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Sociedade Civil Exige Responsabilização no Escândalo dos Erros Nos Livros Escolares

O Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança (ROSC) exigiu esta sexta-feira, 3 de Junho, a responsabilização dos eventuais culpados pelos erros detectados em manuais escolares em Moçambique.

<p>&ldquo;O Governo deve usar o relat&oacute;rio produzido pela comiss&atilde;o independente de auditoria para responsabilizar, colectiva e individualmente, os que directa ou indirectamente n&atilde;o evitaram que os livros fossem editados com os erros identificados ao longo da cadeia de produ&ccedil;&atilde;o dos livros escolares&rdquo;, refere um comunicado do ROSC enviado &agrave; Lusa.&nbsp;</p> <p>As autoridades devem ainda fazer uma comunica&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica para partilhar os resultados da auditoria sobre o livro escolar e as medidas tomadas no &acirc;mbito da responsabiliza&ccedil;&atilde;o dos respons&aacute;veis &ldquo;por estas gravosas falhas com dimens&atilde;o nacional e que prejudicam v&aacute;rias gera&ccedil;&otilde;es de alunos&rdquo;.&nbsp;</p> <p>&ldquo;Quantas crian&ccedil;as estiveram em contacto com estes livros e desaprenderam com estes erros? Quantas mentes foram ludibriadas, em vez de serem educadas?&rdquo;, questiona o f&oacute;rum.&nbsp;</p> <p>O Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Humano (MINEDH) deve proibir, de forma imediata, o uso do livro da 6.&ordf; classe de Ci&ecirc;ncias Sociais e retirar das escolas todos os exemplares existentes, exige ainda o ROSC.&nbsp;</p> <p>O MINEDH &eacute; instado a orientar os professores para leccionarem com base em planos anal&iacute;ticos dos programas de ensino, no lugar dos manuais invalidados.</p> <p>&ldquo;Em prepara&ccedil;&atilde;o das suas aulas, [os professores] poder&atilde;o ainda servirem-se de outros meios de consulta existente dos conte&uacute;dos que lecionam&rdquo;, recomenda o ROSC.&nbsp;</p> <p>As organiza&ccedil;&otilde;es da sociedade civil consideram incompreens&iacute;veis os erros detectados, tendo em conta que o processo de produ&ccedil;&atilde;o do livro escolar em Mo&ccedil;ambique envolve v&aacute;rias entidades, entre organismos governamentais e independentes.&nbsp;</p> <p>&ldquo;A produ&ccedil;&atilde;o de livros passa por v&aacute;rios indiv&iacute;duos e por v&aacute;rias institui&ccedil;&otilde;es, designadamente autores, revisores&nbsp;e especialistas das &aacute;reas do saber contratados pela Comiss&atilde;o de Avalia&ccedil;&atilde;o do Livro Escolar (CALE) e, finalmente, pelo pr&oacute;prio MINEDH, que aprova os livros e os tem como sua propriedade. Ora, questionamo-nos se tal circuito &eacute;, de facto, implementado. Como pode ser que sejam impressos com erros t&atilde;o grosseiros?&rdquo;, questiona o ROSC.&nbsp;</p> <p>O f&oacute;rum admite que alguns erros resultem de &ldquo;distrac&ccedil;&otilde;es ou desaten&ccedil;&otilde;es&rdquo;, mas considera perturbadores casos de &ldquo;flagrante e grosseira deturpa&ccedil;&atilde;o de acontecimentos ou interpreta&ccedil;&otilde;es hist&oacute;ricas&rdquo;.&nbsp;</p> <p>Na quinta-feira, a ministra da Educa&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Humano de Mo&ccedil;ambique disse que o<a href="https://www.diarioeconomico.co.mz/2022/06/02/economia/desenvolvimento/livros-com-erros-serao-retirados-das-escolas-mocambicanas/">&nbsp;livro de Ci&ecirc;ncias Sociais&nbsp;</a>da 6.&ordf; classe ser&aacute; retirado das escolas, devido a erros &ldquo;inaceit&aacute;veis e inadmiss&iacute;veis&rdquo; detectados nos manuais.</p> <p>Carmelita&nbsp;Namashulua anunciou ainda a suspens&atilde;o do director do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educa&ccedil;&atilde;o (INDE), entidade estatal respons&aacute;vel pela direc&ccedil;&atilde;o do processo de produ&ccedil;&atilde;o dos livros, a dissolu&ccedil;&atilde;o da Comiss&atilde;o de Avalia&ccedil;&atilde;o do Livro Escolar (CALE) e a sua substitui&ccedil;&atilde;o por uma outra estrutura.</p> <p>Entre os erros mais gritantes detectados no livro do 6.&ordm; ano est&aacute; a localiza&ccedil;&atilde;o geogr&aacute;fica de Mo&ccedil;ambique, que no livro &eacute; situado na &Aacute;frica Oriental e n&atilde;o consta como pa&iacute;s da Comunidade de Desenvolvimento da &Aacute;frica Austral (SADC), entidade em cuja funda&ccedil;&atilde;o participou.&nbsp;</p> <p>Uma outra anomalia considerada grave &eacute; a localiza&ccedil;&atilde;o de antigas fronteiras do Zimbabu&eacute;, pa&iacute;s que faz fronteira com Mo&ccedil;ambique, mas que o livro indica ser banhado pelo Mar Vermelho.&nbsp;</p> <p>Os equ&iacute;vocos incluem ainda a ilustra&ccedil;&atilde;o de uma foto do Parlamento angolano como sendo de Mo&ccedil;ambique.&nbsp;</p> <p>Na sequ&ecirc;ncia dos erros, est&aacute; em curso um inqu&eacute;rito aberto pelo Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Humano.</p>

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