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10 Descobertas Científicas Espetaculares de 2020 que Podem Ter Passado Despercebidas

Desde a descoberta de poeira estelar mais antiga do que o sol aos primeiros embriões de tiranossauro, eis algumas descobertas fascinantes deste ano que podem ter passado despercebidas.

<p>Este ano produziu um frenesim de not&iacute;cias sem precedentes. &Agrave; medida que a pandemia mortal de&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/coronavirus" target="_blank">coronav&iacute;rus</a>&nbsp;se alastrava pelo mundo inteiro, milhares de vidas foram alteradas. Os leitores anteciparam ansiosamente cada pequeno progresso em dire&ccedil;&atilde;o a uma&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/11/a-moderna-pode-ter-uma-vantagem-na-corrida-a-vacina-covid-19-refrigeracao" target="_blank">vacina</a>. Nos EUA, a morte de George Floyd gerou&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/fotografia/2020/06/estamos-a-sofrer-estamos-a-sofrer-magoa-e-revolta-em-minneapolis" target="_blank">protestos</a>&nbsp;contra a brutalidade policial e o racismo sist&eacute;mico. A regi&atilde;o oeste da Am&eacute;rica do Norte foi fustigada por inc&ecirc;ndios florestais, incluindo&nbsp;<a href="https://www.fire.ca.gov/media/11416/top20_acres.pdf" target="_blank">cinco dos seis</a>&nbsp;maiores inc&ecirc;ndios na hist&oacute;ria da&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/09/os-ceus-alaranjados-que-cobrem-o-norte-da-california-sao-um-pressagio" target="_blank">Calif&oacute;rnia</a>&nbsp;desde 1932, e in&uacute;meros furac&otilde;es devastaram cidades costeiras &ndash; foram tantos furac&otilde;es que os cientistas ficaram sem nomes para designar as tempestades. Nos &uacute;ltimos meses de 2020, uma&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/historia/2020/11/eis-o-que-acontece-se-um-presidente-dos-eua-se-recusar-a-abandonar-o-cargo" target="_blank">elei&ccedil;&atilde;o</a>&nbsp;historicamente divisiva nos EUA dominou as not&iacute;cias a n&iacute;vel mundial.</p> <p>Contudo, no meio de todos estes eventos cruciais est&aacute; uma s&eacute;rie de descobertas cient&iacute;ficas que n&atilde;o receberam a devida aten&ccedil;&atilde;o. &Agrave; medida que 2020 chega ao fim, analisamos dez desenvolvimentos significativos que podem ter passado despercebidos.</p> <p><img alt="Explosões de poeira de estrelas envelhecidas, semelhantes às da Nebulosa do Ovo (na imagem), são uma ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/eggnebula_172316main_image_feature_787_ys_full.jpg?w=710&amp;h=414" style="height:414px; width:710px" /></p> <p>Explos&otilde;es de poeira de estrelas envelhecidas, semelhantes &agrave;s da Nebulosa do Ovo (na imagem), s&atilde;o uma poss&iacute;vel fonte dos gr&atilde;os antigos que se encontram em meteoritos.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;NASA, W. SPARKS (STSCI) E R. SAHAI (JPL)</p> <p><img alt="Esta imagem de microscópio eletrónico de varrimento mostra um dos grãos datados neste estudo. No seu ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/image1_sic_grain.jpg?w=315&amp;h=315" style="height:315px; width:315px" /></p> <p>Esta imagem de microsc&oacute;pio eletr&oacute;nico de varrimento mostra um dos gr&atilde;os datados neste estudo. No seu comprimento m&aacute;ximo, o gr&atilde;o tem cerca de oito micr&oacute;metros de di&acirc;metro &ndash; mais pequeno do que a largura de um cabelo humano.