Várias contas de grupos feministas ou LGBT mantidas por estudantes chineses no Wechat, uma das principais redes sociais da China, foram bloqueadas, gerando apelos online por protestos.

<p>Aaplica&ccedil;&atilde;o WeChat tem mais de 1,2 mil milh&otilde;es de utilizadores na China, servindo como servi&ccedil;o de mensagens instant&acirc;neas e carteira digital.</p> <p>Esta quarta-feira, dia 7, a p&aacute;gina &quot;ColorsWorld&quot;, da Universidade de Pequim, e a p&aacute;gina &quot;Orgulho Gay&quot;, da Universidade Huazhong de Ci&ecirc;ncia e Tecnologia, em Wuhan, foram encerradas e todas as mensagens difundidas anteriormente apagadas.</p> <p>As p&aacute;ginas iniciais foram substitu&iacute;das por um aviso, que aponta que &quot;todo o conte&uacute;do foi bloqueado e o uso da conta foi encerrado&quot;, ap&oacute;s viola&ccedil;&otilde;es n&atilde;o especificadas dos regulamentos.</p> <p>O aviso informa que o WeChat recebeu &quot;reclama&ccedil;&otilde;es&quot; sobre as contas em quest&atilde;o.</p> <p>As redes sociais chinesas est&atilde;o respons&aacute;veis pela censura de conte&uacute;do considerado sens&iacute;vel para o regime.</p> <p>A censura geralmente abrange conte&uacute;do relacionado &agrave; homossexualidade em filmes ou s&eacute;ries televisivas.</p> <p>A &quot;Sociedade Zhihe&quot;, um grupo de estudantes que se concentra em quest&otilde;es feministas ou das minorias sexuais na prestigiosa Universidade Fudan, em Xangai, confirmou tamb&eacute;m o bloqueio da sua conta no WeChat, num comunicado difundido noutra rede social.</p> <p>Utilizadores do WeChat estavam a difundir listas de contas bloqueadas e a convocar protestos contra a censura online. A maioria destas mensagens foi, por sua vez, censurada hoje.</p> <p>A homossexualidade foi descriminalizada na China, em 1997, mas continua a ser um assunto tabu na imprensa oficial, televis&atilde;o ou cinema.</p>