E-Learning
  • Para Mais Informações!
  • +258 87 30 30 705 | 84 63 21 734
  • info@edu-tech-global.com
Livro-bíblia da propaganda moderna reeditado em Portugal

'Propaganda', o livro icónico do chamado "pai das relações públicas", o norte-americano Edward Bernays, volta a ser publicado em Portugal, desta feita com um prefácio do consultor de comunicação Luís Paixão Martins, seu confesso admirador.

<p> <audio class="audio-for-speech" src="">&nbsp;</audio> </p> <div class="translate-tooltip-mtz translator-hidden"> <div class="header"> <div class="header-controls">Translator</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> <div class="header-controls">&nbsp;</div> </div> <div class="translated-text"> <div class="words">&nbsp;</div> <div class="sentences">&nbsp;</div> </div> </div> <p>O livro, editado pela Zigurate e hoje apresentado ao p&uacute;blico, fala das origens e bases do marketing empresarial e pol&iacute;tico e da ind&uacute;stria das rela&ccedil;&otilde;es publicas que a n&iacute;vel mundial vale hoje cerca de 100 mil milh&otilde;es de euros, segundo Paix&atilde;o Martins.</p> <p>Edward Barneys (1891-1995), um americano nascido na &Aacute;ustria que revolucionou a comunica&ccedil;&atilde;o, foi um prolixo autor, mas &eacute; no &quot;Propaganda&quot;, de 1928, que estabelece a &quot;teoria&quot; das rela&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas, uma profiss&atilde;o que considera superior &agrave; dos jornalistas, porque &quot;estes reportam as not&iacute;cias e os consultores de rela&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas criam as not&iacute;cias&quot;.</p> <p>Barneys explica que &quot;a manipula&ccedil;&atilde;o consciente e inteligente dos h&aacute;bitos e das opini&otilde;es&quot; s&atilde;o um elemento das sociedades modernas e aqueles que &quot;manipulam este mecanismo oculto da sociedade constituem um governo invis&iacute;vel que det&eacute;m o verdadeiro poder de controlo&quot;.</p> <p>O livro, segundo Bernays destina-se, precisamente, a &quot;descrever a estrutura do mecanismo que controla as mentes do p&uacute;blico&quot;, j&aacute; que a &quot;propaganda &eacute; o bra&ccedil;o executivo&quot; do tal &quot;governo invis&iacute;vel&quot;, uma ci&ecirc;ncia suprema para &quot;habituar o p&uacute;blico &agrave; mudan&ccedil;a e ao progresso&quot; e um meio de &quot;p&ocirc;r ordem no caos&quot;.</p> <p>&quot;A propaganda nunca morrer&aacute;. Os seres humanos inteligentes compreender&atilde;o que a propaganda &eacute; o instrumento moderno a usar por aqueles que querem obter resultados e p&ocirc;r ordem no caos&quot;, escreve Bernays, testemunhando a sua f&eacute; na profiss&atilde;o que teoriza e que pretende balizar eticamente.</p> <p>Para Paix&atilde;o Martins, o autor tem o m&eacute;rito de introduzir a ideia da &quot;cria&ccedil;&atilde;o de circunst&acirc;ncias&quot;, &quot;o conceito mais poderoso das rela&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas modernas&quot; que se aplica tanto na promo&ccedil;&atilde;o dos neg&oacute;cios, como da pol&iacute;tica e da arte.</p> <p>&quot;O l&iacute;der pol&iacute;tico deve ser o criador das circunst&acirc;ncias e n&atilde;o somente o objeto criado por um processo mec&acirc;nico de estereotipia e estampagem&quot;, afirma Bernays entre v&aacute;rias reflex&otilde;es e conselhos aos l&iacute;deres pol&iacute;ticos.</p> <p>O livro tem um cap&iacute;tulo dedicado &agrave; &quot;propaganda e lideran&ccedil;a pol&iacute;tica&quot;, considerando que o seu uso, quando &quot;cuidadosamente ajustado &agrave; mentalidade das massas&quot;, &eacute; um complemento essencial da vida pol&iacute;tica.</p> <p>Na introdu&ccedil;&atilde;o, Paix&atilde;o Martins enquadra a obra de Edward Bernays, que ao longo da sua vida profissional foi o respons&aacute;vel de conceitos como o pequeno-almo&ccedil;o &agrave; americana, com ovos e bacon (uma campanha para uma empresa de produ&ccedil;&atilde;o de bacon em decr&eacute;scimo de vendas), ou dos livros como objeto de moda e decora&ccedil;&atilde;o de prateleiras (um trabalho para uma associa&ccedil;&atilde;o de livreiros, que queria incentivar a procura de livros).</p> <p>As suas campanhas tornaram-se famosas, sendo uma das mais conhecidas o desfile feminino das &quot;tochas da liberdade&quot; (&#39;torches of freedom&#39;), na 5&ordf; Avenida, em Nova Iorque, em 1929, com mulheres fumando cigarros, cujo incentivo ao consumo era visto como uma oportunidade de aumentar a venda. A campanha promovia a imagem da mulher livre, independente e trabalhadora e o cigarro era o s&iacute;mbolo dessa emancipa&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Numa campanha pol&iacute;tica, em 1924, Bernays organizou um in&eacute;dito pequeno-almo&ccedil;o do presidente norte-americano com artistas nos jardins da Casa Branca, com enorme repercuss&atilde;o medi&aacute;tica. Calvin Coolidge, que subira ao cargo um ano antes, ap&oacute;s a morte do seu antecessor, era visto pelo p&uacute;blico como frio e antip&aacute;tico e enfrentava uma primeira elei&ccedil;&atilde;o pouco depois -- que ganhou.</p> <p>Paix&atilde;o Martins, admirador de Bernays, v&ecirc;-o como um vision&aacute;rio, que h&aacute; um s&eacute;culo ajudou a &quot;organizar o caos da comunica&ccedil;&atilde;o atrav&eacute;s dos media&quot;, e cuja teoria se manteve v&aacute;lida at&eacute; ao in&iacute;cio de 2000, quando o advento das redes sociais alterou tudo.</p> <p>&quot;Hoje precisamos de um novo Bernays que, face ao aumento da desordem comunicacional, nos ajude a compreender e organizar o novo &#39;caos&#39;&quot;, diz o consultor de comunica&ccedil;&atilde;o &agrave; Lusa.</p> <p>At&eacute; &agrave; I Guerra Mundial o termo propaganda era utilizado no sentido religioso e, segundo Paix&atilde;o Martins, s&oacute; no decurso da guerra &eacute; que os governos perceberam a import&acirc;ncia de tal pr&aacute;tica e a palavra tornou-se uma arma: &quot;n&oacute;s prestamos informa&ccedil;&atilde;o, factos; os inimigos fazem propaganda&quot;.</p> <p>&nbsp;</p> <p>Leia Tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.noticiasaominuto.com/cultura/2552722/buenos-aires-cria-programa-para-traduzir-novos-autores-portugueses" target="_blank">Buenos Aires cria programa para traduzir novos autores portugueses</a></p>

Tags:
Partilhar: