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Nuno Amado defende alteração ao mecanismo de capitalização contingente

O 'chairman' do Millennium bcp, Nuno Amado, reiterou hoje que o mecanismo de capitalização contingente do Novo Banco precisa de uma nova forma de financiamento, argumento que tem sido defendido pela instituição.

<p>Num almo&ccedil;o-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, no qual foi orador, com o tema &quot;Os desafios do crescimento, o papel da banca, e os preconceitos&quot;, Nuno Amado assinalou &quot;o impacto de custo de financiamento do Novo Banco&quot;, que salientou ser &quot;significativo&quot; no caso do Millennium bcp.</p> <p>&quot;Se calhar era a melhor solu&ccedil;&atilde;o, mas agora est&aacute; a custar-nos. Temos de encontrar uma nova forma de financiamento do processo&quot;, disse.</p> <p>Na semana passada, o presidente da Comiss&atilde;o Executiva do Millennium bcp, Miguel Maya, lamentou que na discuss&atilde;o em torno da auditoria do Tribunal de Contas ao Novo Banco se continue a esquecer o &quot;inaceit&aacute;vel&quot; mecanismo de capitaliza&ccedil;&atilde;o contingente criado para financiar o banco.</p> <p>Para o presidente da Comiss&atilde;o Executiva do Millennium bcp, &quot;as contribui&ccedil;&otilde;es [para o mecanismo de capitaliza&ccedil;&atilde;o contingente] deviam ser feitas por todos os operadores que comercializam produtos financeiros&quot; em Portugal e n&atilde;o apenas pelos bancos com sede no pa&iacute;s.</p> <p>&quot;Por que &eacute; que o BCP tem este contributo e um banco que est&aacute; em Portugal, mas trabalha como sucursal, tem uma contribui&ccedil;&atilde;o menor? Por que &eacute; que um banco que n&atilde;o est&aacute; em Portugal, mas comercializa produtos com clientes portugueses ao abrigo de uma licen&ccedil;a banc&aacute;ria europeia n&atilde;o tem esta contribui&ccedil;&atilde;o? Est&atilde;o a criar um fardo que &eacute; insustent&aacute;vel para os bancos que est&atilde;o sediados e criam emprego e inova&ccedil;&atilde;o em Portugal&quot;, afirmou.</p> <p>Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) &agrave; gest&atilde;o do Novo Banco, divulgada na ter&ccedil;a-feira, conclui que o Estado e o Banco de Portugal n&atilde;o asseguraram um &quot;controlo p&uacute;blico eficaz&quot; no Novo Banco, falhando em salvaguardar a &quot;minimiza&ccedil;&atilde;o do recurso ao apoio financeiro p&uacute;blico&quot; ao banco.</p> <p>O tribunal conclui ainda que a gest&atilde;o do Novo Banco com financiamento do Estado &quot;n&atilde;o salvaguardou o interesse p&uacute;blico&quot;, tendo identificado &quot;riscos de conflito de interesses&quot; em opera&ccedil;&otilde;es efetuadas e &quot;pr&aacute;ticas evit&aacute;veis&quot; que oneraram o financiamento p&uacute;blico.</p>

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