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Mais de metade da Rede de Bibliotecas Públicas faz 'take-away' ou entrega

Mais de metade da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP) respondeu ao confinamento com serviços de empréstimo de livros em 'take-away' ou entrega ao domicílio, anunciou hoje a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

<p>Das 238 bibliotecas portuguesas que fazem parte da rede, 138 est&atilde;o a prestar estes servi&ccedil;os, abrangendo todos os distritos, em localidades que v&atilde;o de Melga&ccedil;o, na regi&atilde;o raiana a Norte, ao Algarve, de Lagos a Castro Marim, segundo o balan&ccedil;o da DGLAB, feito cerca de um m&ecirc;s ap&oacute;s o in&iacute;cio do confinamento.</p> <p>Os servi&ccedil;os s&atilde;o gratuitos e garantem acesso aos livros &agrave; leitura a grande parte da popula&ccedil;&atilde;o, cumprindo em simult&acirc;neo as regras de seguran&ccedil;a, definidas pela Dire&ccedil;&atilde;o Geral da Sa&uacute;de.</p> <p>Entre as bibliotecas que desde logo come&ccedil;aram a prestar estes servi&ccedil;os est&atilde;o as de P&oacute;voa de Varzim e Vila do Conde, Bai&atilde;o, Matosinhos e Maia, no distrito do Porto, as de Braga, Guimar&atilde;es e Vila Nova de Famalic&atilde;o, assim como a de Viana de Castelo e de Ponte de Lima, &agrave;s quais se juntam a Biblioteca Municipal de Aveiro, com servi&ccedil;os de entrega de livros, revistas, CD, DVD e jogos ao domic&iacute;lio, al&eacute;m das bibliotecas de Espinho e da Anadia, Santa Maria da Feira e S&atilde;o Jo&atilde;o da Madeira.</p> <p>A Biblioteca Municipal Eduardo Louren&ccedil;o, na Guarda, passou a disponibilizar o &#39;BookAway&#39;, e a de Seia tamb&eacute;m promove leitura ao telefone.</p> <p>Bibliotecas dos distritos de Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Leiria, Santar&eacute;m e Lisboa juntam-se ao lote, como outras de Set&uacute;bal, Prtalegre, &Eacute;vora, Beja, Faro, conforme not&iacute;cias j&aacute; avan&ccedil;adas pela Lusa, ao longo do &uacute;ltimo m&ecirc;s, e como atesta o mapa de consulta, sempre em atualiza&ccedil;&atilde;o, disponibilizado pela DGLAB.</p> <p>Em Proen&ccedil;a-a-Nova, a c&acirc;mara p&ocirc;s a Unidade M&oacute;vel de Sa&uacute;de e a premiada Bibliom&oacute;vel, biblioteca p&uacute;blica itinerante, ao servi&ccedil;o da rede de apoio, no combate &agrave; pandemia.</p> <p>Em Lisboa, a rede de bibliotecas municipais passou a fazer um servi&ccedil;o de entrega ao domic&iacute;lio, &quot;BLX &agrave; Sua Porta&quot;, que a autarquia, quando o anunciou, disse querer manter para l&aacute; do confinamento.</p> <p>Ao longo da rede nacional, as bibliotecas p&uacute;blicas reinventam fun&ccedil;&otilde;es, quando a pandemia as obriga a manter as portas fechadas.</p> <p>Apanhadas de surpresa pelo primeiro estado de emerg&ecirc;ncia, as bibliotecas municipais tiveram de se reinventar, e neste segundo momento de confinamento permanecem ativas, na sua maioria, para combater o isolamento, a exclus&atilde;o e a desinforma&ccedil;&atilde;o, como disse &agrave; Lusa o subdiretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas Bruno Eiras, no final de janeiro, quando os servi&ccedil;os &#39;online&#39;, &#39;take-away&#39; e entrega ao domic&iacute;lio ganhavam terreno pelo pa&iacute;s.</p> <p>&quot;Ap&oacute;s alguma desorienta&ccedil;&atilde;o no primeiro confinamento, compreens&iacute;vel dada a incerteza com o que est&aacute;vamos a lidar, mas tamb&eacute;m atendendo &agrave; praticamente inexist&ecirc;ncia de conte&uacute;dos e servi&ccedil;os &#39;online&#39;, que pudessem servir de alternativa, as bibliotecas da Rede Nacional, no geral, procuraram colmatar esse vazio&quot;, contou.</p> <p>Por&eacute;m, o que mais tem caraterizado a atividade &#39;online&#39; das bibliotecas &eacute; &quot;a partilha de recursos e conte&uacute;dos gratuitos disponibilizados por outras institui&ccedil;&otilde;es - a chamada curadoria da informa&ccedil;&atilde;o -, atrav&eacute;s da pesquisa e sele&ccedil;&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o e conte&uacute;dos na Internet&quot;, destacou o tamb&eacute;m diretor dos servi&ccedil;os de bibliotecas da DGLAB.