A tecnologia avança rapidamente. A todo momento, surgem novos dispositivos. E, a cada novo lançamento, novos desafios são lançados para os desenvolvedores e designers.
Você já imaginou se, a cada novo celular lançado no mercado, as empresas tivessem que criar um site específico para aquele dispositivo? Diante da velocidade da tecnologia, seria inviável, não é? É por isso que surgiu o site responsivo.
A responsividade é uma característica dos sites que se adaptam aos diferentes tamanhos de tela dos mais diversos dispositivos que existem. Para isso, eles precisam ser desenvolvidos com determinadas técnicas, que visam não apenas adaptar as páginas à tela, mas principalmente oferecer a melhor experiência ao usuário em diferentes contextos.
Neste artigo, você vai entender melhor o que é um site responsivo, qual a sua importância, como funciona e como criar um para o seu negócio. Siga com a gente para saber tudo!
Site responsivo é um tipo de site que se adapta a diferentes tamanhos de tela para proporcionar a melhor experiência ao usuário em qualquer dispositivo.
Trata-se de um único site, com mesmo domínio, URLs, conteúdos e imagens, cujo design se altera conforme as configurações de tela do dispositivo. Dessa forma, ele se torna compatível com dispositivos móveis (mobile-friendly), que é uma das características essenciais para o desempenho de um site atualmente.
No exemplo abaixo, você pode ver como é um site responsivo na prática: o layout se modifica à medida que o tamanho da tela se altera. Para isso, é preciso aplicar layouts fluidos, imagens flexíveis e configurações de folhas de estilo (CSS), que entram no campo do desenvolvimento web.
Porém, um site responsivo não se faz apenas com a técnica dos desenvolvedores. Designers também trabalham para planejar a melhor interface com o usuário em diferentes dispositivos, considerando a relevância de conteúdos e funcionalidades para cada contexto de uso.
A ideia de sites responsivos foi criada por Ethan Marcotte. Em um artigo para o blog A List Apart, em 2010, o designer provocou designers e desenvolvedores a praticarem o web design responsivo. Veja o que ele escreveu:
Em vez de adaptar designs desconectados a cada um de um número cada vez maior de dispositivos da web, podemos tratá-los como facetas da mesma experiência. Podemos projetar para uma experiência de visualização ideal, mas incorporar tecnologias baseadas em padrões em nossos projetos para torná-los não apenas mais flexíveis, mas mais adaptáveis à mídia que os processa. Resumindo, precisamos praticar o design responsivo da web.
Ethan percebeu que os profissionais estavam desenvolvendo diferentes soluções para cada dispositivo que surgia, o que já estava se tornando inviável.
Nos últimos anos, o surgimento de novos dispositivos conectados se acelerou ainda mais. Se antes tínhamos apenas o computador de mesa, agora temos notebooks, tablets, celulares, smart TVs e uma série de aparelhos que ainda podem surgir no âmbito da Internet das Coisas.
Por isso, sites responsivos se tornaram uma solução relevante para criar sites adequados à era digital. Designers e desenvolvedores que trabalham com essa técnica preparam os sites não apenas para os dispositivos atuais, mas também para os do futuro.
Para ter um site mobile-friendly, o design responsivo é uma das formas mais indicadas. Mas não é a única. Você também pode adotar outras soluções, cada uma com seus prós e contras, assim como os sites responsivos. Conheça outras possibilidades:
Sites responsivos surgiram no contexto da explosão de smartphones e tablets no mercado. Cada dispositivo trazia uma configuração diferente, que exigia dos designers e desenvolvedores uma nova solução a cada novo lançamento.
Como vimos, o design responsivo veio para solucionar isso, de maneira que você não precisa desenvolver um novo site para cada novo aparelho que surge.
Com a evolução dos smartphones, as pessoas passaram a usar o celular para as mais diversas atividades do dia a dia, como consultar o Google, acessar as redes sociais, ler emails e, é claro, visitar sites, blogs e lojas virtuais. O computador, que até então era hegemônico no acesso à internet, ficou para trás.
O Think With Google mostra, nos dados abaixo, como o celular se tornou o principal dispositivo para acessar a internet, embora o desktop não tenha sido esquecido.
Porém, muitas empresas demoraram para entender essa mudança de comportamento do consumidor. Muitos usuários se deparavam — e ainda se deparam — com sites que não funcionam no celular, demoram a carregar, não têm conteúdos legíveis e outros vários erros. Diante de todos esses obstáculos, só resta desistir da visita ao site…
Por isso, ter um site responsivo é importante para atender a esses usuários que se conectam ora no mobile, ora no desktop — e, futuramente, nos mais diversos dispositivos conectados. Assim, você não perde nenhum visitante e nenhuma oportunidade de negócio. Afinal, segundo uma pesquisa:
O uso do design responsivo no site da sua empresa traz diversas vantagens. Como você já viu, a responsividade é uma forma de adaptar o seu negócio à realidade de crescimento dos acessos por celular e de lançamento acelerado de novos dispositivos com diferentes telas.
