
A presidente da Comissão de Júri encarregada de preparar e organizar o concurso público de ingresso para professores do Ensino Primário e Secundário na província de Luanda
<p>A presidente da Comissão de Júri encarregada de preparar e organizar o concurso público de ingresso para professores do Ensino Primário e Secundário na província de Luanda, Philomene Carlos, defendeu, segunda-feira, na capital do país, o aumento da quota para as pessoas com deficiência nas próximas concorrências colectivas.</p> <p>A responsável disse que é preciso reflectir em relação a percentagem de 4 por cento atribuída para as pessoas com deficiências nos concursos públicos. "A medida que os anos vão passando estas pessoas têm mais oportunidades e é necessário colocá-las no mercado de trabalho. Temos que pensar em melhorar esta percentagem”, disse a directora do Gabinete Provincial da Educação de Luanda (GPEL).</p> <p>Philomene Carlos defende que o número seja ínfimo, devido ao aumento, actualmente, do número de pessoas com deficiência à procura de uma vaga de emprego no ensino. Um facto essencial para este aumento, adiantou, é o trabalho de sensibilização realizado nas famílias para ultrapassar o preconceito. </p> <p>"Os anos passaram e é verdade que muito trabalho foi feito a nível das famílias, especialmente com a adopção das escolas inclusivas, que permitem mais pessoas com deficiência frequentarem todos os subsistemas de ensino até a universidade”, declarou.</p> <p>De acordo com a presidente de júri do concurso, o processo de selecção privilegia a inclusão, com uma quota de 4 por cento para os candidatos com deficiência, desde que atendam aos requisitos de contratação.</p> <p>As inscrições para o ingresso de professores para o preenchimento de 855 vagas foram abertas no dia 20 de Setembro e encerraram na terça-feira passada.</p> <p><strong>Melhoria da acessibilidade </strong>A capacitação das organizações de defesa e promoção de direitos de pessoas com deficiência, com elementos consistentes, baseados nos instrumentos de desenvolvimento sustentável, é, para o activista Adão Ramos, um passo fundamental na melhoria da acessibilidade deste grupo alvo.</p> <p>O activista e defensor dos direitos de pessoas com deficiência defende a implementação de normas mais actuantes para a materialização dos instrumentos jurídicos. "O estado tem a necessidade e o dever de criar condições de acessibilidade para a adaptação, razoável, a todos os níveis das pessoas com deficiência. A questão da tradução da língua gestual e os áudios, ainda representam um grande problema na sociedade angolana”, apontou.</p> <p>Adão Ramos destacou ainda a importância de haver uma consciência de parceria com o Executivo, particularmente entre o Estado e as organizações do sector.</p> <p>Para a deficiente visual Madalena Neves, é urgente a implementação de políticas mais concretas para a inclusão de todos que sofrem de alguma deficiência, principalmente no ramo da Educação, de forma a garantir a igualdade de direitos.</p> <p>A jovem condena o facto de haver ainda pessoas com consciência de negação de direitos as pessoas com deficiência, citando como exemplo o caso de um cidadão, que se tornou viral nas redes sociais, por ter sido impedido de acessar o transporte público, por supostamente causar transtornos com a cadeira de rodas aos demais passageiros.</p> <p>A Associação Angolana dos Direitos e Inclusão das Mulheres com Deficiência (AADIMUD) está a criar condições, de acordo com a presidente, para realizar o primeiro fórum sobre empreendedorismo digital, denominado "Mulheres de Sucesso”</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/pessoas-com-deficiencia-defendidas-mais-vagas-em-concursos-publicos/</p>