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;HECK ET AL. PNAS 2020</p> <h3><strong>1. O material mais antigo encontrado na Terra &eacute; mais antigo que o nosso sistema solar</strong></h3> <p>Milhares de milh&otilde;es de anos antes de o nosso sol existir, uma estrela moribunda lan&ccedil;ou poeira para o espa&ccedil;o. Agora, um pouco dessa&nbsp;<a href="https://www.space.com/stardust-oldest-material-on-earth.html" target="_blank">poeira estelar</a>, entranhada num meteorito que colidiu com a Terra, foi datada como o material mais antigo alguma vez encontrado no nosso planeta. A poeira entranhou-se com outras rochas dentro do que viria a ser o meteorito Murchison, que iluminou os c&eacute;us da Austr&aacute;lia em setembro de 1969 quando chegou &agrave; superf&iacute;cie do nosso planeta.</p> <p>Uma nova&nbsp;<a href="https://www.pnas.org/content/early/2020/01/07/1904573117" target="_blank">an&aacute;lise</a>&nbsp;destas rochas antigas encontrou gr&atilde;os de poeira estelar que t&ecirc;m entre 4.6 mil milh&otilde;es de anos e cerca de 7 mil milh&otilde;es de anos. Os cientistas estimam que estes peda&ccedil;os de poeira estelar existem apenas em&nbsp;<a href="https://www.smithsonianmag.com/science-nature/meteorite-grains-are-oldest-known-solid-material-on-earth-180973953/" target="_blank">cerca de 5%</a>&nbsp;dos meteoritos, mas isso n&atilde;o os desencorajou de continuar a procurar por estas pistas que contam a hist&oacute;ria da nossa gal&aacute;xia.</p> <p><img alt="Esta ilustração mostra a aparência das crias de Tyrannosaurus rex. Os fósseis embrionários descritos recentemente não ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/tyrannosaurus-juvie_01_202010161610_0.jpg?w=710&amp;h=829" style="height:829px; width:710px" /></p> <p>Esta ilustra&ccedil;&atilde;o mostra a apar&ecirc;ncia das crias de&nbsp;<em>Tyrannosaurus rex</em>. Os f&oacute;sseis embrion&aacute;rios descritos recentemente n&atilde;o pertenciam ao&nbsp;<em>T. rex</em>, mas sim a uma esp&eacute;cie anterior de tiranossauro relacionado que ainda n&atilde;o foi identificada.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;JULIUS CSOTONYI (ILUSTRA&Ccedil;&Atilde;O)</p> <h3><strong>2. Foram descobertos os primeiros embri&otilde;es de tiranossauro</strong></h3> <p>Investigadores identificaram os&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/10/revelados-os-primeiros-fosseis-de-embrioes-de-tiranossauro" target="_blank">restos mortais de tiranossauros</a>&nbsp;t&atilde;o jovens que ainda nem sequer tinham eclodido. Esta descoberta surgiu de f&oacute;sseis encontrados em dois s&iacute;tios diferentes &ndash; uma garra de uma pata desenterrada em 2018 na Forma&ccedil;&atilde;o de Horseshoe Canyon em Alberta, no Canad&aacute;, e um maxilar inferior recuperado em 1983 na Forma&ccedil;&atilde;o Two Medicine de Montana. As an&aacute;lises destes esp&eacute;cimes, que t&ecirc;m entre 71 e 75 milh&otilde;es de anos, revelaram que os tiranossauros come&ccedil;avam a sua vida surpreendentemente pequenos, medindo cerca de um metro de comprimento &ndash; aproximadamente o tamanho de um Chihuahua, mas com uma cauda muito longa. Este comprimento &eacute; apenas cerca de um d&eacute;cimo dos seus equivalentes adultos e pode ajudar a explicar por que raz&atilde;o os investigadores ainda n&atilde;o encontraram outros exemplos destes dinossauros min&uacute;sculos &ndash; a maioria dos cientistas simplesmente n&atilde;o estava &agrave; procura de um predador t&atilde;o pequeno.</p> <p><img alt="Esta ilustração mostra a sonda InSight em Marte. A sonda InSight, cujo nome é uma abreviatura ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/02_mars_pia22226_0.jpg?w=710&amp;h=947" style="height:947px; width:710px" /></p> <p>Esta ilustra&ccedil;&atilde;o mostra a sonda InSight em Marte. A sonda InSight, cujo nome &eacute; uma abreviatura de Explora&ccedil;&atilde;o Interior atrav&eacute;s de Investiga&ccedil;&otilde;es S&iacute;smicas, Geodesia e Transporte de Calor, foi projetada para escutar a atividade tect&oacute;nica e os impactos de meteoritos, estudar a quantidade de calor que ainda flui pelo planeta vermelho e rastrear a oscila&ccedil;&atilde;o de Marte enquanto este orbita o sol.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;NASA / JPL-CALTECH (ILUSTRA&Ccedil;&Atilde;O)</p> <h3><strong>3. Marte emite um zumbido estranho e os cientistas n&atilde;o sabem porqu&ecirc;</strong></h3> <p>Em novembro de 2018, uma sonda chegou &agrave; superf&iacute;cie fria e empoeirada de Marte para sentir o pulso do planeta. Conhecido por m&oacute;dulo de aterragem InSight, este ge&oacute;logo rob&oacute;tico transmitiu recentemente para a Terra algumas das suas primeiras descobertas, entusiasmando e deixando os cientistas do mundo inteiro perplexos. Entre as curiosidades est&aacute; um zumbido marciano &ndash; um&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/03/marte-emite-um-zumbido-estranho" target="_blank">zumbido silencioso</a>&nbsp;e constante que parece pulsar ao som dos sismos marcianos que abanam o planeta.</p> <p>A origem do zumbido permanece desconhecida. A Terra tem muitas destas vibra&ccedil;&otilde;es de fundo, desde o rugido dos ventos ao bater das ondas na costa. Mas a melodia de Marte reverbera com um tom mais elevado do que a maioria dos zumbidos naturais na Terra. Talvez a geologia por baixo da sonda amplifique um tom particular, ou a pr&oacute;pria sonda possa estar a gerar este ru&iacute;do. &ldquo;&Eacute; extremamente intrigante&rdquo;, disse em fevereiro &agrave;&nbsp;<em>National Geographic</em>&nbsp;<a href="https://science.jpl.nasa.gov/people/Banerdt/" target="_blank">Bruce Banerdt</a>, investigador principal da miss&atilde;o InSight.</p> <p><img alt="Esta imagem de Betelgeuse, uma das estrelas mais brilhantes no céu, é uma composição colorida feita ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/01_betelgeuse_eso0927e_0.jpg?w=710&amp;h=533" style="height:533px; width:710px" /></p> <p>Esta imagem de Betelgeuse, uma das estrelas mais brilhantes no c&eacute;u, &eacute; uma composi&ccedil;&atilde;o colorida feita a partir de exposi&ccedil;&otilde;es captadas pelo projeto Digitized Sky Survey 2.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;ESO / DIGITIZED SKY SURVEY 2 (COMPOSI&Ccedil;&Atilde;O). AGRADECIMENTO: DAVIDE DE MARTIN</p> <h3><strong>4. O estranho comportamento da estrela Betelgeuse foi finalmente desvendado</strong></h3> <p>A estrela Betelgeuse est&aacute; geralmente entre as estrelas mais brilhantes no c&eacute;u, mas em dezembro de 2019, o seu brilho intenso desvaneceu misteriosamente. Esta altera&ccedil;&atilde;o dram&aacute;tica deixou os cientistas inquietos: talvez Betelgeuse estivesse no final da sua vida e pudesse explodir numa supernova mais brilhante do que a lua cheia. Ainda assim, em agosto deste ano, a NASA avan&ccedil;ou com uma&nbsp;<a href="https://www.nasa.gov/feature/goddard/2020/hubble-finds-that-betelgeuses-mysterious-dimming-is-due-to-a-traumatic-outburst/" target="_blank">explica&ccedil;&atilde;o</a>&nbsp;muito menos extraordin&aacute;ria para a face repentinamente sombreada da estrela: a estrela tinha &ldquo;arrotado&rdquo;.