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FICÇÃO LITERÁRIA

Novembro de 1944 e uma ogiva alemã se enterra em uma filial da Woolworths no sul de Londres. Cinco crianças são mortas instantaneamente. O que teria acontecido se eles tivessem vivido?

<p>Contrariamente &agrave;s expectativas iniciais, Light Perpetual n&atilde;o envolve conceitos de alto conceito do tipo que Kate Atkinson empregou em Life After Life. Na verdade, a cena de abertura virtuos&iacute;stica &eacute; quase a mais dram&aacute;tica.</p> <p>Mas o puro prazer das senten&ccedil;as de Spufford por si s&oacute; s&atilde;o mais do que suficientes para manter as p&aacute;ginas virando enquanto seguimos os cinco ressuscitados nas pr&oacute;ximas d&eacute;cadas de hist&oacute;ria social importante - sem mencionar os choques com o estrelato pop, pris&atilde;o, doen&ccedil;a mental e in&uacute;meras revers&otilde;es e reinven&ccedil;&otilde;es.</p> <p>E em meio &agrave; implac&aacute;vel &quot;uma coisa atr&aacute;s da outra&quot;, Spufford tamb&eacute;m &eacute; corajoso o suficiente para permitir felicidade e gra&ccedil;a. &Eacute; verdade que alguns personagens s&atilde;o mais esquem&aacute;ticos do que outros, mas o sexto membro do elenco, a colcha de retalhos que &eacute; a pr&oacute;pria capital, mais do que compensa: comovente e absorvendo sem esfor&ccedil;o, este &eacute; um romance excelente de Londres tamb&eacute;m.</p> <p><strong>por Charlotte McConaghy (Vintage &pound; 12,99, 272 pp)</strong></p> <p><img alt="" src="https://i.dailymail.co.uk/1s/2021/01/28/19/38604302-9198881-image-a-5_1611863487852.jpg" style="height:492px; width:306px" /></p> <p>Neste conto inspirado em Moby Dick, o mundo natural est&aacute; rapidamente sendo esvaziado: os p&aacute;ssaros est&atilde;o desaparecendo dos c&eacute;us, os peixes dos mares e os dias das florestas est&atilde;o contados. Contra esse pano de fundo dist&oacute;pico, a irlandesa-australiana Franny Stone tem uma miss&atilde;o pessoal urgente: seguir um punhado de andorinhas do &Aacute;rtico restantes em sua &eacute;pica migra&ccedil;&atilde;o global.</p> <p>Falando para a tripula&ccedil;&atilde;o de uma traineira, ela logo enfrenta os perigos da tempestade do Atl&acirc;ntico. Mas &agrave; medida que o romance avan&ccedil;a no tempo, fica claro que o passado da Franny n&atilde;o &eacute; menos turbulento: uma m&atilde;e desaparecida, um casamento impulsivo - e uma condena&ccedil;&atilde;o por assassinato.</p> <p>O enredo um tanto t&ecirc;nue de McConaghy n&atilde;o suporta muito escrut&iacute;nio, e revela&ccedil;&otilde;es bomb&aacute;sticas regulares - v&aacute;rias das quais s&atilde;o muito facilmente adivinhadas com anteced&ecirc;ncia - apontam talvez para o medo de um autor estreante por momentos mais calmos.</p> <p>No entanto, &eacute; uma coisa compulsiva, impulsionada em um ritmo acelerado pelo poder dos elementos e a vontade feroz de seu narrador obstinado.</p> <p><strong>por Stella Duffy (Virago &pound; 16,99, 256 pp)</strong></p> <p><img alt="" src="https://i.dailymail.co.uk/1s/2021/01/28/22/38604312-9198881-LULLABY_BEACH_by_Stella_Duffy_Virago_16_99_256_pp_-a-33_1611871256531.jpg" style="height:490px; width:306px" /></p> <p>A enfermeira aposentada Kitty, que bebe u&iacute;sque, vive h&aacute; d&eacute;cadas em Lullaby Beach, uma cabana &agrave; beira-mar na cidade costeira em ru&iacute;nas de Westmere. &Eacute; tamb&eacute;m onde ela decide acabar com sua vida, deixando suas sobrinhas-netas, as irm&atilde;s Beth e Sara, em busca de respostas.</p> <p>Retrocedendo aos anos de adolesc&ecirc;ncia de Kitty na Londres dos anos 1950, come&ccedil;amos a entender o legado t&oacute;xico de seu amor pelo exuberante, mau e pretensioso desenvolvedor imobili&aacute;rio Danny Nelson. Enquanto isso, de volta ao presente, o desprez&iacute;vel Mark Nelson est&aacute; seguindo os passos de seu tio em mais de uma maneira.</p> <p>Duffy &eacute; uma escritora destemida, embora seu desejo aqui seja enfrentar #MeToo de frente para os atos finais do romance em melodrama. Mas isso n&atilde;o diminui o que &eacute;, em &uacute;ltima an&aacute;lise, um retrato da irmandade em um sentido mais amplo - um que &eacute; t&atilde;o poderoso e corajoso quanto s&aacute;bio e comemorativo - enquanto a for&ccedil;a e o estoicismo de Kitty a tornam uma personagem a ser apreciada.</p>

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