E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Venda de livros em língua inglesa cresce em Portugal e preocupa editores

A venda de livros em inglês está a aumentar em Portugal, representando neste primeiro trimestre um crescimento de 33% face ao período homólogo, um fenómeno impulsionado em grande parte pelo TikTok

<p> <audio class="audio-for-speech" src="">&nbsp;</audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls">Translator</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> </div> <div class="translated-text"> <div class="words">&nbsp;</div> <div class="sentences">&nbsp;</div> </div> </div> <p>De acordo com um artigo publicado na ter&ccedil;a-feira pela Publishers Weekly, no &acirc;mbito da Feira do Livro Infantil de Bolonha, as vendas de livros em l&iacute;ngua inglesa est&atilde;o a aumentar em toda a Europa, sendo a rede social TikTok um dos principais fatores dinamizadores desta tend&ecirc;ncia, que se traduziu em 3% do volume de mercado, em 2023, em Portugal.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Este valor &eacute; corroborado pelo presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, que, baseando-se nos dados da consultora Gfk, especificou &agrave; Lusa que o livro importado (constitu&iacute;do quase exclusivamente por livros em ingl&ecirc;s) representou 3% do valor de mercado, o que significa um crescimento de cerca de 25% face a 2022.</p> <p>S&oacute; no primeiro trimestre deste ano a venda de livros em ingl&ecirc;s j&aacute; representa um crescimento de cerca de 33% face ao mesmo per&iacute;odo do ano passado, salientou Pedro Sobral.</p> <p>Todavia, o painel Gfk n&atilde;o mede as vendas de livros em canais &#39;online&#39; e em lojas como a Amazon, que t&ecirc;m um peso bastante significativo, al&eacute;m de que apenas cobre cerca de 87% do mercado de livrarias, pelo que muitas vendas ficam de fora desta contabiliza&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Tendo este fator em considera&ccedil;&atilde;o, os c&aacute;lculos extrapolados pela APEL apontam para que o livro em ingl&ecirc;s valha neste momento qualquer coisa entre 5% e 8% do valor total do mercado portugu&ecirc;s.</p> <p>Em linha com a Europa, esta tend&ecirc;ncia verifica-se sobretudo na categoria de fic&ccedil;&atilde;o, embora tamb&eacute;m se encontre na n&atilde;o-fic&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Segundo Pedro Sobral, o efeito TikTok &eacute; um dos principais impulsionadores do fen&oacute;meno -- &quot;porque traz e d&aacute; uma visibilidade muito grande aos t&iacute;tulos internacionais e muitas vezes at&eacute; antes do seu lan&ccedil;amento&quot; --, mas n&atilde;o &eacute; o &uacute;nico.</p> <p>O acesso direto &#39;online&#39;, potenciando a compra imediata ap&oacute;s a descoberta do livro, tem aqui tamb&eacute;m &quot;um papel muito importante&quot;, raz&atilde;o por que &quot;a dimens&atilde;o do livro em ingl&ecirc;s vendido fora do painel Gfk &eacute; bastante significativa&quot;, observou o respons&aacute;vel.</p> <p>Outro fator a considerar &eacute; o pre&ccedil;o, j&aacute; que, por norma, os livros editados no Reino Unido ou Estados Unidos &quot;t&ecirc;m tiragens infinitamente superiores, porque cobrem mercados internos gigantescos, mas tamb&eacute;m contam com este efeito de exporta&ccedil;&atilde;o para outros pa&iacute;ses&quot;.