Oministro da Saúde de Moçambique considera que o covid-19 afectou o programa de combate ao VIH/Sida no País devido à redução e desvio de recursos para fazer face à pandemia.
<p>“Os programas normais de outras doenças tiveram de reduzir em termos de desempenho, não só por falta de recursos, mas também pelo facto de o covid-19 ter precipitado a um isolamento em muitos países”, disse Armindo Tiago, citado pelo jornal <em>Notícias</em>.</p> <p>Segundo o governante moçambicano, o covid-19 obrigou à realocação de recursos do programa de luta contra o VIH/Sida e outras doenças, o que culminou com a redução dos ganhos obtidos no seu combate.</p> <p>O isolamento imposto pela covid-19, avançou Armindo Tiago, afectou igualmente a “exportação de medicamentos e consumíveis hospitalares”, o que levou a entidade a prolongar o período de dispensa dos antibióticos.</p> <p>“Uma das medidas adoptadas foi a introdução de pacotes de longa duração. Neste contexto, dispensávamos medicamentos por períodos mais longos, de modo a que os doentes não se deslocassem frequentemente às unidades sanitárias e cumprissem o distanciamento social”, frisou Armindo Tiago.</p> <p>O último Inquérito de Indicadores de Imunização, Malária e VIH/Sida em Moçambique (IMASIDA), realizado em 2015, aponta o País como um dos cinco com elevada taxa de infecção pela pandemia no mundo, com 13,2% de jovens e adultos entre os 15 anos e os 49 anos contaminados.</p>