E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 30 30 709
  • info@edu-tech-global.com
Livro inédito reúne poemas para crianças de Maria Judite Carvalho

Uma série de poemas para crianças escritos por Maria Judite de Carvalho foram agora reunidos pela primeira vez num livro ilustrado, intitulado "Felizmente as árvores são grandes", que a editora Minotauro edita este mês.

<p>A escritora Maria Judite de Carvalho, que hoje faria cem anos, publicou v&aacute;rios poemas para crian&ccedil;as na d&eacute;cada de 1960, no Di&aacute;rio de Lisboa, com o pseud&oacute;nimo Em&iacute;lia Bravo.</p> <p>&quot;Enquanto estudava o esp&oacute;lio da minha av&oacute;, Maria Judite de Carvalho, encontrei um caderno Castelo, onde ela escrevera uma s&eacute;rie de poemas&quot;, explica In&ecirc;s Fraga na introdu&ccedil;&atilde;o de &quot;Felizmente as &aacute;rvores s&atilde;o grandes&quot;, que conta com ilustra&ccedil;&otilde;es de C&aacute;tia Vidinhas.</p> <p>Interpelando diretamente os leitores mais novos, In&ecirc;s Fraga escreveu: &quot;Cem anos s&atilde;o um s&eacute;culo. Que melhor maneira haver&aacute; de celebrar esse nascimento do que publicando palavras que ela escreveu para crian&ccedil;as, que ela escreveu para ti, que hoje as l&ecirc;s?&quot;.</p> <p>No trabalho de edi&ccedil;&atilde;o de &quot;Felizmente as &aacute;rvores s&atilde;o grandes&quot;, alguns poemas s&atilde;o acompanhados de um recorte de jornal que indica a sua publica&ccedil;&atilde;o no Di&aacute;rio de Lisboa, assinado por Em&iacute;lia Bravo.</p> <p>Nos poemas, Maria Judite de Carvalho fala de gatos, papagaios, c&atilde;es, rosas, mas tamb&eacute;m sobre a noite, sobre o fim das f&eacute;rias ou sobre um domingo de inverno, &quot;um dia de n&atilde;o acordar/mas ir acordando,/de n&atilde;o comer/ mas saborear,/de n&atilde;o estudar...&quot;.</p> <p>&quot;Felizmente as &aacute;rvores s&atilde;o grandes&quot; &eacute; editado pela Minotauro, do grupo Almedina, no &acirc;mbito de um plano de publica&ccedil;&atilde;o integral da obra da escritora Maria Judite de Carvalho (1921-1998).</p> <p>O primeiro volume, reunindo as primeiras colet&acirc;neas de contos - &quot;Tanta Gente, Mariana&quot; (1959) e &quot;As Palavras Poupadas&quot; (1961) -, saiu em 2018, quando passavam duas d&eacute;cadas sobre a morte da escritora.</p> <p>O sexto e &uacute;ltimo volume, exatamente com os &quot;Di&aacute;rios de Em&iacute;lia Bravo&quot;, um conjunto de cr&oacute;nicas publicadas sob pseud&oacute;nimo, foi publicado em novembro de 2019.</p> <p>Maria Judite de Carvalho deixou novelas, cr&oacute;nicas e contos, escreveu sobre a solid&atilde;o, hist&oacute;rias sombrias da vida quotidiana que observava, e foi considerada pela cr&iacute;tica uma das escritoras mais proeminentes da literatura portuguesa do s&eacute;culo XX, n&atilde;o obstante ser pouco conhecida dos leitores.</p> <p>Neste plano de publica&ccedil;&atilde;o das obras completas - os seis volumes sa&iacute;ram de forma cronol&oacute;gica -, um dos detalhes foi a escolha das capas, que reproduzem retratos desenhados e pintados por Maria Judite de Carvalho.</p> <p>No &acirc;mbito desta cole&ccedil;&atilde;o dedicada &agrave; escritora, nos diferentes volumes, foram ainda publicadas as colet&acirc;neas de contos &quot;Paisagem sem Barcos&quot; (1963), &quot;O seu Amor por Etel&quot; (1967), &quot;Flores ao Telefone&quot; (1968), &quot;Os Id&oacute;latras&quot; (1969), &quot;Tempo de Merc&ecirc;s&quot; (1973), &quot;Al&eacute;m do Quadro&quot; (1983) e &quot;Seta despedida&quot; (1995), as cr&oacute;nicas de &quot;A Janela Fingida&quot; (1975), &quot;O Homem no Arame&quot; (1979) e &quot;Este Tempos&quot; (1991), a pe&ccedil;a de teatro &quot;Havemos de rir&quot; (1998), a poesia de &quot;A Flor que Havia na &Aacute;gua Parada&quot; (1998) e a novela &quot;Arm&aacute;rios Vazios&quot; (1966).</p> <p>Maria Judite de Carvalho, que foi casada com o escritor Urbano Tavares Rodrigues, trabalhou na revista Eva, onde publicou o primeiro conto, no Di&aacute;rio de Lisboa, no Di&aacute;rio de Not&iacute;cias, no Di&aacute;rio Popular e no seman&aacute;rio O Jornal.</p> <p>Apesar de curta, a obra liter&aacute;ria da autora foi distinguida, nomeadamente, com o Grande Pr&eacute;mio de Conto Camilo Castelo Branco e o Pr&eacute;mio P.E.N. Clube Portugu&ecirc;s de Novel&iacute;stica.</p> <p>&quot;Tanta gente, Mariana&quot;, &quot;Seta despedida&quot; e &quot;Os arm&aacute;rios vazios&quot; s&atilde;o tr&ecirc;s das obras de Maria Judite de Carvalho integradas nas listas de livros recomendados pelo Plano Nacional de Leitura.</p>

Tags:
Partilhar: