E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Estudo português aponta falhas no tratamento de arritmia mais comum

Um grupo de investigadores da Universidade do Porto alertou hoje que a arritmia cardíaca mais comum na população, chamada fibrilhação auricular, não está a ser tratada de forma adequada numa percentagem muito significativa de doentes.

<p>De acordo com o trabalho publicado no British Medical Journal Open (BMJ Open), &quot;cerca de 27% dos doentes com este tipo de altera&ccedil;&atilde;o do ritmo card&iacute;aco n&atilde;o est&atilde;o a fazer anticoagula&ccedil;&atilde;o, embora tenham indica&ccedil;&atilde;o para receber este tratamento. Destes, 79% est&atilde;o em elevado risco de sofrer um evento tromb&oacute;tico&quot;.</p> <p>Por outro lado, segundo os investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do CINTESIS -- Centro de Investiga&ccedil;&atilde;o em Tecnologias e Servi&ccedil;os de Sa&uacute;de, entre os doentes sem indica&ccedil;&atilde;o para receberem anticoagulantes (apenas 4,2% do total), verifica-se que 40% est&atilde;o a fazer terap&ecirc;utica desnecessariamente.</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1785784/ma-nutricao-durante-a-gravidez-pode-levar-a-doencas-cardiacas-nos-filhos" target="_blank">M&aacute; nutri&ccedil;&atilde;o durante a gravidez pode levar a doen&ccedil;as card&iacute;acas nos filhos</a></p> <p>&quot;Este estudo desperta a comunidade m&eacute;dica para uma realidade em que coexistem doentes com fibrilha&ccedil;&atilde;o auricular subtratados e doentes sobretratados. Os subtratados carecem de otimiza&ccedil;&atilde;o terap&ecirc;utica para preven&ccedil;&atilde;o do acidente vascular cerebral (AVC). Os sobretratados est&atilde;o a ser tratados desnecessariamente e sujeitos aos efeitos adversos desse tratamento&quot;, afirma, em comunicado, Carlos Martins, investigador da FMUP/CINTESIS e coordenador do estudo.</p> <p>Tamb&eacute;m Susana Pinto, primeira autora deste trabalho, sublinha que &quot;esta informa&ccedil;&atilde;o &eacute; da maior import&acirc;ncia porque os m&eacute;dicos devem ser proativos na preven&ccedil;&atilde;o do AVC em doentes com fibrilha&ccedil;&atilde;o auricular&quot;, afirma.</p> <p>Como sublinham os autores, os doentes com esta arritmia t&ecirc;m cinco vezes mais risco de terem um AVC e representam 15% do total de casos de AVC.</p> <p>&quot;O objetivo desta terap&ecirc;utica &eacute; prevenir epis&oacute;dios de trombose em doentes de risco, seguindo o &quot;score&quot; CHA2 DS2 -- VASc&quot;, sustentam.</p> <p>De acordo com os dados hoje disponibilizados, um total de 63.526 doentes com fibrilha&ccedil;&atilde;o auricular foram identificados no Norte de Portugal, dos quais 53% s&atilde;o mulheres, com idades compreendidas entre os 18 e os 107 anos (76,5 anos em m&eacute;dia).</p> <p>&quot;A esmagadora maioria (95,8%) tem indica&ccedil;&atilde;o para fazer anticoagula&ccedil;&atilde;o. Destes, cerca de 40% est&atilde;o a ser medicados com f&aacute;rmacos como a varfarina (a mais prescrita), que obrigam a uma an&aacute;lise laboratorial peri&oacute;dica, e cerca de 60% com os novos anticoagulantes orais, que dispensam esse controlo&quot;, referem os investigadores.</p> <p>Segundo este trabalho, 3% dos portugueses com idade igual ou superior a 40 anos sofrem de fibrilha&ccedil;&atilde;o auricular.</p> <p>Esta percentagem &eacute; pouco superior &agrave; registada em 2010, num estudo de preval&ecirc;ncia na popula&ccedil;&atilde;o portuguesa (2,5%).</p> <p>Entre as principais doen&ccedil;as associadas a esta arritmia, destaque para a hipertens&atilde;o arterial, que coexiste em 77% dos casos, seguindo-se altera&ccedil;&otilde;es no perfil lip&iacute;dico (52%), diabetes (28%) e insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca (27%).</p> <p>O estudo tem como autores Susana Silva Pinto (primeira autora), Andreia Teixeira, Teresa Henriques e Carlos Martins (FMUP/CINTESIS), bem como Hugo Monteiro, da Administra&ccedil;&atilde;o Regional de Sa&uacute;de do Norte.</p>

Tags:
Partilhar: