O Japão nomeou pela primeira vez uma mulher para o cargo de almirante da Força de Autodefesa Marítima, a mais alta patente de facto da marinha do país, informou hoje a emissora pública NHK.
<p>Natsue Kondo, de 57 anos, diretora da escola de candidatos a oficial das Forças Navais do arquipélago, foi também nomeada inspetora-geral regional de uma das cinco unidades deste tipo espalhadas por todo o Japão, para supervisionar as operações de segurança e de socorro em caso de catástrofe.</p> <p> </p> <p>A futura almirante vai chefiar, a partir de 22 de dezembro, a unidade regional de Ominato, sediada na cidade de Mutsu, no norte do país. Aí, Kondo vai supervisionar as águas do estreito de Tsugaru e em torno de Hokkaido, marcando também a primeira nomeação de uma mulher para este cargo.</p> <p>Atualmente, apenas cerca de 15 dos 42 mil efetivos da marinha japonesa ocupam o cargo de almirante, disse hoje um porta-voz da marinha à agência de notícias EFE.</p> <p>Desde que as Forças de Autodefesa do Japão (exército) foram criadas, em 1954, nenhuma mulher tinha ocupado este cargo, nem no corpo terrestre nem no corpo aéreo.</p> <p>A presença de mulheres nas forças armadas japonesas continua a ser baixa e apenas cerca de 20 mil soldados, ou seja 8% do pessoal militar, eram mulheres em 2022, de acordo com dados oficiais. Trata-se de um número inferior ao de potências como os Estados Unidos e outros países industrializados, onde a média se situa entre os 10 e os 15%.</p> <p>O Governo japonês propôs aumentar a presença de mulheres entre as tropas para 12% até 2030, numa altura em que também procura incentivar a sua incorporação em diferentes áreas de trabalho para fazer face à falta de pessoal, gerada pelo rápido envelhecimento da população e pela baixa taxa de natalidade.</p> <p> </p> <p>Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/mundo/2461949/japao-nomeia-pela-primeira-vez-uma-mulher-como-almirante-na-marinha</p>