
A Associação Jurídica Pelos Direitos Fundamentais (AJDF) vai avançar com uma ação popular contra o Ministério da Educação para exigir que os professores tenham acesso a consultas de medicina do trabalho
<p>"Aquilo que o Estado exige a todas as empresas ele próprio não faz", acusou Miriam Correia, presidente da AJDF, uma associação recém-criada "sem fins lucrativos, apartidária e sem orientação sindical".</p> <p> </p> <p>"Este é um assunto que nos assola, porque as condições de saúde em que estamos a trabalhar são nefastas e mais duras e não temos os mesmos recursos que outros trabalhadores", acrescentou a presidente em declarações à Lusa.</p> <p>A professora explicou que os docentes decidiram avançar para acabar com "o tratamento desigual" de que são alvo, apesar de reconhecer que "existem outros setores da administração pública" na mesma situação.</p> <p>Assim, na quarta-feira, dará entrada no Tribunal Administrativo do Porto uma ação popular contra o Estado Português e o Ministério da Educação com o objetivo de garantir o direito fundamental à medicina no trabalho para professores.</p> <p>Segundo a presidente da AJDF, a decisão judicial terá impacto em toda a classe profissional, desde educadores de infância até professores do ensino secundário.</p> <p>A AJDF sublinha que a falta de acesso a serviços adequados de medicina do trabalho "não só afeta adversamente a saúde e o bem-estar dos professores, mas também tem implicações diretas na qualidade da educação oferecida aos alunos".</p> <p>Um grupo de professores criou, no final do ano passado, a AJDF com o objetivo de ser uma organização dedicada à promoção do direito e da justiça, sendo uma associação que está aberta a outros grupos profissionais, segundo a sua presidente.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/pais/2491453/professores-avancam-com-acao-para-ter-direito-a-medicina-do-trabalho</p>