O mais recente livro de Suleiman Cassamo será apresentado ao público nas próximas semanas. Segundo o escritor, A carta da Mbonga é sobretudo uma homenagem à sua terra natal: Marracuene.
<p>Há cinco anos, a União dos Escritores Angolanos lançou a primeira edição de <em>A carta da Mbonga</em>, na sequência do livro ter sido distinguido vencedor do Prémio Sonangol de Literatura. A edição limitada, 200 exemplares, não permitiu o livro chegar às livrarias moçambicanas. Logo, em geral, os leitores nacionais não tiveram acesso à obra que, em Moçambique, conquistou o Prémio BCI de Literatura.</p> <p>Assim, a edição da obra literária pela Alcance Editores, para Suleiman Cassamo, é oportuna e benéfica, porque lhe tira um grande peso quanto à sua responsabilidade com o público moçambicano.</p> <p>Relativamente à edição angolana, o título de Suleiman Cassamo apresenta, agora, um subtítulo: <em>A carta da Mbonga – fragmentos de uma vida encalhada na estação</em>. Segundo o escritor, o subtítulo diz muito no que toca ao protagonista, que, de facto, encalha na estacão dos caminhos de ferro de Marracuene.</p> <p>Em termos de conteúdo, o livro passou por uma revisão e aumentou de páginas, porque, durante o processo de revisão, as histórias ganharam mais fôlego, com planos ampliados e introdução de novos elementos. Suleiman Cassamo quis, assim, melhorar a ligação entre as partes da narrativa.</p> <p><em> </em>Segundo disse Suleiman Cassamo, esta segunda-feira, <em>A carta da Mbonga </em>faz parte de um projecto de recuperação da memória. “Nesse sentido, poderá não ser livro único. Não vou falar de trilogia, mas não será único”. <em>A carta da Mbonga </em>é o primeiro de mais livros de Suleiman Cassamo que terão Marracuene como epicentro. “Esta é uma espécie de homenagem à minha terra natal, na verdade”.</p> <p>O mais recente livro de Suleiman Cassamo é uma história de amor a envolver Salatiel e Mbonga. Ao longo do enredo, passam-se vários eventos que concorrem para que esse amor seja uma espécie de fardo para o protagonista. Salatiel sofrerá por isso e, quem sabe, o leitor irá se solidarizar com a personagem.</p>