As violações físicas, a fuga à paternidade e a disputa de guarda estão entre as principais ocorrências registadas, na semana passada, pelo Instituto Nacional da Criança (INAC), disse, segunda-feira, a porta-voz da instituição.
<p>Rosalina Domingos salientou que os 171 casos de agressões físicas, fuga à paternidade e disputa de guarda fazem parte de um total de 260 ocorrências de violência contra crianças, ocorridas entre os dias 25 e 31 do mês passado.</p> <p>A porta-voz do INAC realçou que Luanda foi a que mais registou casos através do Serviço de Denúncias SOS-Criança, com 56 ocorrências de violência contra menores, 48 de exploração de trabalho infantil, 14 de abuso sexual, 22 de negligência e abandono de crianças.</p> <p>Quanto às 171 denúncias de violência física, fuga à paternidade e disputa de guarda, Rosalina Domingos explicou que pelo menos 56 casos foram registados em Luanda. Destas incidências, avançou, consta ainda a violação sexual de uma criança de oito anos, no município do Cazenga. "O abusador encontra-se detido e a vítima a ser acompanhada psicologicamente”.</p> <p>Ainda no Cazenga, referiu, receberam a denúncia da agressão física e maus tratos de uma criança, de 2 anos, pela tia, que a amarrava por várias horas, sem comida e água. "O caso foi encaminhado para a Direcção Municipal da Acção Social”, referiu. No município de Viana, informou, registou-se a denúncia de outra agressão física e maus tratos de uma menor, de oito anos, pela tia, que a batia e também a queimou nos braços, barriga e nas costas.</p> <p> </p> <p><strong>Noutras províncias</strong></p> <p>Nas demais províncias, Rosalina Domingos avançou que, em Benguela, o INAC recepcionou 37 denúncias de violência contra crianças, com destaque para um caso de agressão física ocorrido no município de Benguela, em que foi vítima uma criança de 14 anos.</p> <p>Em Malanje, disse, registaram-se nove denúncias de actos de violência contra a criança, com realce para um caso de abuso sexual, nos municípios de Kambundo Katembo, em que a vítima foi uma criança de cinco anos.</p> <p>No Zaire, a instituição atendeu 17 denúncias. Entre os casos de referência, Rosalina Domingos destacou o abandono de uma criança de oito meses de vida, defronte à unidade militar em que o pai trabalhava. Rosalina Domingos aconselhou os pais e encarregados de educação a redobrarem o diálogo com os filhos, em especial quanto à prevenção da violência, sobretudo a sexual. "É uma prática que deixa marcas para toda a vida. Se tiverem conhecimento de um caso as pessoas devem denunciar, através da linha 15015. A chamada é anónima, gratuita e confidencial”, apelou. </p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/instituto-da-crianca-critica-aumento-de-casos-de-fuga-a-paternidade/</p>