Projeto lançado pelo governo, esta quinta-feira, prevê a implementação do BRT - sistema de autocarros de rápido trânsito - até julho de 2026. Projeto inclui faixas exclusivas para autocarros e aquisição de 120 viaturas.
<p>O ministro dos Transportes moçambicano, Mateus Magala, lançou, esta quinta-feira (13.04), o projeto de transportes "Move Maputo", que visa "melhorar a mobilidade urbana" e "resolver problemas de transporte" na área metropolitana de Maputo.</p> <p>O projeto prevê a implementação do sistema de transporte público BRT ('Bus Rapid Transit', da sigla em inglês), que são autocarros de rápido trânsito, avançou o governante durante o lançamento da iniciativa na capital do país.</p> <p>"O sistema BRT, implementado com sucesso em mais de 300 cidades no mundo, prevê faixas exclusivas para autocarros de transporte público, sendo uma alternativa acessível e rápida para resolver muitos dos nossos problemas de transporte", referiu o ministro dos Transportes e Comunicações.</p> <p>Segundo Mateus Magala, a fraca "malha viária e baixa conectividade, a deficiente coordenação institucional, a informalização dos operadores e o financiamento insustentável" estão entre as principais causas dos problemas dos transportes em Moçambique.</p> <p>"O projeto 'Move Maputo' visa responder a esses desafios", referiu Mateus Magala, acrescentando que o sistema BRT vai descongestionar o tráfego rodoviário, reduzir o tempo de viagem e o nível de poluição ambiental, além de aumentar a segurança rodoviária.</p> <p>O sistema BRT será inicialmente implementado em dois corredores, Baixa-Magoanine e Zimpeto-Matola Gare, beneficiando mais de 124 mil passageiros, referiu o ministro.</p> <p>Magala avançou que os bairros abrangidos pelo sistema terão "estradas de acesso mais seguras e resilientes, iluminação pública melhorada, ciclovias, estradas asfaltadas e sistemas de drenagem das águas". </p> <h2>Financiamento do Banco Mundial</h2> <p>O projeto, financiado pelo Banco Mundial em 250 milhões de dólares (226 milhões de euros), prevê faixas exclusivas para autocarros públicos e também a possibilidade de aquisição de 120 autocarros, acrescentou Magala.</p> <p>O Governo moçambicano espera que até julho de 2026 o sistema esteja "totalmente operacional e capaz de oferecer serviços de qualidade".</p> <p><img alt="Mosambik Personenverkehr mit Kleinbussen in Maputo" src="https://static.dw.com/image/41834124_900.jpg" /><img alt="Mosambik Personenverkehr mit Kleinbussen in Maputo" src="https://static.dw.com/image/41834124_906.jpg" /></p> <p>Setor de transportes em Moçambique constitui um dos mais deficitários ao nível dos serviços públicos no país<small>Foto: picture-alliance/Photoshot/M. Vombe</small></p> <p>A área metropolitana de Maputo, com cerca de três milhões de habitantes, cobre o distrito de Marracuene e os municípios de Maputo, Matola e Boane, concentrando "mais de 70% do parque automóvel de todo o país", segundo dados avançados pelo ministro dos Transportes moçambicano.</p> <p>O setor de transportes em Moçambique constitui um dos mais deficitários ao nível dos serviços públicos no país, principalmente o transporte rodoviário, onde a crise de meios desencadeou o recurso a veículos de caixa aberta, conhecidos por "my love".</p> <p>A situação tende a agravar-se devido à <a href="https://www.dw.com/pt-002/aumento-no-pre%C3%A7o-dos-combust%C3%ADveis-asfixia-mo%C3%A7ambicanos/a-62338214">escalada dos preços dos combustíveis</a>, com <a href="https://www.dw.com/pt-002/governo-de-mo%C3%A7ambique-vai-subsidiar-chapas-ap%C3%B3s-paralisa%C3%A7%C3%A3o-em-maputo/a-62353246">paralisações constantes do transporte</a> de passageiros em várias cidades moçambicanas, em sinal de protesto pela falta de aumento das tarifas de viagem, que são reguladas, devido ao silêncio das autoridades em relação à exigência dos operadores para o aumento do preço.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.dw.com/pt-002/maputo-novo-sistema-de-transporte-p%C3%BAblico-s%C3%B3-chega-em-2026/a-65307515</p>