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'A metamorfose dos Pássaros' de Catarina Vasconcelos premiado no Brasil

O filme "A metamorfose dos pássaros", da realizadora portuguesa Catarina Vasconcelos, recebeu hoje dois prémios no Festival Panorama Internacional - Coisa de Cinema, de Salvador da Bahia, no Brasil, de acordo com o palmarés do certame.

<p>No festival, cuja 16.&ordf; edi&ccedil;&atilde;o terminou hoje e decorreu apenas &#39;online&#39;, por causa da&nbsp;covid-19, &quot;A metamorfose dos p&aacute;ssaros&quot; recebeu o pr&eacute;mio especial do j&uacute;ri e o pr&eacute;mio do p&uacute;blico.</p> <p>&quot;A metamorfose dos p&aacute;ssaros&quot;, primeira longa-metragem de Catarina Vasconcelos, teve estreia mundial h&aacute; um ano, no Festival de Cinema de Berlim e, desde ent&atilde;o, tem tido um preenchido percurso internacional, por festivais, somando agora cerca de vinte pr&eacute;mios, na maioria de melhor filme, assim como pr&eacute;mios do j&uacute;ri, da cr&iacute;tica e do p&uacute;blico.</p> <p>Em Berlim, Catarina Vasconcelos saiu do festival com o pr&eacute;mio&nbsp;FIPRESCI, da cr&iacute;tica internacional.</p> <p>De acordo com a ag&ecirc;ncia Portugal Film, respons&aacute;vel pela distribui&ccedil;&atilde;o, &quot;A metamorfose dos p&aacute;ssaros&quot; &eacute; o filme portugu&ecirc;s, entre os estreados em 2020, com mais&nbsp;sele&ccedil;&otilde;es&nbsp;e pr&eacute;mios internacionais.</p> <p>A estreia do filme em Portugal dever&aacute; acontecer no segundo semestre deste ano, estando assegurada ainda a exibi&ccedil;&atilde;o comercial na China, em Espanha, It&aacute;lia,&nbsp;Litu&acirc;nia, Reino Unido, Pol&oacute;nia, Estados Unidos e Canad&aacute;.</p> <p>Catarina Vasconcelos demorou-se seis anos na cria&ccedil;&atilde;o de &quot;A metamorfose dos p&aacute;ssaros&quot;, cruzamento entre document&aacute;rio e fic&ccedil;&atilde;o, depois de ter feito a curta-metragem &quot;Met&aacute;fora ou a tristeza virada do avesso&quot; (2014), em contexto acad&eacute;mico, em Londres.</p> <p>Os dois filmes aproximam-se em&nbsp;aspetos&nbsp;formais e tem&aacute;ticos e interligam-se, porque Catarina Vasconcelos filmou a fam&iacute;lia, abordando a rela&ccedil;&atilde;o dos pais e a morte da m&atilde;e na curta-metragem, e a hist&oacute;ria de amor dos av&oacute;s e a morte da av&oacute; paterna - que nunca conheceu -, na longa-metragem.</p> <p>&quot;Eu queria que [o filme] fosse sobre esta fam&iacute;lia, mas que pudesse falar com outras pessoas. (....) O tempo que ele demora &eacute; quase o tempo que eu demoro a conseguir sair de mim para chegar aos outros. Consegui libertar-me da minha fam&iacute;lia e do medo de inventar sobre eles, para poder inventar &agrave; vontade. Isso foi muito importante&quot;, contou &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa, quando o filme se estreou em Berlim.</p> <p>Para compor toda a narrativa de &quot;A metamorfose dos p&aacute;ssaros&quot;, Catarina Vasconcelos partiu de conversas que teve com v&aacute;rios familiares - sobretudo o pai -, convidou-os a entrarem no filme, recorreu a fotografias de arquivo, grava&ccedil;&otilde;es e&nbsp;objetos&nbsp;do universo pessoal dos av&oacute;s, pais, tios.</p> <p>Sobre este filme, Catarina Vasconcelos fala de &quot;um processo altamente&nbsp;&iacute;ntimo&nbsp;e pessoal&quot;, na conjuga&ccedil;&atilde;o da montagem de som e imagem, devedora de uma rela&ccedil;&atilde;o que a realizadora tem com as artes pl&aacute;sticas, e descrita como &quot;uma coisa muito anal&oacute;gica, de&nbsp;bricolagem&quot;.</p> <p>H&aacute; planos que parecem pinturas ou fotografias animadas, composi&ccedil;&otilde;es visuais encenadas e metaf&oacute;ricas, cheias de simbolismos, sobre a passagem do tempo e sobre a omnipresen&ccedil;a da natureza.</p> <p>&quot;Todo este lado, que vem mais das artes pl&aacute;sticas, foi muito importante e o filme n&atilde;o podia ter sido constru&iacute;do noutro s&iacute;tio. Foram as solu&ccedil;&otilde;es que encontrei para dar resposta a coisas que eu sentia&quot;, explicou.</p>

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