</p> <p>Assim, na maioria dos casos, mesmo com as portas fechadas, as bibliotecas mant&ecirc;m servi&ccedil;os &agrave; comunidade, seja com oferta de atividades e servi&ccedil;os &#39;online&#39;, por telefone, ou &#39;email&#39; -- como hora do conto, sess&otilde;es de leitura, clubes de leitura, oficinas, leituras via telefone, servi&ccedil;o de refer&ecirc;ncia e informa&ccedil;&atilde;o &agrave; comunidade, sugest&otilde;es de leitura, consulta de cat&aacute;logo, entre outros -, seja com servi&ccedil;os de empr&eacute;stimo de livros revistas, CD e DVD ao domic&iacute;lio.</p> <p>No in&iacute;cio do confinamento, a DGLAB fez tamb&eacute;m um apelo &agrave;s bibliotecas para que deixassem o seu sinal de &#39;WiFi&#39; aberto e, se poss&iacute;vel, o amplificassem, de forma a que quem n&atilde;o tem acesso &agrave; Internet de outra maneira, o possa fazer rapidamente atrav&eacute;s dele.</p> <p>O objetivo &eacute; permitir que mais pessoas possam &quot;obter informa&ccedil;&otilde;es importantes, descarregar um documento &#39;online&#39;, consultar farm&aacute;cias de servi&ccedil;o, n&uacute;meros de telefone, transportes, orienta&ccedil;&otilde;es da Prote&ccedil;&atilde;o Civil&quot;.</p> <p>&quot;Dado que o comportamento das bibliotecas p&uacute;blicas &eacute; o de estarem pr&oacute;ximas das suas comunidades, de uma maneira geral todas t&ecirc;m tentado faz&ecirc;-lo, mesmo com as portas fechadas. As disparidades decorrem sobretudo das decis&otilde;es das autarquias face &agrave; gravidade da situa&ccedil;&atilde;o pand&eacute;mica&quot;, disse Bruno Eiras.</p> <p>&Eacute; o caso da Biblioteca Municipal de Olh&atilde;o, que foi &quot;requisitada&quot; para a luta local contra a pandemia, tendo o seu espa&ccedil;o e recursos humanos sido afetos &agrave; prote&ccedil;&atilde;o civil e a&ccedil;&atilde;o social do munic&iacute;pio.</p> <p>Depois h&aacute; os casos da Biblioteca Municipal de Castro Marim, tamb&eacute;m no distrito de Faro, que utiliza os seus espa&ccedil;os e recursos conjuntamente com a A&ccedil;&atilde;o Social, mas sem deixar de prestar o servi&ccedil;o de biblioteca a quem a ela recorre.</p> <p>As bibliotecas municipais do Fund&atilde;o e de Leiria, por seu lado, &quot;est&atilde;o na linha da frente dos servi&ccedil;os [das autarquias] atrav&eacute;s da gest&atilde;o de empr&eacute;stimo de equipamento de inform&aacute;tica a fam&iacute;lias carenciadas&quot;, ou tendo um papel ativo junto dos servi&ccedil;os de a&ccedil;&atilde;o social atrav&eacute;s do empr&eacute;stimo de livros, revistas e brinquedos a crian&ccedil;as.</p> <p>Bruno Eiras disse ainda &agrave; Lusa que, dentro da rede nacional, h&aacute; Redes Intermunicipais de Bibliotecas que est&atilde;o a desenvolver atividades conjuntas, para toda a regi&atilde;o. &Eacute; o caso da Comunidade de Leitores Online da Rede Intermunicipal de Bibliotecas do Oeste e da iniciativa &quot;Ligados pela Leitura&quot;, da Rede Intermunicipal das Bibliotecas das Beiras e Serra da Estrela.</p> <p>Apesar de todo este trabalho, houve muita coisa que se perdeu com os confinamentos, reconhece: &quot;Perdeu-se tudo o que se perde quando se distancia a cultura, o conhecimento, a leitura e as literacias de quem j&aacute; de si &eacute; mais vulner&aacute;vel (grupos em risco de exclus&atilde;o, pessoas isoladas, idosos e pessoas economicamente e socialmente mais fragilizadas), aumentaram-se dist&acirc;ncias, apesar do esfor&ccedil;o de reinven&ccedil;&atilde;o e de proximidade das bibliotecas e das equipas&quot;.</p> <p>Quando a biblioteca municipal encerra numa comunidade, interrompe-se &quot;o trabalho de equil&iacute;brio e equidade social, cultural e at&eacute; c&iacute;vica&quot;, destacou, lembrando que, em muitos munic&iacute;pios, as bibliotecas p&uacute;blicas s&atilde;o o &uacute;nico ponto de acesso &agrave; Internet, gratuito, com qualidade e com algu&eacute;m que possa ajudar a utilizar um computador.</p> <p>&quot;N&atilde;o podemos esquecer que as bibliotecas p&uacute;blicas s&atilde;o um dos &uacute;ltimos, sen&atilde;o o &uacute;ltimo servi&ccedil;o p&uacute;blico totalmente gratuito e descentralizado. Com exce&ccedil;&atilde;o das escolas, n&atilde;o existe outro equipamento de proximidade que esteja presente em tantos munic&iacute;pios: dos 308 existentes em Portugal, apenas cinco n&atilde;o t&ecirc;m servi&ccedil;o de biblioteca p&uacute;blica&quot;, concluiu Bruno Eiras.</p>

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