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Geofísico luso candidata-se a astronauta. Ciência no Espaço é "o supremo"

A idade não demoveu o geofísico português Rui Moura de decidir concorrer a astronauta da Agência Espacial Europeia (ESA): sempre gostou de voar e fazer ciência num "ambiente tão exigente e adverso" como o espaço é "o supremo".

<p>A ESA abriu em 31 de mar&ccedil;o um novo processo de recrutamento de astronautas cujo prazo para a submiss&atilde;o de candidaturas termina na sexta-feira.</p> <p>Licenciado em engenharia geol&oacute;gica e doutorado em geof&iacute;sica, Rui Moura ultrapassou a idade recomendada para se candidatar, mas vai tentar na mesma, na esperan&ccedil;a de que a ESA reconsidere. Um astronauta mais velho pode ser &quot;um t&oacute;pico de interesse&quot; para experi&ecirc;ncias no espa&ccedil;o, defende.</p> <p>N&atilde;o sendo a idade um dos requisitos-base de candidatura, a ESA fixou, por&eacute;m, o limite nos 50 anos para que cada astronauta recrutado possa cumprir pelos menos duas miss&otilde;es antes da reforma.</p> <p>Rui Moura tem 53 anos, o gosto e a forma&ccedil;&atilde;o em pilotar avi&otilde;es ligeiros, o gosto de fazer &quot;investiga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica fora do laborat&oacute;rio&quot;. A vontade para participar em experi&ecirc;ncias cient&iacute;ficas &eacute; um dos requisitos m&iacute;nimos exigidos aos candidatos pela ESA.</p> <p>&quot;Fazer ci&ecirc;ncia, investiga&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica num ambiente t&atilde;o exigente e adverso como o espa&ccedil;o &eacute; o supremo&quot;, afirmou &agrave; Lusa Rui Moura, que frequentou em 2016 um programa apoiado pela ag&ecirc;ncia espacial norte-americana (NASA) que leva cientistas ao limite entre a atmosfera terrestre e o espa&ccedil;o exterior para estudar a mesosfera (terceira camada da atmosfera). Depois disso, o investigador fez treino de experi&ecirc;ncias cient&iacute;ficas em microgravidade e forma&ccedil;&atilde;o em geologia planet&aacute;ria.</p> <p>O &quot;desafio&quot; e o &quot;fasc&iacute;nio pela descoberta&quot; num &quot;ambiente que &eacute; dif&iacute;cil de atingir&quot; alia-se &agrave; &quot;ambi&ccedil;&atilde;o de ver&quot; o planeta Terra &quot;de fora&quot;, o que move tamb&eacute;m o geof&iacute;sico a candidatar-se.</p> <p>Entre as &quot;atividades cient&iacute;ficas&quot; que gostaria de realizar no espa&ccedil;o destaca o estudar como as ondas s&iacute;smicas se propagam em corpos celestes com menor gravidade do que a Terra, como &eacute; o caso da Lua.</p> <p>Se a idade &eacute; &agrave; partida um impedimento &agrave; sua sele&ccedil;&atilde;o - &quot;tenho de ser realista&quot;, diz - j&aacute; o c&eacute;u n&atilde;o &eacute;.</p> <p>Rui Moura, que leciona na Faculdade de Ci&ecirc;ncias da Universidade do Porto, &eacute; o &quot;mentor cient&iacute;fico&quot; de uma experi&ecirc;ncia promovida pelo programa luso-americano MIT Portugal que visa verificar como &quot;as part&iacute;culas minerais se agregam&quot; em microgravidade, e que est&atilde;o na g&eacute;nese por exemplo da forma&ccedil;&atilde;o de planetas.</p> <p>O voo n&atilde;o tripulado contendo a caixa que permitir&aacute; fazer a experi&ecirc;ncia tem lan&ccedil;amento previsto para setembro, numa c&aacute;psula da empresa aeroespacial norte-americana Blue Origin, cujo fundador, Jeff Bezos, pretende fazer a sua primeira viagem tur&iacute;stica ao espa&ccedil;o em 20 de julho.</p> <p>Tanto num caso como noutro, trata-se de um voo suborbital, em que a nave atinge o espa&ccedil;o, mas a sua trajet&oacute;ria cruza a atmosfera da Terra sem perfazer a &oacute;rbita completa do planeta.</p> <p>E &eacute; nos voos suborbitais que Rui Moura v&ecirc; uma &quot;janela de oportunidade&quot; para Portugal ter a curto prazo astronautas no espa&ccedil;o sem ser atrav&eacute;s da ESA, cujas campanhas de recrutamento t&ecirc;m sido espor&aacute;dicas. Experi&ecirc;ncias cient&iacute;ficas podem igualmente ser feitas num voo de poucos minutos e com menos custos, assinalou.</p> <p>Ciente dos riscos que uma viagem espacial pode ter, o geof&iacute;sico e professor &quot;ficaria muito orgulhoso e feliz&quot; se conseguisse transmitir &agrave;s gera&ccedil;&otilde;es mais novas que, sendo &quot;o acesso ao espa&ccedil;o t&atilde;o raro&quot;, valeu a pena pelos resultados cient&iacute;ficos obtidos.</p>

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