Agora, você vai entender como essa mudança no seu site pode trazer benefícios reais para o seu negócio:
O foco de um site responsivo é a experiência do usuário. É para oferecer uma melhor usabilidade aos usuários de dispositivos móveis que esse tipo de design foi criado.
Por isso, o site responsivo colabora para a satisfação dos clientes, que se sentem bem recebidos nas suas páginas e conseguem realizar facilmente o que desejam. Dessa maneira, a marca ganha a confiança dos usuários e constrói uma imagem positiva.
A taxa de rejeição acontece quando o visitante acessa o site e fecha a página sem realizar qualquer interação. Em muitos casos, significa que ele não encontrou ou não conseguiu realizar o que queria.
Se o site não é responsivo, a taxa de rejeição tende a ser alta, porque faz os usuários desistirem da visita. Então, a responsividade pode melhorar essa métrica do seu site e gerar mais interações com as páginas.
Se o usuário consegue acessar o site e realizar o que deseja sem obstáculos, as conversões do site tendem a aumentar.
Por outro lado, se o site não funcionar bem em dispositivos móveis, você pode perder inúmeras oportunidades de negócio, já que os usuários logo desistem da visita quando encontram qualquer dificuldade.
Ter um site mobile-friendly é um dos principais fatores de rankeamento do Google. Afinal, o buscador sabe a importância de melhorar a usabilidade em dispositivos móveis.
Além disso, o Google identifica os sinais da experiência do usuário no site — taxa de rejeição, tempo de permanência na página, cliques e interações, entre outros indicadores. Se esses sinais são positivos, como deve acontecer em um site responsivo, as páginas tendem a melhorar o SEO e ganhar posições no Google.
Um site responsivo tem uma mesma URL, independentemente do dispositivo que o visitante usa. Isso facilita a divulgação do site, já que a marca pode informar uma única URL, que se adapta ao dispositivo do usuário.
Não é o que acontece em sites com uma versão mobile, por exemplo, que têm URLs diferentes. Dessa forma, o usuário desktop pode clicar em um link (como m.exemplo.com), cair em uma página desenvolvida para mobile e ter uma má experiência. Veja, por exemplo, como fica a experiência do mobile.facebook.com no desktop:
O gerenciamento do site também fica mais fácil. Afinal, você administra, edita e atualiza apenas um site, e as adaptações entre desktop e mobile são automáticas. Já as diferentes versões para desktop e mobile exigem uma gestão independente uma da outra.
De qualquer forma, sempre que atualizar um site responsivo, o ideal é analisar as atualizações em diferentes dispositivos para verificar possíveis erros.
Agora, vamos entender um pouco melhor o que está por trás de um site responsivo. Esse tipo de site precisa de três principais elementos: layout fluido, imagens flexíveis e media queries. Vamos analisar cada um desses pontos.
Você vai ver que vamos entrar em algumas questões mais técnicas, mas é importante conhecer alguns termos mesmo que você não trabalhe diretamente com desenvolvimento web. Mas, para colocar em prática, talvez você precise de um profissional da área.
Para mais orientações técnicas sobre esses elementos, veja as dicas da comunidade de desenvolvedores do Google.
Layout fluido é a capacidade de adaptação dos grids para os diferentes tamanhos de tela. Os grids, por sua vez, são o conjunto de linhas e colunas de base que definem a estrutura do layout e ajudam a escolher a melhor localização dos elementos.
Para que os grids sejam flexíveis, é preciso definir medidas relativas para eles no CSS (folhas de estilo), geralmente em porcentagem, em vez de pixels ou pontos, que são fixos. Dessa forma, as linhas e colunas se reorganizam automaticamente à medida que o tamanho de tela aumenta ou diminui. Isso cria um design consistente em diferentes dispositivos.
Assim como os grids, as imagens também devem ser flexíveis. Porém, geralmente as imagens são formadas por pixels (em JPG ou BMP, por exemplo), que são uma unidade de medida fixa. Então, ao diminuir o tamanho da tela, uma imagem fixa poderia extrapolar o elemento em que está inserida.
Uma maneira de resolver isso é definir os elementos max-width e min-width no CSS. Eles definem, respectivamente, o tamanho máximo e mínimo da largura do elemento. Para serem fluidos, devem ser um percentual em relação ao elemento que contém a figura, de maneira que acompanhem a sua variação de tamanho.
Outro problema com as imagens é um usuário de dispositivo móvel não precisaria carregar uma imagem de 1000pix de largura, por exemplo, se o seu dispositivo tem 320px apenas. Isso poderia acarretar problemas de performance na velocidade de carregamento.
Nesse caso, o ideal não seria “encolher” a imagem, mas carregar diferentes imagens para diferentes dispositivos.