</p> <p>As observa&ccedil;&otilde;es do Telesc&oacute;pio Espacial Hubble revelaram que a estrela tinha provavelmente enviado um jato extremamente quente de plasma que arrefeceu quando se espalhou. Este processo formou uma nuvem de poeira estelar que pode ter bloqueado a luz de Betelgeuse, ofuscando a sua observa&ccedil;&atilde;o a partir da Terra. A estrela regressou ao seu brilho normal nesta primavera &ndash; portanto, os observadores estelares v&atilde;o ter de esperar pela sua morte fogosa.</p> <p><img alt="Há cerca de 110 milhões de anos, onde atualmente fica o noroeste de Alberta, o nodossauro ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/borealopelta_0.jpg?w=710&amp;h=592" style="height:592px; width:710px" /></p> <p>H&aacute; cerca de 110 milh&otilde;es de anos, onde atualmente fica o noroeste de Alberta, o nodossauro&nbsp;<em>Borealopelta markmitchelli</em>&nbsp;comia fetos numa paisagem recentemente queimada &ndash; uma imagem detalhada que foi fornecida pelo novo estudo do seu conte&uacute;do estomacal.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;JULIUS CSOTONYI (ILUSTRA&Ccedil;&Atilde;O)</p> <h3><strong>5. Detalhes incr&iacute;veis da &uacute;ltima refei&ccedil;&atilde;o de um &lsquo;dinossauro blindado&rsquo;</strong></h3> <p>A metade frontal extremamente bem preservada de um&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/photography/2017/12/nodossauro-o-fossil-de-dinossauro-mais-impressionante-alguma-vez-encontrado?image=01-MM8543_161220_00907" target="_blank">dinossauro blindado</a>&nbsp;com 110 milh&otilde;es de anos &ndash; placas &oacute;sseas, escamas e n&atilde;o s&oacute; &ndash; surpreendeu e encantou os cientistas depois de ter sido descoberta acidentalmente em 2011 por um operador de m&aacute;quinas pesadas que trabalhava numa mina de areias petrol&iacute;feras em Alberta. Mas, em 2020, esta criatura pontiaguda revelou mais informa&ccedil;&otilde;es, quando uma an&aacute;lise detalhou que a&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/06/ultima-refeicao-de-dinossauro-blindado-preservada-com-detalhes-impressionantes" target="_blank">&uacute;ltima refei&ccedil;&atilde;o</a>&nbsp;deste animal tamb&eacute;m tinha ficado preservada no seu est&ocirc;mago.</p> <p>Este dinossauro era um nodossauro, um tipo de anquilossauro, mas n&atilde;o tinha a cauda espinhosa de alguns dos seus primos. A bola de vegeta&ccedil;&atilde;o fossilizada no est&ocirc;mago deste nodossauro revelou que, algumas horas antes da sua morte, o animal comeu maioritariamente um tipo espec&iacute;fico de feto selecionado a partir de uma variedade de plantas dispon&iacute;veis. Os an&eacute;is dos ramos lenhosos comidos juntamente com os fetos revelaram que o nodossauro provavelmente morreu durante o ver&atilde;o. Embora seja apenas uma s&oacute; refei&ccedil;&atilde;o, esta descoberta fornece uma vis&atilde;o excecional das horas finais da vida de uma criatura h&aacute; mais de cem milh&otilde;es de anos.</p> <p><strong>6. O segundo maior surto de &Eacute;bola finalmente terminou</strong></p> <p>No dia 25 de junho, a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial de Sa&uacute;de&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/04/o-segundo-maior-surto-de-ebola-da-historia-pode-ter-finalmente-terminado" target="_blank">declarou</a>&nbsp;o fim do segundo maior surto de &Eacute;bola, que infetou&nbsp;<a href="https://www.who.int/emergencies/diseases/ebola/drc-2019" target="_blank">mais de 3480 pessoas e matou quase 2300</a>. Conhecido por surto de Kivu, este evento come&ccedil;ou em agosto de 2018 com um grupo de casos perto de Kivu, no leste da Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo. O &Eacute;bola &eacute; uma febre hemorr&aacute;gica que tem uma&nbsp;<a href="https://www.cdc.gov/vhf/ebola/symptoms/index.html" target="_blank">s&eacute;rie de sintomas</a>&nbsp;&ndash; incluindo hemorragias, febre, dores de est&ocirc;mago, fraqueza e erup&ccedil;&otilde;es cut&acirc;neas &ndash; e &eacute; transmitido pelo&nbsp;<a href="https://www.cdc.gov/vhf/ebola/transmission/index.html" target="_blank">contacto direto</a>&nbsp;com uma pessoa infetada, contacto com o sangue de um animal ou fluidos corporais. Conter a doen&ccedil;a em Kivu foi particularmente dif&iacute;cil devido &agrave; agita&ccedil;&atilde;o dos habitantes locais, que suspeitavam das verdadeiras inten&ccedil;&otilde;es de quaisquer governo ou organiza&ccedil;&atilde;o internacional. No entanto, munidos com uma nova vacina, os profissionais de sa&uacute;de, liderados por Michael Yao, da OMS, lan&ccedil;aram uma campanha para vacinar qualquer pessoa que pudesse estar exposta. Ao melhorar tamb&eacute;m o envolvimento da comunidade, este esfor&ccedil;o levou &agrave; vacina&ccedil;&atilde;o de mais de 300.000 pessoas.</p> <p>&ldquo;Devemos celebrar este momento, mas n&atilde;o podemos cair no erro da complac&ecirc;ncia&rdquo;, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em&nbsp;<a href="https://www.who.int/news/item/25-06-2020-10th-ebola-outbreak-in-the-democratic-republic-of-the-congo-declared-over-vigilance-against-flare-ups-and-support-for-survivors-must-continue" target="_blank">comunicado de imprensa</a>. &ldquo;Os v&iacute;rus n&atilde;o fazem pausas.&rdquo; No in&iacute;cio de junho surgiu outro surto (agora contido) perto da prov&iacute;ncia de &Eacute;quateur da Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo.</p> <p><img alt="Fragmentos cranianos de um Homo erectus foram descobertos na África do Sul – a primeira vez ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/01_hominin_ng_0.jpg?w=710&amp;h=646" style="height:646px; width:710px" /></p> <p>Fragmentos cranianos de um&nbsp;<em>Homo erectus</em>&nbsp;foram descobertos na &Aacute;frica do Sul &ndash; a primeira vez que esta esp&eacute;cie foi encontrada nesta regi&atilde;o.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;HERRIES ET AL., SCIENCE 368:47 (2020)</p> <h3>7. Encontrado o cr&acirc;nio mais antigo de um&nbsp;<em>Homo erectus</em></h3> <p>Extra&iacute;dos de rochas a noroeste de Joanesburgo, na &Aacute;frica do Sul, os peda&ccedil;os cranianos pareciam inicialmente pertencer a um antigo babu&iacute;no. Mas, &agrave; medida que Jesse Martin e Angeline Leece, ambos alunos da Universidade La Trobe, na Austr&aacute;lia, foram montando as pe&ccedil;as, perceberam que tinham em m&atilde;os a primeira caixa craniana de um&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/04/cranios-fosseis-reescrevem-historia-de-dois-antepassados-humanos" target="_blank"><em>Homo erectus</em></a>&nbsp;alguma vez encontrada na &Aacute;frica Austral. Datado de h&aacute; cerca de dois milh&otilde;es de anos, o cr&acirc;nio tamb&eacute;m se destaca por ser o vest&iacute;gio mais antigo deste antepassado humano. &ldquo;Acho que os nossos supervisores s&oacute; acreditaram em n&oacute;s quando vieram ver por eles pr&oacute;prios&rdquo;, disse Jesse Martin &agrave;&nbsp;<em>National&nbsp;</em>Geographic na primavera. Esta descoberta ajuda os investigadores a continuar a decifrar os emaranhados da nossa &aacute;rvore geneal&oacute;gica, descobrindo quando e onde &eacute; que surgiu o nosso anfitri&atilde;o de parentes antepassados.</p> <p>&nbsp;</p> <p><img alt="Reconstrução de um local de nidificação do Hypacrosaurus stebingeri na formação Two Medicine de Montana. Ao ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/01_dna_hypacrosaurus-rothman.jpg?w=1600&amp;h=763" style="height:763px; width:1600px" /></p> <p>Reconstru&ccedil;&atilde;o de um local de nidifica&ccedil;&atilde;o do&nbsp;<em>Hypacrosaurus stebingeri</em>&nbsp;na forma&ccedil;&atilde;o Two Medicine de Montana. Ao centro da imagem, uma cria morta de&nbsp;<em>Hypacrosaurus</em>&nbsp;tem a parte de tr&aacute;s do seu cr&acirc;nio embebida em &aacute;guas rasas. Um adulto &eacute; retratado &agrave; direita.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;MICHAEL ROTHMAN (ILUSTRA&Ccedil;&Atilde;O)</p> <h3><strong>8. Vest&iacute;gios do primeiro ADN de dinossauro</strong></h3> <p>No filme&nbsp;<em>Parque Jur&aacute;ssico</em>, isolar ADN de um dinossauro &eacute; t&atilde;o simples quanto extrair sangue de um antigo mosquito envolto em &acirc;mbar. Embora ainda estejamos longe de recriar esse momento de fic&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, os investigadores deram um salto enorme no estudo de ADN fossilizado. Ao estudar f&oacute;sseis bem preservados, com mais de 70 milh&otilde;es de anos, uma equipa&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/03/vestigios-de-adn-fossil-descobertos-em-cranio-de-dinossauro" target="_blank">identificou</a>&nbsp;os contornos das c&eacute;lulas, formas que podem ser cromossomas e v&aacute;rios n&uacute;cleos poss&iacute;veis &ndash; as estruturas que abrigam o ADN. Contudo, n&atilde;o extra&iacute;ram ADN das c&eacute;lulas f&oacute;sseis, e ainda n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel confirmar se o material &eacute; ADN inalterado ou outro subproduto gen&eacute;tico. Mas &eacute; uma vis&atilde;o empolgante dos detalhes mais subtis que a fossiliza&ccedil;&atilde;o consegue preservar. &ldquo;As possibilidades s&atilde;o absolutamente emocionantes&rdquo;, disse em mar&ccedil;o &agrave;&nbsp;<em>National Geographic&nbsp;</em>David Evans, paleont&oacute;logo do Museu Real de Ont&aacute;rio que n&atilde;o participou no estudo.</p> <p><img alt="Cientistas comparam notas sobre a estratigrafia da Caverna Chiquihuite, em preparação para a recolha de amostras ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/03-chiquihuite-cave-mexico_0.jpg?w=710&amp;h=474" style="height:474px; width:710px" /></p> <p>Cientistas comparam notas sobre a estratigrafia da Caverna Chiquihuite, em prepara&ccedil;&atilde;o para a recolha de amostras de vest&iacute;gios de ADN de plantas e animais nos sedimentos.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;DEVLIN GANDY</p> <h3><strong>9. Descoberta surpreendente em caverna pode colocar a presen&ccedil;a de humanos nas Am&eacute;ricas h&aacute; 30 mil anos</strong></h3> <p>Os objetos de pedra recuperados nas profundezas da&nbsp;<a href="https://www.natgeo.pt/historia/2020/08/descoberta-surpreendente-caverna-pode-colocar-presenca-de-humanos-americas" target="_blank">Caverna Chiquihuite</a>, no M&eacute;xico, sugerem que os humanos podem ter chegado &agrave;s Am&eacute;ricas h&aacute; 30.000 anos &ndash; quase o dobro do tempo que se estimava anteriormente. Esta data &eacute; muito debatida entre os arque&oacute;logos, com muitos especialistas a colocarem inicialmente a primeira presen&ccedil;a de humanos nas Am&eacute;ricas h&aacute; cerca de 13.500 anos, conforme os mantos de gelo recuavam e as rotas de migra&ccedil;&atilde;o da &Aacute;sia se abriam. Mas as evid&ecirc;ncias recentes empurram a data de chegada de humanos em milhares de anos. E a nova an&aacute;lise dos artefactos de pedra, incluindo l&acirc;minas, pontas de proj&eacute;teis e lascas de rocha, intercalados com peda&ccedil;os de carv&atilde;o que foram datados de h&aacute; cerca de 30.000 anos, sugere que os humanos provavelmente chegaram &agrave;s Am&eacute;ricas antes de os glaciares come&ccedil;arem a derreter.</p> <p>O estudo da caverna sugere que esta pode ter sido habit&aacute;vel h&aacute; dezenas de milhares de anos, j&aacute; que a regi&atilde;o provavelmente era muito mais fria, h&uacute;mida e verdejante do que &eacute; atualmente. No entanto, n&atilde;o foram encontrados restos mortais humanos, e o novo estudo est&aacute; a gerar muita controv&eacute;rsia entre os cientistas. &ldquo;A principal contribui&ccedil;&atilde;o de Chiquihuite &eacute; a de trazer outra luz min&uacute;scula, outro sinal min&uacute;sculo, de que h&aacute; algo ali&rdquo;, disse em julho &agrave;&nbsp;<em>National Geographic</em>&nbsp;o autor principal do artigo,&nbsp;<a href="https://www.researchgate.net/profile/Ciprian_Ardelean2" target="_blank">Ciprian Ardelean</a>, arque&oacute;logo da Universidade Aut&oacute;noma de Zacatecas.</p> <p><img alt="A torre de coral recém-descoberta, com cerca de 500 metros de altura, vem juntar-se a outros ..." src="https://static.natgeo.pt/files/styles/image_3200/public/crop_side-mapping-profile-of-new-500-m-detached-reef-credit-schmidt-ocean-institute.jpg?w=710&amp;h=423" style="height:423px; width:710px" /></p> <p>A torre de coral rec&eacute;m-descoberta, com cerca de 500 metros de altura, vem juntar-se a outros sete recifes conhecidos por &ldquo;recifes separados&rdquo;, a norte da Grande Barreira de Coral.</p> <p>FOTOGRAFIA DE&nbsp;INSTITUTO OCEAN SCHMIDT</p> <h3><strong>10. Um recife mais alto do que o Empire State Building</strong></h3> <p>A bordo do navio de investiga&ccedil;&atilde;o&nbsp;<em>Falkor,&nbsp;</em>do Instituto Ocean Schmidt, uma equipa de cientistas australianos estava a mapear o fundo do mar, a norte da Grande Barreira de Coral, quando descobriu um&nbsp;<a href="https://schmidtocean.org/australian-scientists-discover-500-meter-tall-coral-reef-in-the-great-barrier-reef-first-to-be-discovered-in-over-120-years/" target="_blank">arranha-c&eacute;us de corais</a>&nbsp;com cerca de 500 metros de altura &ndash; o primeiro do seu tipo descoberto em mais de 120 anos. Esta torre de coral, conhecida por &ldquo;recife separado&rdquo;, &eacute; uma das oito agora conhecidas na regi&atilde;o. Estas estruturas naturais fornecem habitats vitais para criaturas como tartarugas e tubar&otilde;es, que entram e saem das &aacute;guas profundas adjacentes &agrave; Grande Barreira de Coral. A equipa mapeou o recife separado, encontrando uma&nbsp;<a href="https://www.nytimes.com/2020/10/30/science/great-barrier-reef-new-coral.html" target="_blank">variedade de formas de vida</a>&nbsp;a prosperar no seu ecossistema. Foram recolhidas amostras de rochas, sedimentos e de alguns organismos que ser&atilde;o enviadas para an&aacute;lises laboratoriais.</p> <p>Embora seja prov&aacute;vel que surjam mais detalhes sobre este recife, os taxonomistas que estudam as imagens e os v&iacute;deos da estrutura j&aacute; identificaram v&aacute;rias novas esp&eacute;cies de peixes. Wendy Schmidt, cofundadora do Instituto Ocean Schmidt, disse em comunicado de imprensa que esta descoberta faz parte de uma revolu&ccedil;&atilde;o na ci&ecirc;ncia marinha: &ldquo;Gra&ccedil;as &agrave;s novas tecnologias, que funcionam nas profundezas do oceano como os nossos olhos, ouvidos e m&atilde;os, temos a capacidade de explorar como nunca.&rdquo;<br /> &nbsp;</p> <p><em>Este artigo foi publicado originalmente em ingl&ecirc;s no&nbsp;</em><em>site<em>&nbsp;</em></em><a href="http://nationalgeographic.com/" target="_blank"><em>nationalgeographic.com</em></a></p>

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