
O Instituto Nacional de Estatística (INE) promoveu, na semana passada do corrente mês, na cidade do Sumbe, província do Cuanza-Sul, o terceiro ciclo formativo nacional.
<p>A formação, que decorreu no Instituto de Desenvolvimento Local, contou com a participação de 97 técnicos do INE, provenientes das 18 províncias do país. </p> <p>Durante a formação, foram abordados temas ligados aos questionários e Recolha de Dados, Técnicas de Entrevista, Mobilização e Publicidade, Metodologia de Amostragem e de Cartografia, entre outros. </p> <p>O director nacional adjunto do Instituto Nacional de Estatística, Hernâni Luís, apelou aos técnicos no sentido de terem rigor, acutilância e paciência na hora de recolherem os dados que servirão de base para elucidar o Estado na hora da elaboração de políticas públicas. </p> <p>"Os nossos inquiridores que vão ao campo devem ter rigor, acutilância e paciência na recolha das informações para elucidar o Executivo na hora de traçar políticas públicas”, disse. </p> <p><strong>Resultados alcançados</strong></p> <p>O director nacional adjunto do INE mostrou-se satisfeito com os níveis de aproveitamento, acrescentando que os técnicos estão melhor capacitados para interagirem com os agregados familiares sobre os principais indicadores a serem recolhidos por cada trimestre.</p> <p>O responsável adjunto do INE encorajou os formandos a partilharem os conhecimentos adquiridos com os técnicos que não puderam estar presentes no ciclo formativo, lembrando que todo e qualquer conhecimento deve ser objecto de debates, refrescamentos e avaliações periódicas. </p> <p>Segundo Hernâni Luís, a formação serviu para abrir oportunidades para esclarecimentos de dúvidas e incertezas durante os inquéritos. </p> <p><strong>Formação contínua </strong></p> <p>O coordenador técnico e um dos formadores do ciclo de formação Patrick Pedro disse que o IEA aposta em inquéritos por amostragem, através de entrevistas directas, o que constitui uma das principais fontes de informação sobre a caracterização da população angolana face ao mercado de trabalho, tendo, por outro lado, defendido formações contínuas. </p> <p>"Sendo o IEA uma ferramenta que serve de suporte ao Executivo para a criação de políticas, face ao mercado de trabalho, é importante que formações do género sejam contínuas, para que os técnicos estejam capacitados para futuras missões”, disse. </p> <p>Patrick Pedro apelou aos formandos no sentido de replicarem, nas províncias de origem, os conhecimentos que adquiriram durante a formação, recordando que o IEA serve também de suporte para monitorização dos indicadores sobre emprego e desemprego, bem como sustentar a criação de políticas públicas e avaliação dos programas sociais, com particular realce para o fomento da empregabilidade e redução da pobreza em Angola. </p> <p>Por seu turno, o formador Adilson Muhongo disse que o aprendizado adquirido deve ser partilhado com quem não pode estar presente na formação. </p> <p>Adilson Muhongo acrescentou que os objectivos foram cumpridos, apelando aos técnicos a andarem pelo país ao encontro dos agregados seleccionados. "A missão a nós incumbida foi cumprida, porque sentimos que os técnicos do IEA estão capacitados para a recolha de dados sobre o emprego e desemprego da população angolana”, disse. </p> <p><strong>Participantes satisfeitos </strong></p> <p>Os participantes mostraram-se satisfeitos com a formação, que permitiu abordar várias técnicas capazes de muni-los de mais conhecimentos, sobretudo ligados à melhoria da logística, para melhor desempenharem as tarefas. </p> <p>Silvestre Bachi, da província de Cabinda, disse que as matérias ministradas vão ajudar a melhorar a qualidade dos dados a serem recolhidos. "Com esta formação, vamos melhorar a forma como interagimos com os agregados familiares, o que vai conformar os dados de acordo os propósitos do IEA”. </p> <p>Madalena Chicunbo, proveniente da província da Huíla, garantiu que todas orientações dadas pelo INE vão ser aplicadas, para que a coordenação técnica possa estar munida de informações a serem publicadas regularmente e de forma célere e fiável. </p> <p><strong>Emprego em Angola</strong></p> <p>O inquérito sobre Emprego em Angola (IEA) é realizado no país desde 2019, com uma periodicidade trimestral e consiste na recolha contínua de dados, durante os 12 meses de cada ano civil.</p> <p>O objectivo é a caracterização da população, face ao mercado de trabalho, avaliando os níveis de emprego e desemprego e fornecer estatísticas sobre a força de trabalho em Angola. </p> <p>Diferente do Censo, o IEA é uma operação realizada por amostragem dirigida aos residentes em habitações familiares no território nacional, através de entrevistas dirigidas pelos inquiridores. </p> <p>Desde o início do IEA, em 2019, esta é a terceira acção de formação presencial, tendo o primeiro ciclo formativo sido realizado em Abril do mesmo ano, na província de Luanda, enquanto o segundo ciclo ocorreu em Maio de 2022, na província de Malanje.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/tecnicos-sao-capacitados-para-a-elaboracao-de-inqueritos/</p>