Para isso, você pode usar o elemento <picture>, que indica o uso de media queries (veja abaixo) para selecionar as imagens adequadas para cada aparelho, e o atributo “srcset”, que oferece diferentes resoluções e dimensões de uma mesma imagem.
Layouts fluidos e imagens flexíveis fazem o site se adaptar com o redimensionamento do navegador. Porém, há momentos em que o site pode não ficar bem. Esses momentos são chamados de breakpoints ou pontos de quebra do layout fluido.
Para corrigir isso, existem os media queries, que permitem ocultar, fazer aparecer ou reposicionar elementos automaticamente, de acordo com o redimensionamento da página e sua resolução atual.
Um bom exemplo do uso de media queries é a adaptação do menu, que geralmente é expandido e horizontal no desktop. Já no mobile, o menu é condensado em um menu “hamburguer” e, quando aberto, é verticalizado. O que define a mudança de um menu para o outro é o breakpoint, definido no CSS, e o uso de media queries.
Layouts fluidos, imagens flexíveis e media queries são os pilares do desenvolvimento de sites responsivos. Com eles, você já pode criar um site responsivo!
Mas temos ainda algumas dicas que vão ajudar você nesse processo, sempre de olho na experiência do usuário. Confira:
Sites responsivos devem funcionar em uma infinidade de aparelhos. Então, um layout simples tende a facilitar essa adaptação.
Procure eliminar elementos que são dispensáveis, que não cumprem uma função importante no site. Além de facilitar a responsividade, isso ajuda a direcionar o foco do usuário para o que interessa: a conversão.
Evite também interações complexas ou desnecessárias. Um formulário longo demais, um checkout de várias etapas no e-commerce, um pop-up difícil de fechar — tudo isso atrapalha a responsividade e, é claro, a experiência do usuário.
Mobile-First Design é uma abordagem de design e desenvolvimento de sites que inicia os projetos pelas telas menores de smartphones. Afinal, os acessos por dispositivos móveis já ultrapassaram o desktop em muitos mercados, então devem ser a prioridade.
Dessa maneira, os sites são desenvolvidos primeiramente pensando na experiência do usuário mobile e, depois, no desktop. É o contrário do que profissionais e empresas costumam fazer, já que estão acostumados a trabalhar em computadores ou notebooks, o que costumava deixar a experiência mobile em segundo plano.
Na perspectiva do Mobile-First, os projetos já começam pensando no tamanho da tela que é menor, nas conexões mais lentas que dificultam o carregamento, nos pontos de toque em vez de cliques e outras características do mobile. Assim, os usuários de smartphones tendem a ser melhor atendidos nos sites responsivos.
Otimizar a experiência do usuário significa melhorar todos os elementos que compõem a sua navegação no site. Independentemente do dispositivo que estiver usando, o visitante deve conseguir encontrar e realizar facilmente o que deseja.
Para isso, você deve pensar na perspectiva da sua persona e entender como ela navegaria pelo site, buscaria uma informação e chegaria até a conversão. Assim, você tem subsídios para otimizar a hierarquia das informações, as imagens do site, os botões em destaque, a velocidade de carregamento e outros elementos.
Ao criar um site responsivo, é importante não pensar apenas na técnica de desenvolvimento. Lembre que do outro da tela existe uma pessoa que, quando usa o celular ou o computador, tem diferentes comportamentos.
O usuário mobile, por exemplo, pode estar em movimento, com atenção dispersa e conexões mais lentas, enquanto o usuário de notebook está mais descansado e com foco para ler os conteúdos. Então, o desenvolvimento de um site responsivo também deve considerar o contexto do usuário para otimizar a sua experiência.
Nem tudo que parece ok no ambiente de desenvolvimento funciona bem na realidade. Por isso, não hesite em testar o site responsivo com usuários reais, em diferentes contextos e com diferentes dispositivos.
Você vai perceber como alguns elementos não funcionam corretamente como você imaginava ou simplesmente atrapalham a experiência do usuário. Então, aproveite os testes para identificar problemas e oportunidades na vida real, pelos olhos do usuário.
Enfim, sites responsivos são uma das principais soluções para acompanhar a explosão tecnológica que estamos vendo na era digital. Novos dispositivos surgem a todo momento, e os consumidores adotam novos hábitos. Então, a sua empresa precisa acompanhar as tendências.
Mas criar um site responsivo não é apenas “encaixar” as suas páginas nos diferentes dispositivos. Entenda o site como um dos principais pontos de contato da sua marca com os consumidores. Lá você precisa oferecer a melhor experiência — em qualquer contexto e qualquer tamanho de tela — para ganhar a confiança dos usuários e ter mais conversões.Para isso, também é importante contar com uma hospedagem segura, otimizações de SEO e conteúdos relevantes. O Stage oferece esses serviços para garantir o melhor desempenho ao seu site! Fale com nossos especialistas para saber como podemos ajudar seu negócio.