</p> <p>Isto &quot;cria uma enorme economia de escala, permitindo pre&ccedil;os mais baixos e que, pela vastid&atilde;o do mercado global que cobrem, s&atilde;o logo lan&ccedil;ados em v&aacute;rios formatos, com pre&ccedil;os diferentes, sempre significantemente mais baixos do que as edi&ccedil;&otilde;es portuguesas&quot;.</p> <p>Al&eacute;m disso, o tempo que vai da edi&ccedil;&atilde;o original &agrave; edi&ccedil;&atilde;o portuguesa -- que considera os tempos de tradu&ccedil;&atilde;o, revis&atilde;o e distribui&ccedil;&atilde;o -- &eacute; o suficiente para justificar que alguns leitores prefiram comprar o original, em vez de esperarem pela edi&ccedil;&atilde;o em portugu&ecirc;s.</p> <p>Perante este cen&aacute;rio, &quot;os editores portugueses est&atilde;o bastante preocupados&quot;, verificando-se j&aacute; muitos t&iacute;tulos em que a edi&ccedil;&atilde;o portuguesa tem menores vendas do que a mesma edi&ccedil;&atilde;o em ingl&ecirc;s, o que p&otilde;e em risco &quot;a viabilidade de muitos projetos editoriais&quot;, alertou o presidente da APEL.</p> <p>A situa&ccedil;&atilde;o assume um car&aacute;ter ainda mais preocupante, se se atender ao facto de que, &quot;na sua esmagadora maioria&quot;, os leitores portugueses preferem a edi&ccedil;&atilde;o portuguesa &agrave; original, se estiver dispon&iacute;vel com o mesmo imediatismo e com pre&ccedil;os parecidos, acrescentou.</p> <p>No entanto, relativamente ao pre&ccedil;o, Pedro Sobral explicou que &quot;os editores portugueses n&atilde;o t&ecirc;m muito como combater&quot;, porque se trata de uma economia de escala com a qual &eacute; completamente imposs&iacute;vel concorrer ou igualar a do mercado em l&iacute;ngua inglesa.</p> <p>&quot;Naturalmente que os editores t&ecirc;m trabalhado afincadamente no encurtamento entre a vers&atilde;o original e a portuguesa para fechar este &#39;gap&#39; e assim perder o menor n&uacute;mero de leitores poss&iacute;veis, mas &eacute; preciso muito mais, dado este quadro bastante preocupante&quot;, afirmou.</p> <p>Acresce a isto que &quot;&#39;players&#39; globais como a Amazon n&atilde;o cumprem a Lei do Pre&ccedil;o Fixo, concorrendo deslealmente com os livreiros e livreiros &#39;online&#39; portugueses, e, dada a reduzida dimens&atilde;o do mercado, &eacute; preciso tomar medidas at&eacute; na Lei do Pre&ccedil;o Fixo como aconteceu j&aacute; em pa&iacute;ses como a Fran&ccedil;a&quot;, acrescentou.</p> <p>Reconhecendo que &eacute; &quot;muito positivo&quot; haver em Portugal novas gera&ccedil;&otilde;es com um t&atilde;o absoluto dom&iacute;nio da l&iacute;ngua inglesa, Pedro Sobral alertou, no entanto, para a possibilidade de a l&iacute;ngua portuguesa estar perante &quot;um desafio muito importante no seu futuro&quot; e defendeu que a defesa da l&iacute;ngua portuguesa deve ser prioridade, apoiando os escritores, editores e livreiros portugueses.</p> <p>&quot;Se naturalmente h&aacute; que continuar a apostar no ingl&ecirc;s quer na escola, quer no ensino superior, quer na exist&ecirc;ncia de livros em ingl&ecirc;s, tamb&eacute;m &eacute; verdade que &eacute; preciso criar pol&iacute;ticas p&uacute;blicas de defesa e promo&ccedil;&atilde;o da l&iacute;ngua portuguesa, apoio aos escritores, editores e livreiros portugueses e, acima de tudo, ao livro em portugu&ecirc;s&quot;, considerou.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2543337/cem-anos-de-solidao-classico-da-literatura-recebe-teaser-da-netflix" target="_blank">&#39;Cem Anos de Solid&atilde;o&#39;. Cl&aacute;ssico da literatura recebe &#39;teaser&#39; da Netflix</a></p>

Tags:
Partilhar: