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Artista plástico viaja nas tintas para homenagear cultura em Cabo Verde

A pintura piloto foi pintada em Santo Antão, em 2018, e desde então o artista plástico Joaquim Semedo não mais parou, estando sempre em "Viagens nas Tintas" para homenagear artistas e colorir murais nas ruas de Cabo Verde.

<p>Come&ccedil;ou como uma forma de divulgar as suas obras, com a primeira a ser pintada na ilha de Santo Ant&atilde;o, mas rapidamente o projeto de Joaquim Freire Semedo ganhou outros destinos, estando agora a homenagear m&uacute;sicos e artistas e a embelezar murais em Cabo Verde.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;Este projeto surgiu da necessidade de divulgar a nossa cultura, a cultura cabo-verdiana, e tamb&eacute;m dar a conhecer o meu trabalho, embelezar as nossas cidades, e levar a nossa cultura para outros cantos do mundo&quot;, descreveu o tamb&eacute;m modelo, de 36 anos, natural de S&atilde;o Louren&ccedil;o dos &Oacute;rg&atilde;os, interior da ilha de Santiago.</p> <p>Denominado de &quot;Viagens nas Tintas&quot;, o projeto j&aacute; chegou a v&aacute;rias ilhas do arquip&eacute;lago, estando neste momento a colorir um mural de dezenas de metros numa paragem de autocarros em Terra Branca, uma das zonas mais movimentadas da cidade da Praia.</p> <p>E quem por l&aacute; passa, a p&eacute; ou de carro, pode apreciar pinturas de artistas de renome em Cabo Verde, como Ces&aacute;ria &Eacute;vora, Ildo Lobo, Bana, Tito Paris, Orlando Pantera, Lura, Celina Pereira, Bitori de Nha Bibinha, Jorge Neto, Vad&uacute;, Mayra Andrade, Sara Tavares, Katch&aacute;s, Lu&iacute;s Morais, Cod&eacute; di Dona, entre muitos outros.</p> <p>Nessa que &eacute; uma das partes mais emblem&aacute;ticas e conhecidas do projeto, j&aacute; figuram cerca de 30 artistas, mas Joaquim Semedo disse que o objetivo &eacute; chegar aos 60, j&aacute; que n&atilde;o para de receber mensagens de felicita&ccedil;&otilde;es e pedidos de familiares e amigos para pintar.</p> <p>&quot;Isso &eacute; bom e estou bastante satisfeito com isso&quot;, afirmou o artista pl&aacute;stico, residente na cidade da Praia, reafirmando que o interesse pelas viagens nas tintas est&aacute; a ser enorme.</p> <p>&quot;J&aacute; fiz muita coisa e quero fazer muito mais&quot;, prometeu, antes de come&ccedil;ar mais uma pintura, do falecido m&uacute;sico e compositor Fulg&ecirc;ncio Tavares, mais conhecido por Anu Nobu, natural do concelho de S&atilde;o Domingos, ilha de Santiago.</p> <p>A vontade e motiva&ccedil;&atilde;o de Joaquim Semedo s&atilde;o muitas, que contrastam com os apoios, uma delas de uma empresa que oferece as tintas, mas que considera ser o necess&aacute;rio para n&atilde;o parar.</p> <p>&quot;Gra&ccedil;as a Deus desde o in&iacute;cio temos um patroc&iacute;nio e parceria da Sita, que tem estado a ajudar bastante com as tintas e tenho muito a agradecer porque sem eles era dif&iacute;cil. Mas gostaria de ter apoio de c&acirc;maras municipais, do Minist&eacute;rio da Cultura ou de outras entidades&quot;, pediu, mas sem esquecer as ajudas que tem tido de amigos.</p> <p>Al&eacute;m de Terra Branca, a arte de Joaquim Semedo j&aacute; chegou a outros pontos da cidade da Praia e a praticamente todas as ilhas de Cabo Verde, bem como aos Estados Unidos e Portugal, quanto mais n&atilde;o seja porque um dos objetivos do projeto &eacute; a internacionaliza&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Nos Estados Unidos, por exemplo, o artista pintou um mural com Am&iacute;lcar Cabral, tendo como fundo a bandeira de Cabo Verde. &quot;O que &eacute; um orgulho porque estou a levar a cultura cabo-verdiana para outras partes do mundo. Isso &eacute; o maior orgulho a ter neste momento&quot;.</p> <p>O foco do projeto &eacute; tamb&eacute;m embelezar ruas, casas e paisagens em Cabo Verde, que mesmo sendo r&uacute;sticas s&atilde;o fontes de inspira&ccedil;&atilde;o para o artista, mas precisam de mais brilho.</p> <p>O que facilita bastante tamb&eacute;m &eacute; o clima em Cabo Verde, sem bastante chuva, nem frio. &quot;Posso pintar na rua o ano todo&quot;, salientou Joaquim Semedo &agrave; Lusa, reconhecendo que n&atilde;o tem nada a reclamar, j&aacute; que o seu trabalho est&aacute; a ter muita divulga&ccedil;&atilde;o.</p> <p>&quot;As pessoas est&atilde;o a conhecer rapidamente o meu trabalho e isso &eacute; muito bom, mas o objetivo tamb&eacute;m &eacute; sensibilizar as pessoas em termos de arte e ver a arte em Cabo Verde de uma forma diferente, n&atilde;o s&oacute; como uma coisa bonita, mas sim ver a arte como uma coisa divina&quot;, projetou.</p> <p>O artista pl&aacute;stico faz todas as pinturas com a ajuda de 12 alunos, que fazem parte da escola &quot;Viagens nas Tintas&quot;, que prev&ecirc; ter mais do que 30 alunos dentro de dois meses.</p> <p>&quot;Este projeto n&atilde;o tem fim, e &eacute; por isso que tenho alunos, porque quem sabe em alguns anos posso n&atilde;o estar e vou ter pessoas preparadas para dar continuidade porque pintar Cabo Verde ou pintar o mundo em poucos anos n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil&quot;, afirmou.</p> <p>Um desafio enfrentado pelo projeto foi a pandemia da covid-19, desde mar&ccedil;o de 2020 em Cabo Verde, o que fez Joaquim Semedo cancelar viagens que tinha programado para outros pa&iacute;ses, mas que quer retomar assim que poss&iacute;vel.</p> <p>Mas dentro do arquip&eacute;lago n&atilde;o parou por causa disso. &quot;Temos de nos adaptar a cada situa&ccedil;&atilde;o, a pandemia &eacute; um problema, mas tive de adaptar, tive bastante ideias, n&atilde;o tenho nada a reclamar, as coisas melhoraram ainda mais com esta pandemia. Temos de ser criativos&quot;, aconselhou.</p> <p>Com pinturas ao ar livre, que divulga tamb&eacute;m nas redes sociais, outro desafio e preocupa&ccedil;&atilde;o vai ser a sua conserva&ccedil;&atilde;o, mas o mentor do projeto garantiu que usou o melhor material poss&iacute;vel, para as gravuras durarem uns cinco a 10 anos.</p>

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