Em 2027, 23% dos empregos serão diferentes, uma revolução que implicará a criação de 69 milhões de empregos.
<p>E, paralelamente, o desaparecimento de 83 milhões de trabalhos, segundo um relatório publicado este domingo, 30 de Abril, pelo Fórum Económico Mundial.O documento, que se centra no futuro do mundo do trabalho, indica que a diferença aponta para uma redução de 14 milhões de postos de trabalho, o que equivale a 2% do emprego actual.</p> <p>A análise baseia-se nas respostas de mais de 800 empresas inquiridas, que identificaram que o emprego será impulsionado, num futuro próximo, pela transição ecológica, pelas normas ambientais, sociais e de governação e pela localização das cadeias de abastecimento.</p> <p>Além disso, a adopção de tecnologias avançadas e a digitalização terão uma forte influência e um impacto positivo na criação de emprego.</p> <p>As empresas inquiridas não hesitaram em salientar que o maior criador de emprego será o comércio digital: pelo menos dois milhões de novos postos de trabalho.</p> <p>A gestão de grandes volumes de dados é o sector que ocupa o primeiro lugar entre os criadores de emprego, como os analistas de dados, os cientistas de dados e os especialistas em grandes volumes de dados.</p> <p>Da mesma forma, serão necessários, pelo menos, mais 30% de especialistas em aprendizagem de robôts de inteligência artificial e peritos em cibersegurança.</p> <p>Neste contexto, a directora executiva do Fórum Económico de Davos, Saadia Zahidi, observou que o avanço da inteligência artificial e de outras tecnologias irá aumentar as incertezas que já se tinham instalado devido à pandemia e às crises económica e geopolítica.</p> <p>As empresas inquiridas pelo Fórum afirmaram que vão dar prioridade nos próximos anos à formação dos seus empregados na utilização da inteligência artificial e de macro dados.</p> <p>Do lado dos perdedores estarão os empregos de escritório, entre os quais os caixas e os encarregados da introdução de dados informáticos que serão os mais rapidamente afectados.</p> <p>De acordo com o relatório, as tarefas automatizadas na actualidade são quase as mesmas que eram há três anos. No total, 34% das tarefas estão automatizadas, apenas mais 1% do que em 2020.</p> <p>Em termos absolutos, o aumento mais importante de empregos registar-se-á nos sectores da educação e da agricultura, embora a formação desempenhe um papel central nas oportunidades criadas.</p> <p>O estudo estima que 44% das competências de cada trabalhador necessitarão de actualização.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.diarioeconomico.co.mz/2023/05/01/economia/em-2027-23-dos-empregos-serao-diferentes-estudo/</p>