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Modigliani, Goya e El Grego. Apreendidas obras falsas à venda por milhões

O grupo Património Histórico da polícia da região espanhola de Valência apreendeu três obras falsas atribuídas aos pintores Amedeo Modigliani, Domenikos Theotokópoulos, El Grego, e Francisco de Goya, cujo proprietário tentava comercializar por 12.500 milhões de euros.

<p>Segundo a investiga&ccedil;&atilde;o policial, as tr&ecirc;s obras s&atilde;o propriedade de um&nbsp;colecionador&nbsp;de arte n&atilde;o especialista da prov&iacute;ncia de Toledo, que come&ccedil;ou a vender as suas&nbsp;cole&ccedil;&otilde;es&nbsp;como se fossem originais, com a colabora&ccedil;&atilde;o de &#39;marchands&#39; de arte que tentavam vender as obras atrav&eacute;s de email entre&nbsp;colecionadores, a troco de 10 por cento do valor.</p> <p>De acordo com a pol&iacute;cia regional, a pintura de Modigliani estava acompanhada de documentos&nbsp;supostamente&nbsp;falsificados que comprovavam a sua autenticidade com a inten&ccedil;&atilde;o de&nbsp;comercializ&aacute;-la na Su&iacute;&ccedil;a, no M&eacute;xico e Alemanha por um valor de 8,5 milh&otilde;es de euros.</p> <p>O Instituto Val&ecirc;ncia de Conserva&ccedil;&atilde;o, Restauro e Investiga&ccedil;&atilde;o (IVCR+) determinou que n&atilde;o se trata de uma obra original de Modigliani, mas sim uma pintura falsa, na qual se copiou o seu estilo e tem&aacute;tica de forma ap&oacute;crifa.</p> <p>As outras pinturas de El Grego, que estavam &agrave; venda por 2,5 milh&otilde;es de euros, e de Goya, &agrave; venda por 1,5 milh&otilde;es de euros, tamb&eacute;m continham documenta&ccedil;&atilde;o&nbsp;alegadamente&nbsp;falsa para comprovar a sua originalidade e promover a sua comercializa&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Neste caso, especialistas do Museu&nbsp;Sefardita&nbsp;de Toledo e do Museu Nacional do Prado divulgaram informa&ccedil;&otilde;es t&eacute;cnicas que demonstram que se trata de obras falsificadas.</p> <p>A opera&ccedil;&atilde;o, levada a cabo pela Unidade Policial Adjunta ao governo regional contou com a colabora&ccedil;&atilde;o da Brigada de Patrim&oacute;nio Hist&oacute;rico do Corpo de Pol&iacute;cia Nacional, permitiu a retirada das tr&ecirc;s obras do mercado negro.</p> <p>Os factos foram remetidos ao Tribunal de Instru&ccedil;&atilde;o n.&ordm; 2 de&nbsp;Oca&ntilde;a, em Toledo, juntamente com as alegadas falsas autentica&ccedil;&otilde;es e os estudos cient&iacute;ficos e f&iacute;sicos pertinentes das obras de arte&nbsp;intervencionadas.</p> <p>O chefe do Grupo do Patrim&oacute;nio Hist&oacute;rico da Pol&iacute;cia do governo regional, Antonio&nbsp;L&oacute;pez, alertou que &quot;a revenda de falsifica&ccedil;&otilde;es &eacute; um problema persistente no mercado de arte que preocupa os&nbsp;&oacute;rg&atilde;os&nbsp;policiais, mas tamb&eacute;m&nbsp;colecionadores, comerciantes de arte e as fam&iacute;lias herdeiras dos artistas, que&nbsp;veem&nbsp;aumentar os circuitos ilegais de com&eacute;rcio&quot;.</p>

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