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Culturgest. Insustentável leveza da obra de António Bolota em exposição

A exposição antológica com uma seleção de obras de António Bolota desde 2006 até à atualidade, incluindo uma inédita, que revelam a insustentável leveza da obra do artista, caracterizada pela grande escala, é inaugurada sexta-feira, na Culturgest, em Lisboa.

<p>Sob o t&iacute;tulo &#39;M&atilde;o-de-Obra&#39;, esta primeira exposi&ccedil;&atilde;o antol&oacute;gica de Ant&oacute;nio Bolota tem curadoria de Bruno Marchand e ficar&aacute; patente nas galerias da Culturgest at&eacute; 19 de setembro de 2021, com entrada gratuita no dia da inaugura&ccedil;&atilde;o, segundo o tamb&eacute;m programador das artes visuais da entidade.</p> <p>&quot;Esta exposi&ccedil;&atilde;o n&atilde;o representa toda a obra de Ant&oacute;nio Bolota&quot;, avisou Bruno Marchand no in&iacute;cio de uma visita de imprensa com a presen&ccedil;a do artista, em frente a uma das seis pe&ccedil;as que a comp&otilde;em, edificada no &acute;foyer&acute; da Culturgest, e que d&aacute; uma ideia da grande escala das obras a descobrir no interior.</p> <p>Com &quot;caracter&iacute;sticas especiais&quot; devido a essa dimens&atilde;o, o artista decidiu escolher algumas pe&ccedil;as e &quot;recri&aacute;-las&quot; para o espa&ccedil;o expositivo, que tamb&eacute;m teve de sofrer algumas modifica&ccedil;&otilde;es, de forma a moldar-se ao percurso dos &uacute;ltimos 15 anos de Ant&oacute;nio Bolota, um artista que tem feito toda a sua carreira sobretudo a criar tendo em conta os lugares de apresenta&ccedil;&atilde;o do seu trabalho.</p> <p>Muros, vigas, paredes, pilares, telhas e todo o tipo de elementos que associados ao universo da constru&ccedil;&atilde;o civil e que, de t&atilde;o familiares, se tornam frequentemente invis&iacute;veis, fazem parte do universo escult&oacute;rico de Ant&oacute;nio Bolota, que nestas seis pe&ccedil;as usou tijolo, cimento, madeira, ferro, pedra e areia de pinhal.</p> <p>&quot;Estas pe&ccedil;as n&atilde;o s&atilde;o s&oacute; para ver, s&atilde;o mais para viver e experimentar&quot;, comentou Bruno Marchand sobre o trabalho do artista, nascido em Benguela, Angola, em 1962, e que vive em Portugal desde 1975.</p> <p>Ao longo da exposi&ccedil;&atilde;o, o artista sublinhou que a luz e a sombra s&atilde;o elementos muito importantes do seu trabalho: &quot;A luz est&aacute; presente em todas as pe&ccedil;as, independentemente do material que uso, &eacute; captada de v&aacute;rias formas, e a sombra tamb&eacute;m me interessa, na procura de outra dimens&atilde;o dos objetos&quot;.</p> <p>As pe&ccedil;as, todas sem t&iacute;tulo - uma delas in&eacute;dita, em a&ccedil;o e bet&atilde;o, criada este ano - impressionam pela sua dimens&atilde;o, pela forma como criam ambientes nas v&aacute;rias salas expositivas, e pelo seu peso, segundo o artista, algumas de 12 e de 17 toneladas, mas que ao olhar do visitante aparentam uma leveza, com a qual Ant&oacute;nio Bolota disse gostar de &quot;jogar, como desafio&quot;.</p> <p>Devido &agrave; sua enorme escala, as pe&ccedil;as foram &quot;recriadas, sem perder a sua identidade&quot;, &agrave;s quais o artista - formado em engenharia civil em 1985, atividade cujo exerc&iacute;cio mant&eacute;m at&eacute; hoje - chamou &quot;vers&otilde;es&quot; para a exposi&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&quot;Sendo tamb&eacute;m engenheiro, Ant&oacute;nio Bolota p&otilde;e ao servi&ccedil;o da escultura tudo o que sabe desta forma&ccedil;&atilde;o&quot;, apontou o curador, referindo alguns passos dos bastidores da instala&ccedil;&atilde;o das pe&ccedil;as que percorrem as v&aacute;rias salas, a primeira delas uma parte de um enorme telheiro sustentado em madeira, que possibilita uma vis&atilde;o cimeira por parte do visitante.</p> <p>Questionado pela Lusa sobre o interesse pelas pe&ccedil;as de grandes dimens&otilde;es, o artista ressalvou que o seu objetivo n&atilde;o &eacute; chocar quem olha, mas desafiar: &quot;Os objetos de larga escala interessaram-me sempre devido &agrave; minha forma&ccedil;&atilde;o [em engenharia e escultura] e ao meu gosto pela arquitetura e pelos materiais. H&aacute; sempre uma tens&atilde;o entre o corpo e a escultura. H&aacute; sempre dois lados nas pe&ccedil;as, a sombra e a luza, o peso e a leveza&quot;.</p> <p>&quot;Nunca me interessou fazer esculturas pequenas. As pr&oacute;prias pe&ccedil;as s&atilde;o um gesto que convoca o espa&ccedil;o em si&quot;, salientou o autor, que iniciou a forma&ccedil;&atilde;o art&iacute;stica em desenho e pintura, entre 1994 e 1998, na Escola Oficina de Artes e na Cooperativa Atitude, ambas em Cascais.</p> <p>Ingressou em 2001 na Ar.Co onde deu continuidade a esta forma&ccedil;&atilde;o, desenvolvendo os seus conhecimentos em Est&eacute;tica, Hist&oacute;ria de Arte e Pr&aacute;tica do Desenho, at&eacute; 2003, e de 2004 a 2007, na mesma escola, frequentou o curso de Escultura.</p> <p>Iniciou a pr&aacute;tica art&iacute;stica em 2006 com a exposi&ccedil;&atilde;o coletiva &#39;Sem T&iacute;tulo (Telhado)&#39; na Interpress, em Lisboa, expondo regularmente o seu trabalho, cuja singularidade, segundo Bruno Marchand, est&aacute; no &quot;confrontar o espectador com viv&ecirc;ncias de perigo, de espanto ou de incredulidade&quot;.</p> <p>Na sexta-feira, a exposi&ccedil;&atilde;o &#39;M&atilde;o-de-Obra&#39; est&aacute; aberta na Culturgest das 11h00 &agrave;s 22:00, com entrada gratuita, e nos restantes dias, at&eacute; 19 de setembro, o hor&aacute;rio &eacute; de ter&ccedil;a a sexta, das 11h00 &agrave;s 18h00, ao s&aacute;bado das 11h00 &agrave;s 13h00, e ao domingo, das 10h00 &agrave;s 13h00.</p>

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