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"A Lusofonia não é apenas uma conversa sobre a língua portuguesa"

O ministro da Cultura de Cabo Verde afirmou hoje que "a Lusofonia não é apenas uma conversa sobre a língua portuguesa" e "encontros de chefes de Estado", defendendo que devia ser "um espaço pragmático" de cooperação económica.

<p>&quot;A Lusofonia n&atilde;o &eacute; apenas uma conversa sobre a l&iacute;ngua portuguesa, deve ser uma conversa sobre a colabora&ccedil;&atilde;o entre as institui&ccedil;&otilde;es museol&oacute;gicas, de investiga&ccedil;&atilde;o e universit&aacute;rias, sobre a coopera&ccedil;&atilde;o mais aprofundada a n&iacute;vel econ&oacute;mico&quot;, afirmou o ministro Abra&atilde;o Vicente, em entrevista &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa.</p> <p>O ministro est&aacute; em Penafiel, no distrito do Porto, para participar no festival liter&aacute;rio Escritaria, que est&aacute;, por estes dias, a homenagear o escritor cabo-verdiano Germano Almeida, pr&eacute;mio Cam&otilde;es em 2018.</p> <p>Na quarta-feira, tamb&eacute;m em declara&ccedil;&otilde;es &agrave; Lusa no in&iacute;cio do festival, o autor disse n&atilde;o gostar da express&atilde;o Lusofonia, considerando que a l&iacute;ngua portuguesa n&atilde;o representa &quot;uma cultura lus&oacute;fona&quot;.</p> <p>&quot;Eu n&atilde;o gosto muito da express&atilde;o lusofonia. Somos escritores de diversos pa&iacute;ses que usam a l&iacute;ngua portuguesa como l&iacute;ngua de contacto, como l&iacute;ngua de express&atilde;o, mas n&atilde;o &eacute; uma cultura lus&oacute;fona&quot;, afirmou.</p> <p>Questionado sobre o assunto, o governante cabo-verdiano respons&aacute;vel pela pasta da cultura disse hoje que &quot;a Lusofonia existe&quot;, mas assinalou que &quot;a CPLP [Comunidade dos Pa&iacute;ses de L&iacute;ngua Portuguesa] e todas as institui&ccedil;&otilde;es ligadas a essa tal lusofonia t&ecirc;m que ser concretizadas em pol&iacute;ticas que os cidad&atilde;os consigam vivenciar&quot;, nomeadamente, no dom&iacute;nio cultural, na &quot;capacidade de circula&ccedil;&atilde;o dos criativos, dos autores e das suas obras&quot;.</p> <p>Abra&atilde;o Vicente recordou que durante a presid&ecirc;ncia da CPLP, que terminou no ano passado, o seu minist&eacute;rio prop&ocirc;s a cria&ccedil;&atilde;o de &quot;um mercado da cultura, artes e ind&uacute;strias criativas&quot;.</p> <p>&Agrave; Lusa, explicou que essa ideia tem como prop&oacute;sito &quot;criar uma plataforma comum, onde as obras pudessem circular, mas tamb&eacute;m os autores terem acesso ao espa&ccedil;o lus&oacute;fono&quot;.</p> <p>&quot;Enquanto um mo&ccedil;ambicano, um angolano ou um cabo-verdiano tiver dificuldades em ter um visto para entrar em Portugal ou no Brasil temos um problema com a Lusofonia&quot;, apontou.</p> <p>Para o ministro, &quot;a Lusofonia n&atilde;o pode ser apenas um espa&ccedil;o emocional, tem de ser um espa&ccedil;o pragm&aacute;tico, onde as pessoas conseguem vivenciar, conseguem circular, conseguem negociar os produtos que h&aacute; em cada um dos territ&oacute;rios&quot;</p> <p>Como acrescentou &agrave; Lusa, &quot;&eacute; preciso falar de forma mais pragm&aacute;tica&quot;.</p> <p>&quot;A Lusofonia n&atilde;o existir&aacute; enquanto for apenas encontros de chefes de Estado e de governantes. &Eacute; preciso que os cidad&atilde;os consigam sentir as vantagens de termos um territ&oacute;rio de milh&otilde;es de habitantes&quot;, refor&ccedil;ou, concluindo: &quot;Cabo Verde, como pequeno territ&oacute;rio de 500 mil habitantes, tem todo o interesse que essa lusofonia tamb&eacute;m se transforme num espa&ccedil;o econ&oacute;mico, num espa&ccedil;o de neg&oacute;cios e onde os cidad&atilde;os possam escolher livremente qualquer um dos territ&oacute;rios para viver e para fazer as suas atividades&quot;.</p> <p>Em Penafiel, o governante cabo-verdiano participa na confer&ecirc;ncia &quot;O papel da Lusofonia | &Agrave; conversa com Germano Almeida e Abra&atilde;o Vicente&quot;, al&eacute;m de outras iniciativas inclu&iacute;das na programa&ccedil;&atilde;o oficial do festival, at&eacute; domingo.</p> <p>O evento liter&aacute;rio inclui dezenas de atividades dedicadas ao livro, ao teatro, a exposi&ccedil;&otilde;es, &agrave; m&uacute;sica e &agrave; arte de rua.</p> <p>No s&aacute;bado, ser&aacute; lan&ccedil;ado o novo romance de Germano Almeida, &quot;A Confiss&atilde;o e a Culpa&quot;, o &uacute;ltimo volume da sua Trilogia do Mindelo.</p> <p>&nbsp;</p>

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