Logo quando adolescente precisei decidir qual tema começaria a estudar no ensino técnico. Depois de muito pensar, optei pelo curso de informática. Não sabia muito o que esperar da programação, mas sabia que seria algo que eu poderia aplicar em qualquer área da minha vida.
Com o passar dos anos — e após me formar no curso — fui para a faculdade e já estava convencida que queria ir mais para uma área criativa: a graduação em publicidade e propaganda.
De início, não sabia muito como aplicar os meus conhecimentos de programação nos meus estudos, mas com o tempo — já trabalhando na Rock Content — entendi que o marketing digital fazia o convite perfeito para eu aplicar tudo que sabia sobre criar e ler um código.
A partir daí eu comecei a estudar mais sobre Data Science, machine learning, Business Intelligence, planilhas no Excel e até mesmo programação no WordPress. Assim, foi muito mais fácil entender e absorver todas essas novidades que rodeiam um profissional de marketing.
Portanto, decidi escrever esse texto para te convencer como saber programação básica é um grande diferencial e o quanto isso não é um bicho de sete cabeças. Vamos lá?
No mundo do marketing orientado por dados, mais e mais tarefas exigem um pouco de codificação. Pode ser necessário adicionar um parâmetro extra ao seu código, extrair dados brutos do Google Analytics, criar uma previsão simples ou automatizar algumas tarefas repetitivas em suas campanhas.
Ou talvez você simplesmente queira falar uma linguagem comum com seus desenvolvedores para entender suas reais necessidades e prazos.
Independentemente disso, saber programar — mesmo em um nível iniciante — é uma grande ajuda para o trabalho diário de um profissional de marketing e uma grande vantagem sobre a concorrência.
Afinal, vivemos em uma eterna corrida digital. Sempre cercados por novidades no marketing que torna tudo mais difícil acompanhar.
Notícias sobre mudança no algoritmo da Google e do Facebook, por exemplo, tiram o sono de muitos analistas que nesse momento podem ter que revisar todas as suas estratégias sem ao menos saber o que realmente mudou.
Sem norte, apontam para o que os portais dizem e decidem optar por fazer inúmeros testes até acertar. Afinal, já sabemos que o que funciona hoje pode não funcionar amanhã.
E o fato é que muitas dessas novidades rodeiam o mundo da tecnologia que nos levam para uma pauta que muitos ainda se preocupam e enxergam como tabu: a linguagem de programação.
A habilidade de interpretar um código e todos aqueles números e palavras sem contexto assustam qualquer um que não compreende a lógica.
E é normal. Afinal, programar é aprender uma língua nova e isso exige atenção e dedicação. No entanto, é preciso dar o primeiro passo: aprender o básico.
Programar é muito parecido com a forma que organizamos o nosso dia a dia e fazemos as nossas escolhas. É ensinar o computador a pensar por meio de linhas de código e facilitar horas que ficaríamos fazendo cálculos com papel, caneta e calculadora.
Quando passamos para o computador uma função que queremos que ele faça, estamos ensinando uma tarefa para ele e mostrando várias possibilidades que a linguagem proporciona.
Por isso, quando você entende a lógica e a sintaxe fica muito mais fácil interpretar e até mesmo criar um programa do zero.
Se você chegou aqui provavelmente está considerando a possibilidade de começar a aprender, mas talvez não saiba como.
Existem vários cursos que podem te ajudar de acordo com o nível que você se encontra. A Udemy, Udacity e o Codeacademy são boas opções com valores diversos.
No entanto, o primeiro passo que você precisa dar é saber qual o seu objetivo para encontrar a linguagem que você deve aprender. Existem inúmeras e cada uma tem uma função diferente.
Dependendo do que você deseja é mais interessante já começar um curso que é focado onde você quer aplicar seus conhecimentos de desenvolvimento.
Mas a parte mais importante do processo de aprendizagem é a prática. Encontre um pequeno projeto para aplicar suas habilidades de codificação recém-adquiridas dentro de problemas do mundo real. Isso vai aumentar sua motivação e aprofundar seu conhecimento.
O HTML e o CSS informam ao navegador da Web como ele deve definir e exibir o conteúdo. É a parte bonitinha do código que define a arquitetura e a organização da sua página.
Para o marketing de conteúdo, é essencial entender como encontrar e editar meta descrições, tags de título e palavras-chave. Além disso você pode criar hiperlinks, títulos, parágrafos e espaçamento, imagens e listas.
Como aplicar o HTML no marketing?
O HTML também é a linguagem usada nos CMSs, como o WordPress, e para um profissional de marketing é um grande diferencial entender essa linguagem para fazer qualquer conteúdo mais personalizado e até mesmo melhorar seu posicionamento no Google.
JavaScript é uma das linguagens de programação mais utilizadas no desenvolvimento web (além de HTML e CSS). Se algo aparecer na tela de forma animada, provavelmente é escrito em JavaScript.
Mas para profissionais de marketing digital e profissionais de CRO é ainda mais importante saber que quase todos os códigos de rastreamento são escritos em JavaScript.
Porém, apesar da maioria das ferramentas ter simplificado o processo, para configurar o acompanhamento avançado um conhecimento básico de JavaScript pode garantir uma implementação correta.
Com aplicativos mais avançados de JavaScript, você pode automatizar tarefas repetitivas no Google Ads, passar parâmetros de UTM entre diferentes sites e aplicar inúmeras outras oportunidades.
Como aplicar o JavaScript no marketing?
Aprender JavaScript oferece aos profissionais de marketing uma vantagem sobre a concorrência. Ajuda-os a identificar quem são os seus clientes, onde estão e como interagem com um website. Aqui estão algumas maneiras de usar o JavaScript em sua estratégia de marketing:
SQL significa Structured Query Language e é usado para extrair informações sobre um banco de dados, como o Google Analytics.
Aprender os fundamentos do SQL ajuda os profissionais de marketing a extrair as informações que precisam saber sobre seus clientes, como: jornada, histórico de compras e interesse no produto.
Jamie Steven, CMO da Moz, acredita que todo profissional de marketing deve ser técnico: “Independentemente de você assinar ou não esses rótulos, as habilidades técnicas estão se tornando uma exigência para o sucesso no marketing online. Os profissionais de marketing que conhecem SQL — e podem escrever código, aproveitar APIs e realizar análises quantitativas — serão os indivíduos mais desejáveis e produtivos em nosso setor ”.
Como aplicar o SQL no marketing?
Com o SQL é possível criar campanhas de marketing com pouca ou nenhuma ajuda de um desenvolvedor. Aqui estão algumas maneiras de usar o SQL em sua estratégia de marketing:
O Python é uma das linguagens favoritas dos cientistas de dados. A grande diferença, no entanto, é que o Python é usado principalmente para tarefas de back-end e de análise — e não tarefas de front-end que são muito utilizadas em desenvolvimento de sites.
Do ponto de vista de um analista, a maior vantagem do Python são as muitas extensões analíticas específicas para tarefas de ciência de dados. Se você deseja executar uma análise preditiva ou um projeto de aprendizado de máquina, provavelmente trabalhará em Python.
Além disso, muitas ferramentas populares de análise e marketing digital oferecem acesso a APIs que permitem fazer análises profundas de dados e proporcionam insights valiosos.
Como aplicar o Phyton no marketing?
O sonho de um profissional de marketing é prever qual a melhor decisão que ele pode tomar. Aqui estão algumas maneiras de usar o Python em sua estratégia de marketing:
Programação não é mágica. Qualquer um pode aprender o básico dessas linguagens, seja seu objetivo ser um programador iniciante, seja melhorar a comunicação com sua equipe de desenvolvimento, seja facilitar a contratação das pessoas certas.
Para começar, escolha uma linguagem que tem o melhor potencial para responder às suas perguntas de marketing mais importantes e comece a aprender. No fim, você verá que o que importa mesmo é entender a lógica da programação.
E, para você seguir se reciclando, não deixe de conferir nosso artigo sobre Transformação Digital e seus impactos na sociedade.