E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 63 21 734
  • info@edu-tech-global.com
Obra realça papel das mulheres ao longo da História de Portugal

O livro 'Portugal. Uma História no Feminino', da historiadora Ana Rodrigues Oliveira, pretende abrir caminho para que o papel da mulher ao longo da história, "relegado do conhecimento público", passe a ser mais bem conhecido.

<p> <audio class="audio-for-speech" src="">&nbsp;</audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls"> <p>Atrav&eacute;s de um elenco de 29 biografias de mulheres -- de Teresa de Le&atilde;o e Castela (1078-1130) a Maria de Lourdes Pintasilgo (1930-2004) -, esta obra traz &quot;ao conhecimento p&uacute;blico aspetos menos conhecidos como o papel, a influ&ecirc;ncia e a atua&ccedil;&atilde;o, os percursos, objetivos, combates e quotidianos&quot; de mulheres, sem pretender que a lista seja exaustiva.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;&Eacute; cada vez mais importante que a sociedade tenha em conta o olhar das mulheres, porque &eacute; um olhar diferente do dos homens&quot;, mesmo reconhecendo que &quot;&eacute; imposs&iacute;vel falar de mulheres sem falar dos homens que viveram no seu tempo&quot;, escreve Ana Rodrigues Oliveira, para quem a Hist&oacute;ria foi contada a &quot;metade&quot;.</p> <p>A autora, doutorada em Hist&oacute;ria pela Faculdade de Ci&ecirc;ncias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, refere &quot;o caso concreto das rainhas&quot;.</p> <p>Em Portugal, apenas foram rainhas por direito pr&oacute;prio Maria I (1777-1815) e a sua neta Maria II (1819-1853), mas Ana Rodrigues Oliveira adverte que, &quot;apesar de afastadas por tradi&ccedil;&atilde;o do governo do reino, a maioria destas mulheres conseguiu projetar o seu poder e a sua capacidade nos homens e nas mulheres que viviam ao seu redor, constituindo extensas redes de natureza muito diversa&quot;.</p> <p>A historiadora afirma mesmo que as rainhas consorte, &quot;assumindo pap&eacute;is tradicionalmente atribu&iacute;dos aos homens, mas mantendo atitudes consideradas tipicamente femininas e por meio de pr&aacute;ticas como a media&ccedil;&atilde;o, contribu&iacute;ram para fortalecer pactos e alian&ccedil;as&quot;.</p> <p>Ana Rodrigues Oliveira enfatiza a forma como o papel das mulheres foi secundarizado, pois at&eacute; as rainhas &quot;n&atilde;o foram objeto de registo&quot; e &quot;as lacunas s&atilde;o abundantes&quot;.</p> <p>Na realidade, real&ccedil;a a autora, &quot;a hist&oacute;ria escrita por homens narrava, sobretudo, os aspetos pol&iacute;tico e militar e, neste mundo maioritariamente masculino, a hist&oacute;ria das rainhas, e das mulheres em geral, foi relegada para segundo plano&quot;.</p> <p>&quot;Durante s&eacute;culos, os homens registaram a Hist&oacute;ria de uma perspetiva exclusivamente masculina, como se as mulheres n&atilde;o existissem, esquecendo-se que o contributo delas foi fundamental para o desenvolvimento da Humanidade&quot;, enfatiza a historiadora.</p> <p>&quot;Contaram-nos metade da Hist&oacute;ria&quot;, acusa Ana Rodrigues Oliveira, referindo que &quot;a parte em falta sempre foi filtrado pelo olhar masculino&quot;.</p> <p>&quot;Por&eacute;m nem s&oacute; de rainhas vos falar&aacute; este livro&quot;, garante a autora, afirmando que versa &quot;tamb&eacute;m sobre outras mulheres que, com circunst&acirc;ncias pessoais e experi&ecirc;ncias de vida muito diversas, agiram e exerceram o poder, foram senhoras feudais, mecenas, filantropas, administraram latif&uacute;ndios, escreveram, combateram por mais direitos, lutaram por aquilo por aquilo em que acreditavam, alcan&ccedil;ando notoriedade em v&aacute;rias &aacute;reas e diferentes esferas de atua&ccedil;&atilde;o&quot;.</p> <p>Al&eacute;m de algumas rainhas, como Filipa de Lencastre (1360-1415), Carlota Joaquina (1775-1830), Maria Pia de Saboia (1847-1911) ou Am&eacute;lia (1865-1951), &#39;Portugal. Uma Hist&oacute;ria no Feminino&#39; (editado pela Casa das Letras) inclui biografias de Carolina Beatriz &Acirc;ngelo (1878-1911), Maria Lamas (1893-1983), Maria Teresa C&aacute;rcomo Lobo (1929-2018), Maria Isabel Aboim Ingl&ecirc;s (1902-1963) ou Cec&iacute;lia Supico Pinto (1921-2011).</p> <p>A autora reconhece que &quot;a biografia &eacute; uma forma &#39;perigosa&#39; de fazer Hist&oacute;ria&quot; e reconhece que, &quot;inevitavelmente, se cria alguma empatia (ou n&atilde;o) entre a biografada e a bi&oacute;grafa&quot;.</p> <p>Todas as mulheres cujas biografias incluiu neste livro foram &quot;frequentemente coagidas por obriga&ccedil;&otilde;es, educa&ccedil;&atilde;o e preconceitos, mas souberam agir de acordo com os seus objetivos, lutar por um pensamento pr&oacute;prio e por um mundo melhor&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/cultura/2582099/a-nossa-visao-e-ter-historias-inclusivas-que-abram-novas-possibilidades" target="_blank">&quot;A nossa vis&atilde;o &eacute; ter hist&oacute;rias inclusivas que abram novas possibilidades&quot;</a></p> </div> </div> </div> <p>&nbsp;</p>

Tags:
Partilhar: