
A provedora de Justiça defendeu, sexta-feira, em Luanda, a abertura de um concurso público para a admissão de mais professores do Ensino Especial, principalmente na área gestual.
<p>Florbela Araújo, que falava durante uma visita ao Complexo Escolar de Ensino Especial, no Distrito Urbano do Rangel, disse ser importante o reforço de recursos humanos, tendo em conta a escassez de professores, funcionários administrativos e assistentes. Defendeu, também, a aquisição de mais material didáctico e outros meios para que as aulas no Ensino Especial decorram sem sobressaltos.</p> <p>"Apesar da situação de precariedade que se regista, fiquei feliz com a visita da Vice-Presidente, que fez a promessa de reabilitação desta escola", disse a provedora de Justiça, que apelou às autoridades competentes para que o complexo volte a ter um posto de saúde, visto que este serviço está inoperante desde o surgimento da Covid-19.</p> <p>Segundo Florbela Araújo, a Provedoria de Justiça tem recebido muitas reclamações de pais com filhos com necessidades especiais, que desconhecem a existência de escolas inclusivas. "Apelo para que haja, nos complexos escolares, uma área de Ensino Especial”.</p> <p>Ao se referir sobre as dificuldades que os pais com crianças com necessidades especiais enfentam disse que "muitas mães ficam à espera da hora da refeição para puderem ajudar a alimentar as crianças, tendo em conta a falta de assistentes sociais".</p> <p>Florbela Araújo fez saber que a Provedora da Justiça, na defesa dos direitos e liberdades do cidadão, dá prioridade às camadas mais vulneráveis.</p> <p>O director-geral do Complexo Escolar do Ensino Especial disse que a insstituição tem 1.471 alunos, dos quais 577 do sexo feminino. Entre as crianças matriculadas, acrescentou, encontram-se autistas e com deficiência intelectual (síndrome de Down e dislexia), bem como com deficiência motora.</p> <p>As maiores dificuldades da instituição, explicou, estão relacionadas à falta de recursos humanos e de computadores para os alunos de Informática (10ª classe), que têm tido simplesmente aulas teóricas. </p> <p>João Dongo garantiu que a maior parte dos professores tem agregação pedagógica, que permite empregar metodologias apropriadas para entender e ensinar crianças com deficiência.</p> <p>"Temos tido, regularmente, assembleias com os pais e convocamos sempre que for necessário", sublinhou, destacando a boa interacção entre a direcção da escola e a comissão de encarregados de educação.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/provedora-de-justica-defende-admissao-de-mais-professores/</p>