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União Africana pede ajuda internacional contra a cólera

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da União Africana (UA) apelaram hoje ao "apoio" da comunidade internacional para combater os surtos de cólera em Moçambique e no Malaui, recentemente agravados pelos impactos do ciclone tropical Freddy.

<p>&quot;As infraestruturas sanit&aacute;rias e sociais de Mo&ccedil;ambique e do Malaui foram danificadas. Apelamos a todos aqueles que t&ecirc;m a capacidade de ajudar a cooperar com estes pa&iacute;ses para restabelecer a normalidade&quot;, disse o diretor em exerc&iacute;cio do CDC para &Aacute;frica, Ahmed Ogwell, numa confer&ecirc;ncia de imprensa online.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;As respostas (nestas duas na&ccedil;&otilde;es africanas) exigem uma abordagem humanit&aacute;ria&quot;, acrescentou Ogwell, que salientou a necessidade de assegurar o fornecimento de &aacute;gua pot&aacute;vel, a elimina&ccedil;&atilde;o adequada de res&iacute;duos humanos e comunica&ccedil;&otilde;es inter-regionais, entre outras medidas urgentes.</p> <p>Embora o m&eacute;dico queniano tenha observado uma diminui&ccedil;&atilde;o de 60% nos novos casos de c&oacute;lera detetados em todo o continente esta semana, em compara&ccedil;&atilde;o com a &uacute;ltima, lamentou que a taxa de mortalidade por esta doen&ccedil;a continue a ser demasiado elevada.</p> <p>&quot;Estamos a trabalhar para manter a taxa de mortalidade abaixo de 1%, o que &eacute; recomendado pelos padr&otilde;es internacionais, mas estamos atualmente a registar uma taxa de 2%&quot;, disse.</p> <p>As autoridades mo&ccedil;ambicanas comunicaram pelo menos 101 mortes por c&oacute;lera e cerca de 23.000 infe&ccedil;&otilde;es desde setembro passado, enquanto 1.727 pessoas morreram da doen&ccedil;a desde mar&ccedil;o de 2022 no Malaui, onde 59.968 casos foram detetados at&eacute; &agrave; data.</p> <p>Ogwell advertiu que a doen&ccedil;a, que est&aacute; presente em dez pa&iacute;ses africanos, poderia continuar a alastrar a novas na&ccedil;&otilde;es.</p> <p>O ciclone Freddy, um dos mais longos da hist&oacute;ria, atingiu Mo&ccedil;ambique duas vezes, entre fevereiro e mar&ccedil;o, provocando inunda&ccedil;&otilde;es, destruindo casas e fazendo mais de 676 mortos no Malaui, segundo o Departamento de Gest&atilde;o de Desastres. Em Mo&ccedil;ambique, mais de 161 pessoas morreram.</p> <p>A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de (OMS) observou que os surtos de c&oacute;lera se multiplicaram devido &agrave; crescente ocorr&ecirc;ncia de fen&oacute;menos meteorol&oacute;gicos extremos, tais como inunda&ccedil;&otilde;es e secas, bem como guerras e desloca&ccedil;&otilde;es for&ccedil;adas de popula&ccedil;&otilde;es, o que limita o acesso &agrave; &aacute;gua pot&aacute;vel.</p> <p>Trata-se de uma doen&ccedil;a diarreica aguda causada pela ingest&atilde;o de alimentos ou &aacute;gua contaminada com o bacilo vibrio cholerae.</p> <p>A OMS continua a descrev&ecirc;-la como &quot;uma amea&ccedil;a global &agrave; sa&uacute;de p&uacute;blica e um indicador de iniquidade e falta de desenvolvimento&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Fonte:&nbsp;https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2292292/uniao-africana-pede-ajuda-internacional-contra-a-colera</p>

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