido contr&aacute;rio&quot;.</p> <p>Al&eacute;m de &quot;Chronos&nbsp;Redux&quot;, quem visitar a Underdogs a partir de sexta-feira poder&aacute; tamb&eacute;m ver &quot;We Still Have a Dream&quot;, no espa&ccedil;o c&aacute;psula da galeria, da dupla&nbsp;Halfstudio&nbsp;(Emanuel Barreira e Mariana Branco), que come&ccedil;aram no design gr&aacute;fico e acabaram por se focar nas letras e frases, que j&aacute; pintaram e expuseram em v&aacute;rios locais de Portugal e do estrangeiro.</p> <p>A exposi&ccedil;&atilde;o na Underdogs teve como ponto de partida &quot;tudo o que a Humanidade tem estado a passar nos &uacute;ltimos anos: a polariza&ccedil;&atilde;o, o&nbsp;&oacute;dio&nbsp;crescente, o aumento das &#39;fake news&#39;, uma negatividade geral que se sente, e que agora foi agravada com esta&nbsp;pandemia&quot;.</p> <p>Emanuel e Mariana criaram no espa&ccedil;o c&aacute;psula da Underdogs &quot;um escape&quot;. &quot;Para as pessoas quando est&atilde;o aqui terem acesso a estas mensagens positivas e ser um escape a essa realidade. Porque tamb&eacute;m acreditamos que s&oacute; conseguimos criar uma sociedade melhor e dar uma segunda oportunidade &agrave; Humanidade se tivermos esperan&ccedil;a, amor e refor&ccedil;amos as liga&ccedil;&otilde;es uns com os outros&quot;, explicou Emanuel &agrave; Lusa.</p> <p>Os&nbsp;objetos&nbsp;utilizados na mostra foram todos &quot;recuperados, para serem pintados com frases e palavras&quot;, de serras circulares a serrotes, passando por quadros antigos e caixas de luz.</p> <p>&quot;Esperan&ccedil;a de dar uma segunda oportunidade &agrave; humanidade e ao mesmo tempo dar tamb&eacute;m uma segunda oportunidade a estas pe&ccedil;as, que j&aacute; n&atilde;o tinham uso. Fizemos aqui este paralelismo&quot;, referiu o artista.</p> <p>&quot;We Still Have a Dream&quot; come&ccedil;ou a ser preparada em&nbsp;outubro&nbsp;do ano passado, em plena&nbsp;pandemia&nbsp;da&nbsp;covid-19, e este&nbsp;fator&nbsp;acabou por ter &quot;bastante influ&ecirc;ncia&quot;. &quot;Foi quase um exerc&iacute;cio de medita&ccedil;&atilde;o nossa, de fazer coisas positivas um bocado para contrariar tudo aquilo que se estava a passar&quot;, referiu.</p> <p>Al&eacute;m da frase que d&aacute; nome &agrave; exposi&ccedil;&atilde;o, que em portugu&ecirc;s significa &quot;Ainda temos um sonho&quot;, nas paredes da Underdogs est&atilde;o&nbsp;objetos&nbsp;com palavras como &quot;Trust&quot; (Confian&ccedil;a), &quot;Joy&quot; (Alegria), &quot;Luck&quot; (Sorte) &quot;Hope&quot; (Esperan&ccedil;a) ou frases como &quot;I like you a lot&quot; (Gosto muito de ti) ou &quot;Enjoy right now&quot; (Aproveita agora).</p> <p>&quot;Chronos&nbsp;Redux&quot; e &quot;We still have a dream&quot;, de entrada gratuita, podem ser visitadas at&eacute; 22 de&nbsp;maio, de segunda a sexta-feira, das 14:00 &agrave;s 19:00.</p>

Tags:
Partilhar: