
Um exercício integral de cibercrime considerado inédito realiza-se, na quinta-feira, em Beja, no âmbito de um simpósio sobre segurança informática, simulando em "ambiente real" a detenção de um 'hacker' em "flagrante delito", foi hoje revelado.
<p> <audio class="audio-for-speech" src=""> </audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls"> <p>Ainiciativa "Casa do Crime" vai ter lugar durante a 14.ª edição do SimSic -- Simpósio de Segurança Informática e Cibercrime, organizado pelo Laboratório UbiNet do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), na quarta e na quinta-feira, naquela cidade alentejana.</p> <p> </p> <p>"O intuito deste exercício está naquilo que é a nossa génese e naquilo em que fomos inovadores em Portugal, que é ensinar a atacar para dar mais consciência da defesa", explicou hoje à agência Lusa Rui Silva, do UbiNet.</p> <p>De acordo com este docente, "há quatro ou cinco anos" que, no âmbito do SimSic, se realiza a "Casa do Crime", ou seja, "um exercício de resposta a incidentes e análise forense".</p> <p>"É um exercício que já está consolidado, mas que é um exercício das fases finais do cibercrime", disse.</p> <p>Este ano, o exercício "vai ser diferente", simulando "todas as fases do processo de cibercrime", desde as ações preparatórias às fases de teste de penetração, de resposta a incidente e recolha de prova em local do crime respeitando toda a cadeia de custódia, e, por fim, análise forense digital.</p> <p>Para quinta-feira, está prevista a primeira fase do exercício, com a realização de um simulacro "em ambiente real", onde as seis equipas participantes terão de surpreender um 'pseudohacker' em "flagrante delito", isolar o indivíduo e realizar a recolha de prova no local do crime, respeitando sempre a cadeia de custódia.</p> <p>As equipas estarão a ser observadas e avaliadas por professores do IPBeja e por antigos inspetores da Polícia Judiciária com experiência em situações reais semelhantes.</p> <p>Na segunda fase do exercício, que decorre ao longo de três semanas, terão lugar os testes de penetração, onde as equipas participantes irão atacar um conjunto de equipamentos em vários cenários, e um desafio de análise forense a um dos equipamentos atacados.</p> <p>Em ambas as fases, a iniciativa vai contar com a colaboração de três das maiores empresas mundiais na área da cibersegurança: a CheckPoint, a Palo Alto e a Fortinet.</p> <p>Segundo Rui Silva, este exercício vai ao encontro do objetivo do mestrado em Engenharia de Segurança Informática do IPBeja, lançado em 2011 e que visa "ensinar a atacar sistemas, para que as pessoas tenham consciência de como se devem defender".</p> <p>"Aprender políticas, processos, tecnologias e arquiteturas de segurança não serve de nada se não soubermos como é que os atos se realizam", justificou.</p> <p>O 14.º SimSic vai decorrer no edifício dos serviços comuns do IPBeja e tem como tema "Inteligência Artificial e CyberIntelligence".</p> <p>O programa do simpósio, organizado pelo Laboratório UbiNet do IPBeja, inclui ainda palestras com diversos especialistas portugueses e estrangeiros, 'workshops', desafios, o lançamento do Centro de Competências em Cibersegurança do Alentejo e uma prova de vinhos.</p> <p> </p> <p>Leia Também: <a href="https://www.noticiasaominuto.com/tech/2563461/utilizadores-devem-desconfiar-de-pedidos-inusitados-de-dados-sensiveis" target="_blank">Utilizadores devem desconfiar de "pedidos inusitados de dados sensíveis"</a></p> </div> <div class="header-controls"> </div> <div class="header-controls"> </div> </div> <div class="translated-text"> <div class="words"> </div> <div class="sentences"> </div> </div> </div> <p> </p>