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Portugal mantém funcionários dispensados da Escola Portuguesa de Macau

O Governo português renovou por mais um ano as licenças especiais de cinco colaboradores da Escola Portuguesa de Macau (EPM), dispensados em maio pela direção, indica hoje um despacho do ministro da Educação.

<p>O despacho do ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Ci&ecirc;ncia e Inova&ccedil;&atilde;o, Fernando Alexandre, surgiu na sequ&ecirc;ncia de um relat&oacute;rio elaborado pela Inspe&ccedil;&atilde;o Geral da Educa&ccedil;&atilde;o e Ci&ecirc;ncia (IGEC), depois de uma inspe&ccedil;&atilde;o &agrave; EPM, realizada entre 12 e 25 de julho.</p> <p>Fernando Alexandre renovou, &quot;por mais um ano, as licen&ccedil;as especiais&quot; dos quatro docentes e da psic&oacute;loga &quot;para que se possam manter na EPM com servi&ccedil;o docente/tarefas distribu&iacute;das no pr&oacute;ximo ano letivo&quot;, de acordo com o despacho a que a Lusa teve acesso.</p> <p>O ministro determinou que os processos de contrata&ccedil;&atilde;o de novos professores sejam conclu&iacute;dos &quot;para que, sendo indispens&aacute;veis ao regular funcionamento da EPM, seja assegurada a sua entrada em fun&ccedil;&otilde;es a tempo do in&iacute;cio do pr&oacute;ximo ano letivo&quot;.</p> <p>Sobre o ensino da l&iacute;ngua portuguesa n&atilde;o materna (PLNM), determinou que a EPM continue, no pr&oacute;ximo ano letivo (2024-25), a ministrar &quot;nos exatos termos&quot; deste ano letivo (2023-24), e no &acirc;mbito da educa&ccedil;&atilde;o inclusiva, Fernando Alexandre estabeleceu que a EPM cumpra &quot;todas as determina&ccedil;&otilde;es impostas pela DSEDJ [Dire&ccedil;&atilde;o dos Servi&ccedil;os de Educa&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento da Juventude] de Macau, articulando com aquela entidade os crit&eacute;rios a adotar&quot;.</p> <p>No relat&oacute;rio da IGEC concluiu-se que n&atilde;o existiram &quot;crit&eacute;rios objetivos, imparciais e transparentes na cessa&ccedil;&atilde;o ou n&atilde;o renova&ccedil;&atilde;o dos contratos com professores e nos novos recrutamentos de professores&quot;, n&atilde;o tendo o diretor da EPM, Ac&aacute;cio de Brito, no cargo desde dezembro, pedido previamente &quot;ao &oacute;rg&atilde;o colegial de administra&ccedil;&atilde;o da entidade titular a emiss&atilde;o de crit&eacute;rios definidores ou de orienta&ccedil;&otilde;es&quot;.</p> <p>O relat&oacute;rio pediu a interven&ccedil;&atilde;o reguladora do Estado portugu&ecirc;s para restabelecer &quot;o bom funcionamento da EPM e a poder iniciar-se o ano letivo de 2024/2025 em plena normalidade, essencial para garantir a perman&ecirc;ncia e a difus&atilde;o da l&iacute;ngua e da cultura portuguesas&quot; em Macau.</p> <p>Entre outras conclus&otilde;es, considerou ainda que a &quot;incerteza e d&uacute;vidas criadas na comunidade escolar e nas comunidades locais servidas pela EPM pela forma como o Diretor lidou com a quest&atilde;o da propalada redu&ccedil;&atilde;o ou da elimina&ccedil;&atilde;o da atividade letiva do PLNM, dando ele pr&oacute;prio azo a esse clima de incerteza&quot;.</p> <p>O ministro pediu que o Conselho de Administra&ccedil;&atilde;o da EPM apresente, at&eacute; ao final do ano, &quot;devidamente fundamentada e quantificada&quot; uma proposta sobre &quot;o modo como o ensino da l&iacute;ngua portuguesa n&atilde;o materna (LPNM) deve ser ministrado na EPM nos anos letivos 2025/2026, 2026/2027, 2027/2028&quot;.</p> <p>Esta proposta deve ser submetida a parecer do Conselho de Curadores da EPM, o qual deve ser apresentado at&eacute; 31 de mar&ccedil;o do pr&oacute;ximo ano, de acordo com o despacho.</p> <p>Al&eacute;m disso, o ministro da Educa&ccedil;&atilde;o pediu ao Conselho de Administra&ccedil;&atilde;o da EPM que apresente, at&eacute; ao fim do ano, uma proposta &quot;articulada com a DSEDJ&quot; de &quot;defini&ccedil;&atilde;o de crit&eacute;rios tendentes a qualificar os alunos como sendo detentores de necessidades educativas especiais&quot;.</p> <p>Fernando Alexandre pediu ainda uma &quot;proposta de defini&ccedil;&atilde;o de crit&eacute;rios a adotar na contrata&ccedil;&atilde;o de pessoal docente e n&atilde;o docente pela EPM&quot; e, ao diretor do estabelecimento que &quot;promova um di&aacute;logo permanente e construtivo com a comunidade educativa&quot;.</p> <p>A EPM foi criada em 1998, um ano antes da transfer&ecirc;ncia da administra&ccedil;&atilde;o de Macau de Portugal para a China, sendo herdeira de tr&ecirc;s institui&ccedil;&otilde;es de ensino em l&iacute;ngua portuguesa: a Escola Prim&aacute;ria Oficial, a Escola Comercial e o Liceu de Macau.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/pais/2611275/ministerio-quer-que-escolas-deem-absoluta-prioridade-as-aulas" target="_blank">Minist&eacute;rio quer que escolas deem &quot;absoluta prioridade&quot; &agrave;s aulas</a></p>

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