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O clássico das décadas que se tornou o poema pandêmico definitivo

“A arte de perder não é difícil de dominar.”

<p>Jamais esquecerei o dia em que encontrei pela primeira vez, em meio &agrave; dor no cora&ccedil;&atilde;o, &ldquo;Uma Arte&rdquo; de Elizabeth Bishop (8 de fevereiro de 1911 a 6 de outubro de 1979) - um poema com o qual vivi durante anos, um poema que me ajudou viver.</p> <p>Composto quando Bishop estava sofrendo ap&oacute;s a separa&ccedil;&atilde;o de sua parceira, Alice Methfessel, &eacute; um poema impressionante sobre amor e solid&atilde;o, sobre o destemor fingido e leviandade for&ccedil;ada que vestimos como uma armadura, como uma fantasia, para lidar com o peso aterrorizante de perda. Originalmente publicado na The New Yorker em 24 de abril de 1976, vinte anos depois de Bishop ganhar o Pr&ecirc;mio Pulitzer e seis anos depois de ganhar o National Book Award, no ano seguinte coroou o &uacute;ltimo livro de poemas publicado durante a vida de Bishop e agora vive em seus indispens&aacute;veis ​​Poemas coletados postumamente (biblioteca p&uacute;blica).</p> <p>Ao lado de cl&aacute;ssicos como &quot;Do Not Go Gentle into that Good Night&quot; de Dylan Thomas e &quot;Mad Girl&#39;s Love Song&quot; de Sylvia Plath, &quot;One Art&quot; continua a ser uma das maiores e mais influentes vilanelas da l&iacute;ngua inglesa - obras-primas escult&oacute;ricas de restri&ccedil;&atilde;o criativa, em em que o virtuosismo da linguagem encontra uma precis&atilde;o matem&aacute;tica requintada em dezenove linhas medidas: cinco estrofes de tr&ecirc;s linhas e uma estrofe final de quatro linhas, com a primeira e a terceira linha da primeira estrofe formando um refr&atilde;o de repeti&ccedil;&atilde;o alternada entre as estrofes restantes e depois se juntando em um coro de um d&iacute;stico no verso final. Um haicai na matem&aacute;tica superior da m&eacute;trica.</p> <p><img alt="" src="https://i2.wp.com/www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2021/01/elizabethbishop.jpg?resize=768%2C791&amp;ssl=1" style="height:791px; width:768px" /></p> <p>&Eacute; a &uacute;nica villanelle que o bispo escreveu. Ela surpreendeu at&eacute; a si mesma. Poetisa despojada e cuidadosa que publicou poucos e muito meticulosos poemas, ela os comp&ocirc;s com espantosa rapidez, sentindo que era &ldquo;como escrever uma carta&rdquo;, reformulando-a e renomeando-a continuamente.</p> <p>&ldquo;Como perder coisas.&rdquo;</p> <p>&ldquo;O presente de perder coisas&rdquo;.</p> <p>&ldquo;A Arte de Perder Coisas.&rdquo;</p> <p>E, finalmente, quinze rascunhos depois, &quot;Uma Arte&quot;.</p> <p>&Eacute; sempre um prazer testemunhar algu&eacute;m que voc&ecirc; ama descobrir algo que voc&ecirc; amou por muito tempo, e foi com imenso prazer que vi minha querida amiga Amanda Palmer descobrir &ldquo;One Art&rdquo; em tempo real enquanto sorr&iacute;amos um para o outro atrav&eacute;s da tela e uma pandemia espalhada em cantos opostos do globo, cada um confortando as perdas recentes do outro. Tendo acabado de ler o poema por meio de um de seus patronos e ainda n&atilde;o o ter lido, ela o leu para mim de improviso enquanto eu murmurava as palavras comprometidas com o cora&ccedil;&atilde;o. Observei ondula&ccedil;&otilde;es de resson&acirc;ncia profundamente pessoal animar o rosto de Amanda enquanto ela percorria o poema - um poema universal e atemporal, um emiss&aacute;rio belo e brutal da verdade elementar, escrito meio s&eacute;culo atr&aacute;s a partir dos tumultos da vida pessoal do poeta. de seu tempo, lugar e circunst&acirc;ncia muito particulares, de repente rendeu o poema pand&ecirc;mico final para este momento que compartilhamos e as in&uacute;meras perdas pessoais dentro dele - um testemunho da observa&ccedil;&atilde;o precoce da jovem Sylvia Plath de que um artista nunca sabe como seu trabalho viver&aacute; no mundo e tocar outras vidas, que &ldquo;uma vez que um poema &eacute; colocado &agrave; disposi&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico, o direito de interpreta&ccedil;&atilde;o pertence ao leitor.&rdquo;</p> <p>Preenchendo esse momento agridoce inesperado com nossa colabora&ccedil;&atilde;o de longa data em torno da poesia, pedi a Amanda que registrasse uma leitura do poema &agrave; medida que ele avan&ccedil;ava em suas veias para viver com ela como viveu e como viver&aacute; com voc&ecirc;.</p> <p>UMA ARTE<br /> por Elizabeth Bishop</p> <p>A arte de perder n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil de dominar;<br /> tantas coisas parecem preenchidas com a inten&ccedil;&atilde;o<br /> estar perdido que sua perda n&atilde;o &eacute; um desastre.</p> <p>Perca algo todos os dias. Aceite a agita&ccedil;&atilde;o<br /> de chaves perdidas, a hora mal passada.<br /> A arte de perder n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil de dominar.</p> <p>Em seguida, pratique perder mais longe, perdendo mais r&aacute;pido:<br /> lugares e nomes e onde voc&ecirc; quis dizer<br /> viajar. Nada disto trar&aacute; desastre.</p> <p>Perdi o rel&oacute;gio da minha m&atilde;e. E olhe! meu &uacute;ltimo, ou<br /> pen&uacute;ltimo, de tr&ecirc;s casas amadas foi.<br /> A arte de perder n&atilde;o &eacute; dif&iacute;cil de dominar.</p> <p>Perdi duas cidades, lindas. E, mais vasto,<br /> alguns reinos que eu possu&iacute;a, dois rios, um continente.<br /> Sinto falta deles, mas n&atilde;o foi um desastre.</p> <p>&mdash;Mesmo te perdendo (a voz brincalhona, um gesto<br /> Eu amo) Eu n&atilde;o menti. &Eacute; evidente<br /> a arte de perder n&atilde;o &eacute; muito dif&iacute;cil de dominar<br /> embora possa parecer (escreva!) um desastre.</p> <p>Bishop morreu pouco depois de compor &quot;One Art&quot;, tendo solicitado como epit&aacute;fio as duas &uacute;ltimas linhas de outro poema dela:</p> <p>Toda a atividade desordenada continua,<br /> horr&iacute;vel, mas alegre.</p> <p>Complemente com Bishop sobre por que todos deveriam experimentar pelo menos um longo per&iacute;odo de solid&atilde;o na vida e James Gleick lendo seu poema monumental sobre a natureza de nosso conhecimento, ent&atilde;o revisite Amanda Palmer lendo &ldquo;Spell to Be Said Against Hatred&rdquo; de Jane Hirshfield, &ldquo;The Big Picture &rdquo;de Ellen Bass,&ldquo; Einstein&#39;s Mother &rdquo;de Tracy K. Smith,&ldquo; Humanity i love you &rdquo;de EE Cummings,&ldquo; HubblePhotos: After Sappho &rdquo;de Adrienne Rich e&ldquo; Questionnaire &rdquo;de Wendell Berry.</p>

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