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Moçambique. Ex-ministro da Educação com dúvidas em reabrir escolas

O antigo ministro da Educação de Moçambique e reitor da Universidade Pedagógica de Maputo

<h2>&nbsp;</h2> <p>O antigo ministro da Educa&ccedil;&atilde;o de Mo&ccedil;ambique e reitor da Universidade Pedag&oacute;gica de Maputo&nbsp;(institui&ccedil;&atilde;o estatal), Jorge Ferr&atilde;o, considera&nbsp;leg&iacute;timas as d&uacute;vidas sobre a retoma das aulas devido &agrave; covid-19, apontando o &quot;transporte prec&aacute;rio&quot; como o principal risco.</p> <h2>&nbsp;</h2> <p>OGoverno mo&ccedil;ambicano anunciou que o 12.&ordm; ano e os institutos de forma&ccedil;&atilde;o de professores v&atilde;o retomar as aulas a partir do dia 27 deste m&ecirc;s, no &acirc;mbito&nbsp;do rein&iacute;cio gradual do ensino, ap&oacute;s uma interrup&ccedil;&atilde;o de cerca de quatro meses, devido &agrave;&nbsp;pandemia&nbsp;de&nbsp;covid-19.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&quot;A sociedade tem raz&atilde;o e eu tamb&eacute;m tenho as mesmas d&uacute;vidas&quot;,&nbsp;referiu o antigo governante,&nbsp;em entrevista &agrave; Lusa.</p> <p>&quot;O problema &eacute; a forma de transportar os estudantes, porque as fam&iacute;lias que t&ecirc;m estudantes nas nossas escolas p&uacute;blicas n&atilde;o t&ecirc;m um carro&quot;, ilustrou.</p> <p>As&nbsp;dire&ccedil;&otilde;es&nbsp;das escolas podem conseguir controlar a conduta dos alunos dentro do recinto escolar, assim como&nbsp;as medidas de preven&ccedil;&atilde;o da&nbsp;pandemia&nbsp;de&nbsp;covid-19, mas j&aacute; n&atilde;o t&ecirc;m essa supervis&atilde;o fora, muito menos no itiner&aacute;rio entre a casa e a escola e vice-versa.</p> <p>&quot;N&oacute;s n&atilde;o controlamos todo o ecossistema em que est&aacute; inserido o aluno. Na paragem do autocarro, est&atilde;o mais pessoas, n&atilde;o h&aacute; distanciamento social e o transporte &eacute; prec&aacute;rio&quot;, frisou.</p> <p>Por outro lado, Jorge Ferr&atilde;o disse n&atilde;o ter d&uacute;vidas de que a retoma das aulas deve ser adiada se o pa&iacute;s registar mais focos de transmiss&atilde;o comunit&aacute;ria, depois de esse quadro ter sido declarado nas cidades de&nbsp;Nampula&nbsp;e&nbsp;Pemba, no norte do pa&iacute;s.</p> <p>&quot;Se at&eacute; ao dia 20&nbsp;n&oacute;s dissermos que Maputo tem uma contamina&ccedil;&atilde;o comunit&aacute;ria, depois de&nbsp;Nampula&nbsp;e&nbsp;Pemba, eu acho que o melhor &eacute; cuidarmos, primeiro, desse&nbsp;aspeto, reduzirmos essa propaga&ccedil;&atilde;o comunit&aacute;ria e deixar as aulas para depois&quot;, real&ccedil;ou.</p> <p>Sobre os investimentos que o Governo mo&ccedil;ambicano prometeu realizar nas escolas para a preven&ccedil;&atilde;o de&nbsp;covid-19, Jorge Ferr&atilde;o partilha do&nbsp;ceticismo&nbsp;de v&aacute;rios c&iacute;rculos da sociedade mo&ccedil;ambicana, assinalando que a rede escolar do pa&iacute;s padece de car&ecirc;ncias estruturais.</p> <p>&quot;As pessoas t&ecirc;m d&uacute;vidas&quot; ao verem &quot;escolas em baixo de&nbsp;&aacute;rvore&quot; e quando assim &eacute; questionam: &quot;onde &eacute; que v&atilde;o buscar o dinheiro para construir uma escola e p&ocirc;r uma casa de banho&quot;.</p> <p>A decis&atilde;o do rein&iacute;cio das aulas n&atilde;o deve transmitir a ideia de que se pretende fazer experi&ecirc;ncias com os alunos sobre a resist&ecirc;ncia dos mo&ccedil;ambicanos &agrave;&nbsp;covid-19, alertou Ferr&atilde;o.</p> <p>&quot;Precisamos de ter muito cuidado, &eacute; imprevis&iacute;vel aquilo que vai acontecer, n&atilde;o fa&ccedil;amos experi&ecirc;ncias com a sa&uacute;de e a vida das pessoas&quot;, real&ccedil;ou aquele acad&eacute;mico, com um doutoramento sobre &quot;A Conven&ccedil;&atilde;o da Diversidade Biol&oacute;gica&quot;.</p> <p>O antigo governante defendeu que a&nbsp;covid-19 destapou de um modo mais incisivo as defici&ecirc;ncias da&nbsp;infraestrutura&nbsp;escolar em Mo&ccedil;ambique, mostrando a urg&ecirc;ncia de investimentos, principalmente na&nbsp;&aacute;rea&nbsp;sanit&aacute;ria.</p> <p>&quot;Aqueles investimentos que n&atilde;o foram feitos nas escolas v&atilde;o passar a ser feitos: dotar a escola de&nbsp;&aacute;gua&nbsp;e melhorar as casas de banho, porque nunca tivemos or&ccedil;amento para fazer isso&quot;, declarou Ferr&atilde;o.</p> <p>O reitor da Universidade Pedag&oacute;gica de Maputo considerou gigantesca a tarefa das autoridades mo&ccedil;ambicanas face &agrave;&nbsp;covid-19, tendo em conta que deve gerir cerca de oito milh&otilde;es de alunos do 1.&ordm; ao 12.&ordm; ano, &quot;um n&uacute;mero superior a toda a popula&ccedil;&atilde;o de&nbsp;Lesoto, Botsuana e&nbsp;Essuat&iacute;ni&nbsp;(antiga&nbsp;Suazil&acirc;ndia)&quot;, pa&iacute;ses vizinhos de Mo&ccedil;ambique.</p> <p>&quot;Ter oito milh&otilde;es de crian&ccedil;as no sistema educacional pressup&otilde;e ter uma economia muito forte para assegurar o m&iacute;nimo de condi&ccedil;&otilde;es&quot;, referiu Jorge Ferr&atilde;o.</p> <p>Sobre a possibilidade de dar o&nbsp;atual&nbsp;ano&nbsp;letivo&nbsp;como perdido, como j&aacute; o fizeram alguns pa&iacute;ses africanos, o antigo ministro da Educa&ccedil;&atilde;o e Desenvolvimento Humano considerou tal cen&aacute;rio um dilema, tendo em conta que h&aacute; 1,5 milh&atilde;o de crian&ccedil;as mo&ccedil;ambicanas &agrave; espera de entrar no primeiro ano de escolaridade em 2020.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Fonte: Noticia ao Minuto -&nbsp;https://www.noticiasaominuto.com/pesquisa?q=educacao</p>

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