
A delegação portuguesa na Web Summit na cidade brasileira do Rio de Janeiro foi a segunda maior estrangeira, durante a missão que foi considerada um sucesso, disseram à Lusa responsáveis da delegação.
<p>"Já sabemos que há muitas oportunidades que foram descobertas, já houve muitas parcerias e possíveis investimentos" num balanço que será feito ao longo das próximas semanas, afirmou à Lusa a diretora do Departamento de Emprego, Empreendedorismo e Empresas da Câmara Municipal de Lisboa (CML), na quinta-feira, último dia da Web Summit que decorreu na cidade brasileira do Rio de Janeiro.</p> <p>Numa missão que considerou um sucesso, a responsável lisboeta frisou a importância que o mercado brasileiro tem para as 'startups' que queiram escalar os seus negócios e internacionalizarem-se.</p> <p>Na conceção e no ADN das 'startups' portuguesas está a "ideia de internacionalização" devido ao limite de crescimento que existe em Portugal, em contraponto com o mercado continental brasileiro.</p> <p>Por outro lado, outros dos objetivos da missão foi a de mostrar que o país quer "acolher de braços abertos as empresas brasileiras que querem vir para Portugal"</p> <p>"Pelo fluxo que tivemos aqui no nosso lounge [Startup Portugal] durante estes dias sabemos que Portugal é considerado uma porta de entrada para as empresas brasileiras que querem entrar no mercado europeu", garantiu</p> <p>Dados enviados à Lusa pela Web Summit Rio indicam que as 31 'startups' portuguesas são a segunda maior delegação estrangeira nesta edição, logo atrás dos Estados Unidos e à frente do Canadá e da vizinha brasileira Argentina.</p> <p>Em declarações à Lusa, o diretor executivo da Startup Portugal, António Dias Martins, afirmou que a delegação apoiada pela "Startup Portugal e pela Lisboa Unicorn Capital faz um balanço muito desta edição".</p> <p>"No espaço dedicado a Portugal e a Lisboa, recebemos mais de uma dezena de investidores, 'business angels' e incubadoras locais numa sessão de 'pitch' de Startups da delegação", frisou.</p> <p>Na mesma ocasião, tanto António Dias Martins, como o administrador da AICEP Luís Rebelo de Sousa, procuraram promover os programas e as vantagens "muito competitivas que Portugal tem atualmente para oferecer aos empreendedores que aí queiram lançar ou fazer crescer o seu negócio, posicionando-se como um dos principais hubs para Startups da Europa".</p> <p>Quanto ao balanço concreto dos resultados, o responsável português ressalvou que ainda é prematuro chegar a conclusões e que tal "só se poderá fazer ao longo dos próximos anos".</p> <p>Ainda assim, recordou a edição anterior no Rio de Janeiro, em 2023, na qual entre as 25 startups que participaram "pelo menos 5 delas já abriram empresa e lançaram atividade relevante no Brasil e/ou financiaram-se junto de investidores brasileiros".</p> <p>O evento que terminou na quinta-feira, realizado na Barra da Tijuca, recebeu mais de 30.000 participantes no RioCentro, de pelo menos 100 países, mais de 1.000 'startups', cerca de 600 investidores e 600 oradores, numa estrutura apoiada por mais de 210 parceiros e 400 voluntários, de acordo com a organização.</p> <p>O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028. A empresa registou também, além do Rio de Janeiro, uma expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar que se realizou no início de 2024.</p> <p> </p> <p>Leia Também: <a href="https://www.noticiasaominuto.com/economia/2543999/portugueses-ja-representam-30-dos-trabalhadores-da-web-summit" target="_blank">Portugueses já representam 30% dos trabalhadores da Web Summit</a></p>