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Professores em greve: luta dos sindicatos vai continuar

S.T.O.P mantém a greve entre esta segunda-feira e o dia 29 de novembro. Federação Nacional de Educação (FNE) também promete continuar com ações de protesto porque, sublinha, "os problemas da Educação não se resolvem com o anúncio de saída do Governo".

<p>Ant&oacute;nio Costa, primeiro-ministro demission&aacute;rio, &eacute; considerado pelas organiza&ccedil;&otilde;es sindicais, como o &quot;maior obst&aacute;culo&quot; para uma das bandeiras dos professores, que tem estado na origem de greves, manifesta&ccedil;&otilde;es e a&ccedil;&otilde;es de protesto desde dezembro de 2022: a recupera&ccedil;&atilde;o de seis anos, seis meses e 23 dias. Contudo, a sua demiss&atilde;o n&atilde;o fez parar a luta dos docentes. O Sindicato de Todos os Profissionais da Educa&ccedil;&atilde;o (S.T.O.P) vai manter a greve anteriormente agendada. Come&ccedil;a hoje e termina a 29 de novembro, com as escolas a fazer a gest&atilde;o do dia em que pretendem fazer a paralisa&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Relacionados</p> <p><a href="https://www.dn.pt/i/17314947.html">Ministro Da Educa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;Cerca de 4.000 alunos sem professor, muitos devido a substitui&ccedil;&otilde;es, diz ministro</a></p> <p><a href="https://www.dn.pt/i/17240048.html">Educa&ccedil;&atilde;o.&nbsp;&quot;As pol&iacute;ticas continuam economicistas refletindo-se na falta de professores&quot;</a></p> <p>Ao DN, Andr&eacute; Pestana, coordenador do S.T.O.P, explica ter-se tratado de uma decis&atilde;o das comiss&otilde;es sindicais, sustentada pela continuidade da discuss&atilde;o do Or&ccedil;amento de Estado (OE). &quot;Como o OE continua em discuss&atilde;o/vota&ccedil;&atilde;o e para n&atilde;o dar a ideia que vamos esperar passivamente pelas elei&ccedil;&otilde;es, decidimos manter a greve nacional de 13 a 29 novembro de todos os Profissionais da Educa&ccedil;&atilde;o a todo o servi&ccedil;o (al&eacute;m da greve associada ao Per&iacute;odo Probat&oacute;rio e ao artigo 79.&ordm;)&quot;, adianta. J&aacute; a manifesta&ccedil;&atilde;o nacional de 18 de novembro foi substitu&iacute;da por uma concentra&ccedil;&atilde;o de protesto no dia da vota&ccedil;&atilde;o final do OE, 29 novembro, em frente do Parlamento.</p> <p>O S.T.O.P vai tamb&eacute;m pedir audi&ecirc;ncias aos partidos pol&iacute;ticos, para saber &quot;o que prop&otilde;em para a Educa&ccedil;&atilde;o e para apresentar sugest&otilde;es como, por exemplo, recuperar o tempo de servi&ccedil;o e a gest&atilde;o escolar democr&aacute;tica, defender a import&acirc;ncia de avalia&ccedil;&otilde;es justas e sem quotas (para docentes e n&atilde;o docentes), aumentar significativamente os vencimentos dos Assistentes Operacionais, Assistentes T&eacute;cnicos, T&eacute;cnicos Superiores e Especializados, fim do estrangulamento nas carreiras, entre outras&quot;. Andr&eacute; Pestana afirma ainda que o S.T.O.P vai marcar presen&ccedil;a com &quot;assombra&ccedil;&otilde;es/rece&ccedil;&otilde;es&quot; nas a&ccedil;&otilde;es de campanha de todos os partidos.</p> <h2>Educa&ccedil;&atilde;o estagnada</h2> <p>&quot;A Educa&ccedil;&atilde;o pode ficar estagnada por seis meses&quot;. O alerta &eacute; de Pedro Barreiros, secret&aacute;rio-geral da FNE. Segundo o dirigente sindical, a queda do Governo n&atilde;o fez serenar a revolta dos professores e levantou receios sobre o rumo do setor. &quot;Sem querer correr o risco de parecer ego&iacute;sta, preocupa-nos este interregno, esta paragem pois, na pr&aacute;tica, a Educa&ccedil;&atilde;o pode ficar estagnada por seis meses e o nosso pa&iacute;s n&atilde;o &eacute; assim t&atilde;o rico para estar parado. Tal como os hospitais, a escola n&atilde;o pode parar&quot;, explica. O dirigente sindical esclarece que as a&ccedil;&otilde;es de protesto v&atilde;o continuar, n&atilde;o ficando a luta em stand by. &quot;&Eacute; com este or&ccedil;amento que tanto criticamos que vamos ser obrigados a viver no pr&oacute;ximo ano e a luta &eacute; uma forma de press&atilde;o para o futuro Governo, para que tenha consci&ecirc;ncia dos problemas da Educa&ccedil;&atilde;o e para que n&atilde;o volte a repetir os mesmos erros&quot;, sublinha. Para Pedro Barreiros, a maior d&uacute;vida existente com a queda do Governo tem a ver com os processos negociais e &quot;a capacidade governativa e legislativa do Executivo, &quot;apesar de se manter em fun&ccedil;&otilde;es at&eacute; &agrave;s elei&ccedil;&otilde;es&quot;. &quot;&Eacute; uma inc&oacute;gnita o que vai acontecer com um Governo a governar pelos m&iacute;nimos&quot;, afirma. Contudo, a FNE n&atilde;o tem greves agendadas, mantendo-se as que estavam em vigor desde o in&iacute;cio do ano: componente n&atilde;o letiva, sobretrabalho e horas extraordin&aacute;rias.</p> <p>&nbsp;</p> <p>A decorrer est&aacute; ainda o envio de mensagens de pais, alunos e professores ao ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Jo&atilde;o Costa, atrav&eacute;s da p&aacute;gina&nbsp;<a href="https://mensagemaoministro.pt/pt" target="_blank">https://mensagemaoministro.pt/pt</a>.</p> <p>A ideia, conta Pedro Barreiros, &quot;&eacute; publicar as mensagens em livro e entreg&aacute;-lo de presente de Natal ao ministro, no dia 14 de dezembro&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Arlindo Ferreira, diretor do Agrupamento de Escolas Cego do Maio, P&oacute;voa de Varzim, e autor do blogue ArLindo tamb&eacute;m defende a continuidade dos protestos, como forma de &quot;manter alguma press&atilde;o nos pr&oacute;ximos tempos&quot;, mas n&atilde;o acredita nas greves enquanto &quot;solu&ccedil;&atilde;o&quot; no momento atual. &quot; Os sindicatos devem mostrar que est&atilde;o descontentes e pedir compromissos para o pr&oacute;ximo governo&quot;, conclui.</p> <h2>Diretores voltam a pedir &quot;pacto na Educa&ccedil;&atilde;o&quot;</h2> <p>Sem o receio inicial da n&atilde;o aprova&ccedil;&atilde;o do OE, que &quot;podia trazer constrangimentos financeiros &agrave;s escolas&quot;, Filinto Lima, presidente da Associa&ccedil;&atilde;o Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas P&uacute;blicas (ANDAEP), canaliza as suas preocupa&ccedil;&otilde;es para as poss&iacute;veis mudan&ccedil;as nas pol&iacute;ticas educativas e, recorda, o ano de 2015, quando o Partido Socialista voltou ao poder, e decidiu aplicar as provas de aferi&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o em anos de final de ciclo, mas a meio. &quot;Muitas vezes, os governos n&atilde;o avaliam o que foi feito e alteram tudo, at&eacute; o que est&aacute; bem. S&atilde;o mudan&ccedil;as que, &agrave;s vezes, criam instabilidade nas escolas. O que apelamos &eacute; para que quem formar governo n&atilde;o tenha uma &acirc;nsia desmedida para deixar a sua marca, acabando por mudar a pol&iacute;tica educativa para pior&quot;, explica.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Filinto Lima pede, por isso, um pacto na Educa&ccedil;&atilde;o, onde os partidos se comprometam, de forma transversal, com quest&otilde;es fundamentais para as escolas e os alunos. &quot;N&atilde;o se deve alterar, a cada mudan&ccedil;a dos governos, a avalia&ccedil;&atilde;o dos alunos e o curr&iacute;culo. S&atilde;o duas &aacute;reas em que nunca h&aacute; opini&atilde;o un&acirc;nime entre a direita e a esquerda e &eacute; aqui que deveria haver pacto. O momento &eacute; este&quot;, sustenta. O presidente da ANDAEP quer ainda inclu&iacute;do, nesse pacto, a recupera&ccedil;&atilde;o do tempo de servi&ccedil;o congelado e pede &quot;seriedade aos partidos, para que n&atilde;o voltem com a palavra atr&aacute;s nesta quest&atilde;o, depois de j&aacute; todos terem afirmado serem defensores dessa recupera&ccedil;&atilde;o&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Fonte:&nbsp;https://www.dn.pt/sociedade/professores-luta-dos-sindicatos-vai-continuar-17325836.html</p>

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