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Cientistas criam produtos para controlo do mosquito que transmite doenças

Uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um conjunto de produtos para controlar a proliferação das espécies de mosquito.

<p>Em nota de imprensa hoje enviada &agrave; ag&ecirc;ncia Lusa, a UC especificou que o projeto contou com a participa&ccedil;&atilde;o da Universidade Federal da Bahia e da Funda&ccedil;&atilde;o Oswaldo Cruz, no Brasil, e que os produtos s&atilde;o &quot;inovadores de origem natural, seguros e de baixo impacto ecol&oacute;gico&quot;.</p> <p>&quot;Os produtos desenvolvidos -- distribu&iacute;dos por duas gamas, uma para eliminar as larvas em &aacute;gua e outra para ser utilizada em armadilhas de captura de insetos -- t&ecirc;m na sua base &oacute;leos naturais, extra&iacute;dos de plantas nativas do Brasil e da &Aacute;sia, combinados com pol&iacute;meros biodegrad&aacute;veis, e recorrem a t&eacute;cnicas e solventes &#39;verdes&#39; e de baixo impacto ambiental. T&ecirc;m ainda a particularidade de permitirem a liberta&ccedil;&atilde;o controlada dos princ&iacute;pios ativos de forma eficiente&quot;, referiu a Universidade.</p> <p>Citado na nota, o coordenador do projeto, Herm&iacute;nio Sousa, investigador do Centro de Investiga&ccedil;&atilde;o em Engenharia dos Processos Qu&iacute;micos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) da UC, explicou que as f&oacute;rmulas desenvolvidas se distinguem por serem &quot;biodegrad&aacute;veis, sem propriedades t&oacute;xicas ou perigosas para humanos, animais e meio ambiente&quot;, tendo sido pensadas para &quot;serem usadas, de uma forma generalizada, no controlo de mosquitos do g&eacute;nero Aedes (Aedes aegypti, Aedes albopictus e Aedes japonicus), insetos vetores de doen&ccedil;as como a Dengue, Zika, febre Chikungunya, febre amarela e febre do Nilo Ocidental&quot;.</p> <p>Segundo a informa&ccedil;&atilde;o, os testes j&aacute; realizados em laborat&oacute;rio revelaram que estes produtos s&atilde;o uma alternativa eficaz aos larvicidas e inseticidas sint&eacute;ticos.</p> <p>&quot;De facto, as formula&ccedil;&otilde;es j&aacute; desenvolvidas demonstraram ser eficientes em termos das suas atividades larvicidas para o A. aegypti, seguras e de baixo impacto ecol&oacute;gico. Foram ainda desenvolvidas estrat&eacute;gias que permitiram obter produtos e formula&ccedil;&otilde;es que podem manter a sua efici&ecirc;ncia por per&iacute;odos bastante longos de tempo&quot;, descreveu o docente.</p> <p>A nota ressalvou ainda que, apesar de os testes terem apresentado resultados francamente promissores, ainda s&atilde;o necess&aacute;rios mais estudos para estes produtos chegarem ao mercado.</p> <p>&quot;No caso das larvas, &eacute; necess&aacute;rio, por exemplo, otimizar a dose, isto &eacute;, verificar se &eacute; poss&iacute;vel obter a mesma efic&aacute;cia com uma dose menor. Atualmente, estamos a desenvolver mais estudos para verificar a efici&ecirc;ncia e a seguran&ccedil;a das formula&ccedil;&otilde;es em termos das atividades atrativas para os mosquitos da esp&eacute;cie A. aegypti, para a sua captura em armadilhas&quot;, detalhou Herm&iacute;nio Sousa.</p> <p>Lembrando que, no contexto das altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas, estes mosquitos podem disseminar-se e estabelecer-se em todo o mundo, de forma muito r&aacute;pida, e que a Dengue, Zika, Chikungunya, febre amarela e febre do Nilo Ocidental j&aacute; constituem um problema muito grave de sa&uacute;de p&uacute;blica em v&aacute;rios pa&iacute;ses do mundo, Herm&iacute;nio Sousa sublinhou que &eacute; urgente &quot;desenvolver m&uacute;ltiplos meios para o controlo eficiente e seguro destes insetos nos meios rurais e urbanos, tanto nas regi&otilde;es tropicais como nas regi&otilde;es subtropicais e de clima temperado, e particularmente nos pa&iacute;ses ibero-americanos e mediterr&acirc;nicos, como Portugal&quot;.</p> <p>O passo seguinte da investiga&ccedil;&atilde;o, adiantou o coordenador do projeto, ser&aacute; explorar novas abordagens e desenvolver novos estudos, de modo a &quot;expandir o conhecimento j&aacute; adquirido, quer no combate aos outros dois insetos vetores (A. albopictus e A. japonicus) associados a estas doen&ccedil;as, quer no uso de outros compostos naturais com atividade biol&oacute;gica para o seu controlo e de novas formula&ccedil;&otilde;es e produtos que possam ser comercializados e utilizados pela popula&ccedil;&atilde;o em geral&quot;.</p> <p>Este projeto, designado &quot;Formula&ccedil;&otilde;es inovadoras de base natural para o controle do Aedes aegypti nas regi&otilde;es ibero-americanas&quot;, envolve ainda a participa&ccedil;&atilde;o de outros investigadores do CIEPQPF-UC (Mara Braga, Marisa Gaspar, Ana Dias e Carla Maleita) e foi realizado ao longo dos &uacute;ltimos quatro anos no &acirc;mbito de uma coopera&ccedil;&atilde;o bilateral entre Portugal e o Brasil, tendo sido financiado pela Funda&ccedil;&atilde;o para a Ci&ecirc;ncia e a Tecnologia (FCT) e pela CAPES (Coordena&ccedil;&atilde;o de Aperfei&ccedil;oamento de Pessoal de N&iacute;vel Superior, Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o do Brasil).</p>

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