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Aliar educação financeira e tecnologia para democratizar investimentos: fundador da Toro analisa estratégia da fintech
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Essa é a meta estabelecida pela Toro Investimentos e uma das principais razões para que a empresa invista cada vez mais em novos formatos de conteúdo.

“Nossa essência é ser a ponte para as pessoas alcançarem seus sonhos. E, para criar uma ponte, utilizamos a educação e a tecnologia. Queremos todos com o poder de criar o próprio futuro, não o futuro que seu gerente de banco ou que seu agente autônomo quer para você”, destaca Gabriel Kallas, sócio-fundador da Toro.

A educação financeira tem sido um dos alicerces da empresa desde sua fundação, com a oferta de cursos online gratuitos e relatórios sobre a Bolsa. Esse foi um dos primeiros passos para a Toro Investimentos se consolidar como uma fintech que ajuda mais brasileiros a investirem de forma consciente, ampliando sua rentabilidade.

Em julho de 2018, em um de seus passos mais agressivos, a Toro foi a primeira fintech a lançar sua própria corretora na Bolsa. Havia seis anos que nenhuma corretora era aberta no Brasil. Porém, a proposta era clara: popularizar investimentos. Os clientes pagam somente se tiverem lucro na operação que tenha sido recomendada pelos analistas da corretora.

“Vimos que isso causou uma mudança muito grande no mercado, várias outras instituições começaram a reagir. Isso criou um elo de confiança e alinhamento. A partir do momento que é oferecida uma alternativa em que só ganho se você ganhar, isso gera grande alinhamento. E isso também se torna uma ferramenta de democratização”, avalia Kallas.

Aliar educação e tecnologia para democratizar investimentos seguirá sendo a meta da Toro Investimentos. Os próximos passos dessa estratégia são apresentados na entrevista a seguir.

A Toro sempre se estabeleceu como uma empresa voltada para educação financeira e para promover a democratização de investimentos. De onde vem essa iniciativa?

A educação financeira está na nossa fundação. Começamos a Toro com cursos de Etherium que eram presenciais. Fomos aprendendo que, para fomentar a cultura de investimento no Brasil, o que tínhamos de mais poderoso é a educação. Tínhamos de entregar às pessoas o conhecimento da regra do jogo e como elas poderiam investir melhor.

Começamos com os cursos presenciais e depois fomos os primeiros a entregar cursos online gratuitos para os clientes. Quando combinamos educação com tecnologia, vimos que era uma receita muito poderosa para criar mercado.

O mercado brasileiro é ainda muito novo, com cultura de investimentos ainda recente. Apenas 0,3% da população investe na Bolsa no Brasil, enquanto nos Estados Unidos já são 60%. E, aqui, grande parte das pessoas ainda investe na poupança. O primeiro passo era realmente educação, e o caminho para a entrega de forma escalável era por meio da tecnologia.

Como você disse, grande parte das pessoas no Brasil ainda concentra aplicações na poupança. O que pode ser feito para mostrar a essas pessoas que elas podem recorrer a outras formas de investimento, a outros produtos, e terem maior rentabilidade?

O primeiro ponto é entender que existem produtos tão seguros quanto a poupança, mas com rentabilidade líquida melhor. Ganhar mais com seu dinheiro não quer dizer necessariamente correr riscos maiores. Isso é o primeiro passo e vem com educação, saber que fora do banco é possível ter uma rentabilidade melhor.

Um segundo passo é entender que ao saber gerenciar riscos, como investimentos na Bolsa, você pode chegar muito mais longe. Com uma parte do dinheiro, essa pessoa pode assumir um risco um pouco maior para ter um retorno maior.

A Bolsa de Valores é um investimento com potencial de retorno maior do que todos os outros. Quando olhamos para países desenvolvidos, grande parte do que as pessoas poupam está na Bolsa de Valores, porque, a longo prazo, é um investimento com maior retorno. Mas também é um investimento que tem maior risco.

Para entender que há investimentos como a poupança, que rendem mais e com a mesma segurança disponíveis na Bolsa, o primeiro passo para descomplicá-los é por meio da educação.

Quais são as próximas alternativas em educação financeira planejadas pela Toro? Quais estratégias de conteúdo vocês pretendem desenvolver?

A gente sempre procura por formas mais eficazes de entregar conteúdos de qualidade. Temos expandido muito nossa forma de entrega. Sempre fomos fortes na parte de artigos, blogs, vídeos dentro das plataformas. Temos uma série de cursos gratuitos tanto na plataforma da Toro Investimentos quanto da Toro Radar.

Agora, estamos começando a entregar conteúdos mais segmentados e buscamos entregá-los de formas mais abrangentes, utilizando Instagram e YouTube, que são plataformas ainda mais democráticas de acesso e com capilaridade muito grande.

Desde julho, quando vocês iniciaram suas atividades como corretora de valores, quais foram suas impressões? O objetivo de criar um novo volume de investidores na Bolsa de Valores está sendo alcançado?

Olhando pelo contexto, nossa missão é trazer gente nova para o mercado. Temos um foco muito grande no público iniciante. A gente vem tendo uma busca muito grande e temos nos preparado para atender esse investidor cada vez melhor.

A gente sente que o brasileiro está com sede de investir melhor e sede de informação. E a Bolsa de Valores começa a ser cada vez mais o destino para pessoas que estão começando a se sotifiscar e a entender que o dinheiro delas pode render mais. Temos tido crescimento muito grande, e projetos novos envolvem desafios novos. Estamos aprendendo muito a cada dia.

Em relação aos investimentos em renda fixa, a Toro tem conseguido mostrar às pessoas que podem buscar aplicações além daquelas com as instituições financeiras em que já têm conta corrente?

Em renda fixa, temos mais de 40 emissores. Brincamos que é um booking.com de invetimentos. Em vez de vender produtos próprios, entregamos uma plataforma e o investidor pode encontrar os mais rentáveis do momento.

Como queremos na Toro ser a ponte direta dessas pessoas para investimentos, intermediando mercado, começamos a entender que não temos necessidade de um escritório de agente autônomo. Por que isso é bom? Porque quando somos autônomos, precisamos ser remunerados. E isso aumenta muito o serviço.

Como não temos um intermediário que precisa ser remunerado no meio do caminho, viramos uma ponte direta para as pessoas fazerem investimentos, intermediando o acesso a eles. Dessa maneira, conseguimos entregar rentabilidade que, em grande parte dos momentos, é maior que em qualquer outra instituição financeira.

Como foi a percepção de investidores em relação à iniciativa de cobrar taxa de corretagem somente se o cliente obtiver lucro?

Foi bem legal, foi inédito no mundo. Vimos que isso causou uma mudança muito grande no mercado, várias outras instituições começaram a reagir. Isso criou um elo de confiança e alinhamento. A partir do momento que é oferecida uma alternativa em que só ganho se você ganhar, isso gera grande alinhamento. E isso também se torna uma ferramenta de democratização.

O cara que ganhou 10 reais sabe que vamos cobrar 1. Está transparente o que está sendo cobrado. Não acreditamos em almoço grátis. Um serviço de qualidade e próximo do cliente tem de estar atrelado à remuneração, e queremos uma remuneração justa.

Quais serão os próximos passos? O que vocês planejam em longo prazo?

Vamos continuar focando nos pilares que sempre acreditamos muito. Em educação, vamos ter portfólio mais diverso de conteúdos. Queremos dar escala para isso. Vamos focar em entregar visão diversificada da carteira, ajudar as pessoas a investirem de forma diversificada, de forma com que elas consigam ter título da renda fixa e ir para Bolsa com visão da gestão de risco. Estamos focados em ajudar pessoas a tomarem decisões de investimento.

Queremos ser uma ponte para a realização do sonho das pessoas por meio de dos investimentos. Para fazer isso, temos diversas iniciativas. O principal é dizer que vamos intensificar o caminho da educação.

Desde que as fintechs passaram a ser mais atuantes no mercado financeiro, passamos a ver uma grande preocupação com digitalização bancária. Como você acha enxerga esses movimentos? O que podemos esperar para o restante de 2019 e próximos anos?

Está acontecendo na nossa indústria o que aconteceu com outras várias ao longo das últimas décadas. Vimos que música e mobilidade foram transformadas por meio da tecnologia. E isso passa por uma transformação cultural. As empresas de investimentos sempre tiveram cultura voltada para o ego, voltada para o negócio e não para o cliente. A transformação está começando a acontecer. Fazemos parte do processo. Somos a primeira fintech com a própria corretora.

Dizemos que as fintechs vão estimular instituições financeiras a protegerem clientes, enquanto as instituições financeiras vão ter de se tornar fintechs para proteger o negócio.

Veremos fintechs começando a crescer e integrar mais com mercado financeiro, como no caso do Nubank e da Toro. Veremos instituições financeiras tentando ser mais parecidas com fintechs, apesar de, na essência, serem diferentes. A tecnologia é grande ferramenta de democratização, e fazemos parte disso.

De que forma você avalia que as instituições do mercado financeiro devem se comunicar com clientes e potenciais clientes para vencer essa concorrência? O mercado já está preparado para atender às novas exigências de um público cada vez mais inserido na era digital?

Acreditamos que não existe nada melhor que se comunicar com a verdade. Muitas empresas caem na tentação de passar uma coisa que elas não são. Acreditamos que é importante comunicar a verdade, algo que você acredita, a cultura da organização e propósito que as pessoas realmente têm. Para se diferenciar no mercado, é preciso realmente ter alma, propósito e conseguir transmitir verdade aos clientes. Não acreditamos em trazer uma agência para fazer um slogan. A verdade transborda, é algo natural.

Nossa essência é ser a ponte para as pessoas alcançarem seus sonhos. E, para isso, utilizamos a educação e a tecnologia, para criar uma ponte. Queremos todos com o poder de criar o próprio futuro, não o futuro que seu gerente de banco ou que seu agente autônomo quer para você. Nossa verdade transborda na nossa cultura.

Começamos em uma salinha de 20 metros quadrados e nos tornamos umas fintechs mais inovadoras do mundos. Hoje, somos 200 pessoas com visão de que quando temos propósito maior que nós mesmos temos a oportunidade de criar nosso próprio futuro. É essa verdade que tentamos reproduzir da forma mais transparente para nossos clientes. A comunicação tem de vir com verdade.

Educação financeira se manterá como uma grande aposta da Toro?

Com certeza, educação é o nosso coração. A forma de entregar educação é cada vez mais sofisticada. Ela está na plataforma, na transparência de informações de cada produto. Para a gente, educação é mais do que conhecimento, é a ponte que aproxima as pessoas do que elas estão buscando.

Gostou desta entrevista? Aproveite para entender como empresas do mercado financeiro podem gerar confiabilidade e criar relação próxima com clientes.

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