O Governo prometeu o reforço de computadores para escolas públicas e privadas. No entanto, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas diz que não há indícios para que tal aconteça.
<p>O ensino à distância regressou na semana passada, mas a falta de computadores continua a ser um problema não só para os alunos, como também para os professores. Segundo contou ao Jornal Económico o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, não existem perspetivas de reforço de computadores para professores ou nas escolas.</p> <p>Na perspetiva de Filinto Lima, “o ministério devia dar indícios de distribuição de computadores para professores e escolas”. “Somos mais de 100 mil professores, nem um teve a título de empréstimo facultado pelo Ministério da Educação”. “Se o professor não tem direito a uma cedência temporária é desmotivador para algumas pessoas”, completa.</p> <p>Segundo o presidente da ANDAEP, tanto professores como alunos reforçaram “as competências digitais” e recorrem “cada vez mais ao digital”. No entanto, à chegada às escolas, “os computadores são os mesmos, não são melhores”, assegura Filinto Lima.</p> <p>Como muitos docentes não têm possibilidades de trabalhar a partir de casa vão para as escolas, uma situação relatada por Filinto Lima, mas que também já tinha sido denunciada pela FENPROF.</p> <p>Apesar de tentarem contornar o problema de não terem material suficiente em casa para trabalhar, os professores não têm mais sorte quando se deslocam à escola sendo que as condições dos materiais informáticos nas escolas não são de grande qualidade, segundo a ANDAEP</p> <p>Em comunicado, o Executivo de António Costa apontou que a despesa destinava-se ao acesso e utilização de recursos didáticos, “nos estabelecimentos de ensino públicos e particulares e cooperativos”. Apesar da promessa, não foi dada uma data de quando se vai realizar a entrega deste material.</p>