Mais de três milhões de crianças em idade escolar vão ser desparasitadas em 12 províncias do país, até 2 de Novembro, numa campanha aberta
<p> <audio class="audio-for-speech" src=""> </audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls">Translator</div> <div class="header-controls"> </div> <div class="header-controls"> </div> </div> <div class="translated-text"> <div class="words"> </div> <div class="sentences"> </div> </div> </div> <p>A campanha, que consiste na administração de “praziquantel” e “albendazol”, é uma iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e está a decorrer nas províncias de Luanda, Benguela, Cabinda, Cunene, Huambo, Lunda-Sul, Lunda-Norte, Malanje, Moxico, Namibe, Uíge e Zaire, sob o lema “Valorizar as vozes dos professores rumo a um novo contrato social para a Educação”.</p> <p> </p> <p>Os alunos abrangidos na campanha são de 426 escolas públicas do Ensino Primário e do I Ciclo do Ensino Secundário.</p> <p> </p> <p>Em declarações à Comunicação Social, a coordenadora nacional do Programa de Combate às Doenças Tropicais Negligenciadas, Cecília de Almeida, disse que, para a campanha, foram disponibilizados 800 mil comprimidos de “praziquantel” e dois milhões de “albendazol”, que já foram distribuídos pelas 12 províncias seleccionadas.</p> <p> </p> <p>Cecília de Almeida acentuou que o objectivo da campanha é a redução da carga parasitária no organismo das crianças, por os parasitas serem uma grande preocupação para o sector da Saúde.</p> <p> </p> <p>A técnica do Ministério da Saúde recordou que, entre 2018 e 2019, o Programa Nacional de Combate às Doenças Tropicais Negligenciadas apurou que, dos 164 municípios do país, 119 são endémicos para a “schistosomíase”, resultado saído de um mapeamento que foi realizado, entre 2018 e 2019, para traçar o perfil epidemiológico da “schistosomíase” e a sua prevalência nas 18 províncias do país.</p> <p> </p> <p>A coordenadora nacional do Programa de Combate às Doenças Tropicais Negligenciadas revelou que a província de Luanda apresenta uma prevalência de parasitoses intestinais e Schistosomíase haematobium (um verme que existe na África Subsaariana), com maior incidência em crianças da faixa etária dos 5 aos 14 anos.</p> <p> </p> <p>A cerimónia de abertura da campanha de desparasitação foi presidida pelo director do Gabinete Provincial de Luanda da Saúde, Manuel Varela, que, na ocasião, reconheceu o contributo da desparasitação regular de crianças em idade escolar, para o reforço da protecção contra infecções parasitárias.“As campanhas de desparasitação visam a redução [de casos] de infecção parasitária intestinal, para que as crianças cresçam mais saudáveis”, declarou.</p> <p> </p> <p>Manuel Varela informou que a campanha prevê desparasitar, na província de Luanda, cerca de 126 mil crianças dos 5 aos 14 anos.</p> <p> </p> <p>O responsável pela Saúde na província de Luanda referiu que a Organização Mundial da Saúde recomenda que todas as crianças em idade escolar, que vivem em áreas onde são registados frequentemente casos de infecção por helmintos, também conhecidos como vermes, sejam tratadas com vermífugos (medicamentos administrados com a função de prevenir e combater verminoses), em intervalos regulares.</p> <p> </p> <p><strong>14 por cento da população mundial possui doença parasitária</strong></p> <p> </p> <p>Segundo a Organização Mundial da Saúde, 14 por cento da população mundial possui algum tipo de doença parasitária.</p> <p> </p> <p>O director do Gabinete Provincial da Saúde em Luanda, Manuel Varela disse que a prevalência das doenças parasitárias continua a ser uma preocupação para muitos países, apesar , de haver, nas últimas décadas, uma redução do índice de mortalidade.</p> <p> </p> <p>Por sua vez, a directora em exercício do Gabinete Provincial da Educação em Luanda, Maria Noémia Canoquela, defendeu a união de esforços de todos os intervenientes, como as administrações municipais e comunais, comissões de moradores, encarregados de educação, técnicos de saúde e professores, para o êxito da campanha de desparasitação humana em escolas públicas.</p> <p> </p> <p>Maria Noémia Canoquela recomendou aos professores empenho redobrado e aos encarregados de educação máxima colaboração para o êxito da campanha de desparasitação na província de Luanda.</p> <p> </p> <p>O praziquantel é um anti-parasitário indicado para o tratamento de infecções por helmintos ou trematódeos, como esquistossomose, teníase ou cisticercose e a base da sua acção é a paralisação do metabolismo dos parasitas, facilitando a sua eliminação do organismo.</p> <p> </p> <p>Já o albendazol é um vermífugo indicado para o tratamento de infecções por vermes ou parasitas intestinais, como lombriga, oxiúrus, tricuríase, teníase (solitária) ou giardíase e, quando age, causa a desintegração do verme e a sua eliminação pelas fezes.</p> <p> </p>