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2Africa: Como o Facebook Está a Investir no ‘Sonho’ de Zuckerberg

O Facebook vai estender o cabo submarino 2Africa triplicando a capacidade das comunicações que ligam os Estados Unidos a África, Ásia e Europa.

<p>Em 2013 Mark Zuckerberg escreveu um&nbsp;manifesto de 10 p&aacute;ginas&nbsp;defendendo que a conetividade &eacute; um direito humano e que todas as pessoas devem ter o direito de estar ligadas, um conceito que vai muito al&eacute;m de publicar fotografias ou fazer coment&aacute;rios nas redes sociais e que tem tamb&eacute;m uma express&atilde;o na inclus&atilde;o social e econ&oacute;mica. A meta definida &eacute; ambiciosa e o fundador da rede social, que para muitos se confunde com a pr&oacute;pria internet, acredita que um dos grandes desafios da nossa gera&ccedil;&atilde;o &eacute; garantir o acesso aos milhares de milh&otilde;es de pessoas que continuam offline, o que se tornou o mote de v&aacute;rias iniciativas que a empresa desenvolve.</p> <p>Depois de ter lan&ccedil;ado em 2013 uma&nbsp;alian&ccedil;a que pretendia levar a internet a mais 5 mil milh&otilde;es, a empresa colocou as m&atilde;os no terreno e em 2018 foi criado o Facebook Conectivity, uma iniciativa para ajudar a desenvolver redes de comunica&ccedil;&otilde;es que cheguem a zonas remotas e garantam maior velocidade e desempenho no acesso &agrave; internet. Na base est&aacute; o&nbsp; financiamento e promo&ccedil;&atilde;o de projetos inovadores de instala&ccedil;&atilde;o de fibra &oacute;ptica, onde entra um robot especialista em escalagem, o acesso por sat&eacute;lite ou drones e tamb&eacute;m tecnologia de melhoria da performance das redes.</p> <p>Kevin Salvadori, vice presidente de Network Investments do Facebook, explica que a ideia n&atilde;o &eacute; transformar a empresa num operador de telecomunica&ccedil;&otilde;es, nem concorrer com este sector, onde tem v&aacute;rios parceiros.</p> <blockquote> <p><strong>&ldquo;PARA N&Oacute;S O OBJETIVO &Eacute; CONSEGUIR LIGAR OS 3 MIL MILH&Otilde;ES QUE CONTINUAM SEM INTERNET [&hellip;] NOS &Uacute;LTIMOS ANOS CONSEGUIMOS GARANTIR A CONETIVIDADE A 300 MILH&Otilde;ES DE PESSOAS E EMPRESAS E VIMOS O IMPACTO QUE ISSO TEM NAS SUAS VIDAS&rdquo;, JUSTIFICA.</strong></p> </blockquote> <p>Por isso o Facebook est&aacute; a trabalhar em tecnologias diferentes, por ar, terra e mar, para garantir estas liga&ccedil;&otilde;es, e hoje anunciou v&aacute;rios desenvolvimentos, entre os quais o primeiro cabo submarino transatl&acirc;ntico de 24 pares de fibra, que vai ligar a Europa e os Estados Unidos com uma capacidade de meio milh&atilde;o de gigabits, meio petabit por segundo. Kevin Salvadori sublinha que &ldquo;&eacute; 200 vezes mais capacidade do que os cabos transatl&acirc;nticos que foram constru&iacute;dos no in&iacute;cio do s&eacute;culo&rdquo;.</p> <p>O 2Africa &eacute; uma extens&atilde;o do 2Africa Pearls, o cabo submarino que j&aacute; liga a &Aacute;frica, &Aacute;sia e Europa e que passa por Portugal e dever&aacute; estar operacional em 2023. &ldquo;Historicamente os principais cabos transatl&acirc;nticos passam pelo Reino Unido&rdquo;, lembra o executivo do Facebook, sublinhando que para al&eacute;m de maior capacidade, os cabos submarinos permitem liga&ccedil;&otilde;es a custos mais baixos e que numa altura em que a exig&ecirc;ncia de conte&uacute;dos &eacute; cada vez maior este tipo de conetividade tem um impacto significativo a n&iacute;vel social e econ&oacute;mico.</p> <p>A ideia de que ningu&eacute;m pode ficar para tr&aacute;s</p> <p>O consumo de dados por pessoa est&aacute; a crescer a 20 ou 30% ao ano, mas a exclus&atilde;o ou divis&atilde;o digital continua a ser um dos principais problemas. Um estudo da Uni&atilde;o Internacional de Telecomunica&ccedil;&otilde;es mostra que&nbsp;3,8mil milh&otilde;es de pessoas continuam offline&nbsp;e Kevin Salvadori lembra que quase metade do mundo est&aacute; a ser deixada para tr&aacute;s, sem acesso adequado &agrave; Internet ou totalmente desligada.</p>

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